Conceptualização de uma pessoa e suas mudanças ao longo do tempo.
Pesquisas Acadêmicas: Conceptualização de uma pessoa e suas mudanças ao longo do tempo.. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: mairlaeluis • 24/8/2014 • Pesquisas Acadêmicas • 1.807 Palavras (8 Páginas) • 585 Visualizações
Atividade 1 - Com base nas leituras realizadas, elabore uma dissertação de, no mínimo duas páginas, apresentando a conceituação de humano e suas mudanças ao longo do tempo.
O termo homem recebeu ao longo da história conceitos diversos e controversos. O conceito de humano, sempre foi uma questão muito discutida por diversos pensadores e filósofos, que tratam das definições baseadas em alguma característica ou capacidade inerente ao homem como seres racionais, em oposição aos demais seres vivos.
Mesmo com todas as diversidades de concepções, as características fundamentais para reunir as várias definições de homem são: Sua relação com a religiosidade; Suas características e capacidades próprias; capacidade de auto projetar-se e de relacionar-se com os outros, ou seja, os seres humanos possuem tipicamente certas qualidades que os diferenciam dos demais. O caráter racional do ser humano é o que o diferencia de todas as outras coisas, por disporem de desejos e objetivos autoconscientes. Em outras palavras, os seres humanos são agentes racionais e com autodomínio, ou seja, agentes livres capazes de tomar suas próprias decisões, estabelecer seus próprios objetivos e guiar suas condutas por meio da razão.
A noção de humano, no contexto religioso, liga-se ao conceito de pessoa divina, pois, segundo a Bíblia, ‘Deus criou o homem à sua imagem e semelhança. ’ Do ponto de vista religioso, os seres humanos são dotados de um espírito, que dá vida ao corpo. Portanto, um ser pensante, inteligente, autoconsciente, dotado de razão e reflexão e com valores morais, capaz de perceber-se como responsável por suas ações passadas e de refletir sobre suas ações futuras. Sob a ótica da antropologia filosófica o conceito de pessoa humana está associado à identificação de certas características ou propriedades atribuídas tipicamente à pessoa, em contraste com outras formas de vida: racionalidade, domínio de linguagem, consciência de si, controle e capacidade para agir, e valor moral. Embora essas características não sejam adotadas por todos, podemos dizer que os aspectos essências que dão singularidade à pessoa, é a de um ser autônomo, logo, racional, livre e responsável, que se constrói ao longo da vida, peculiar, único, inigualável, relacional e comunicativo. A singularidade da pessoa humana distinguiu-o de todos os demais seres pela sua completude, comunicabilidade, especialidade e racionalidade. O conceito de humano está na compreensão de dignidade e respeito que permeiam essas características.
Ao longo do tempo os seres humanos passaram por mudanças tanto culturais como físicas. Tudo se transformou desde o surgimento de nossa espécie no planeta e os homens foram absorvendo estas transformações. Os padrões mudam de uma época para outra, pois a sociedade é dinâmica e está em constante mudança. Nosso comportamento é fruto de um processo histórico no qual a biologia e a cultura modelaram nossos ancestrais. O desenvolvimento biológico e cultural foi responsável pelas mudanças na espécie humana.
Atualmente existem bilhões de habitantes no planeta. Devemos essa condição aos nossos ancestrais que há milhões de anos desenvolveram a capacidade de se adaptar a novos ambientes e de vencer predadores mais fortes e velozes com armas sociais que os fizeram imbatíveis: a comunicação, a cooperação, a capacidade de estabelecer regras de convívio coletivo etc. Tudo isso só foi possível uma vez que o comportamento humano, diferentemente de outras espécies que vivem coletivamente, foi orientado pela cultura ao invés do instinto.
O comportamento humano baseado na cultura e na troca de conhecimento é o que nos distingue das demais espécies. Não dependemos apenas da herança biológica e do comportamento também herdado geneticamente para evoluir. Precisamos de história, das experiências das gerações passadas, da capacidade de nos educarmos mutuamente. Portanto, dependemos da cultura. Nenhum de nossos padrões de comportamento coletivo é herdado geneticamente, eles são adquiridos, e para isso dependemos do convívio com o meio social. Quando nascemos não temos “tendências naturais” em relação à crença, bem como a qualquer tipo de alimentação. Tudo em nossa vida coletiva, desde a língua com a qual nos comunicamos, os hábitos rotineiros de alimentação e vestuário, nossa noção de moral, enfim, tudo o que compartilhamos ao viver em sociedade e que podemos observar que se repete na maioria dos indivíduos de nosso grupo, é resultado de um processo de aprendizagem da cultura, e a isso denominamos socialização. Nós seres humanos precisamos do estímulo da vida em sociedade que exige o desenvolvimento de capacidades como inteligência, comunicação e cooperação. Para exercitar essas capacidades, precisamos de modelos, exemplos que possam ser seguidos. A cultura é exatamente esse modelo.
A imensa diversidade cultural humana reforça a tese segundo a qual a cultura é resultado da interação do indivíduo com seu grupo social. Ao mesmo tempo em que aprendemos e reproduzimos nossa cultura, colaboramos para suas mudanças ou para manter hábitos e tradições. Em todos os lugares em que se forma um grupo humano há a tendência à inovação, à criação de novas condutas e formas de pensar o mundo.
As mudanças sociais ocorridas no início do século XX são o resultado de um período da evolução humana que envolveu a reconstrução de objetivos, valores, conceitos e a ruptura de tradições que possibilitaram a passagem da era moderna para pós-moderna, cujos reflexos positivos ou não se estendem até os dias atuais. Os homens enfrentam desafios que estão sendo colocados pelas novas condições da pós-modernidade, com isso vão passando por um processo de formação humana. Essa formação significa a própria humanização do homem, que sempre foi concebido como um ente que não nasce pronto, que tem necessidade de cuidar de si mesmo como que buscando um estágio de maior humanidade, uma condição de maior perfeição em seu modo de ser humano. Portanto, a formação é processo de desenvolvimento humano, mediante o qual o indivíduo natural devém um ser cultural, uma pessoa, um modo de ser que se caracteriza por uma qualidade existencial marcada por um máximo possível de emancipação, pela condição de sujeito autônomo. Uma situação de plena humanidade. Consciência, liberdade moral, perfeição humana, vontade própria são dimensões relacionadas à vida dos indivíduos, mas elas só ganham consistência plena com a transformação do mundo, a construção da sociedade, o aprimoramento da existência objetiva, que decorrem diretamente da evolução dos humanos enquanto cidadãos éticos e do aprimoramento íntimo do sujeito. Essas transformações são resultantes das
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