Descobrimento Do Brasil
Trabalho Escolar: Descobrimento Do Brasil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Vanderlea • 1/6/2013 • 2.801 Palavras (12 Páginas) • 592 Visualizações
SOBRE O MANIFESTO DO PARTIDO COMUNISTA
CONSIDERAÇÕES
Vanderlea da Silva Nunes
Gilmar de Moraes - Professor-Tutor Externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Licenciatura em História (HID 222) – Prática do Módulo III
21/01/2013
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo investigar no livro Manifesto do Partido Comunista os motivos ali postos por Karl Marx e Friedrich Engels sobre a dominação burguesa, sua repercussão sobre os meios de produção, na modificação da sociedade e como a classe operária pode se apropriar da economia socializando os mesmos meios de produção. Apresenta também as considerações de Eric Hobsbawm, Leandro Konder e Ciro Ceccato sobre a mesma obra.
Palavras-chave: Manifesto do Partido Comunista. Karl Marx. Friedrich Engels. Eric Hobsbawm. Leandro Konder. Ciro Ceccato.
1 INTRODUÇÃO
Os primórdios do comunismo teórico têm seu início com a publicação do Manifesto do Partido Comunista de Karl Marx e Friedrich Engels.
O comunismo como movimento político engatinhava na clandestinidade e eram, em sua maioria, associações de operários que agiam secretamente. Em novembro 1847, em Londres, a Liga dos Comunistas, até então exclusivamente alemã e mais tarde internacional, promoveu o II Congresso do Movimento Operário onde Marx e Engels ficaram encarregados de produzir o programa para a Liga dos Comunistas (Marx e Engels, 2009).
Nota-se que o comunismo já nasce estigmatizado quando Marx pergunta: “Qual o partido de oposição que não foi acusado de comunismo por seus adversários no poder? ”(2009, p 51) e novamente ao afirmar:” Um espectro ronda a Europa: o espectro do comunismo” (2009, p 51). Isso mostra que o fantasma do comunismo causava desconforto em diversos setores da classe burguesa e dominante da época, que não queriam ver sua hegemonia abalada por revoltas ideológicas, reafirmando a famosa frase de Marx e Engels: “A história de todas as sociedades até nossos dias é a história das lutas de classe” (2009 p 53).
A constante luta entre opressores e oprimidos, dominantes e dominados, burgueses e operários termina sempre em transformações significativas de toda a sociedade ou a destruição de ambas. A organização das sociedades nas primeiras épocas respeitava uma hierarquia que variava nas condições sociais de indivíduo para indivíduo, mas sempre o dominante na opulência e o dominado na miséria. Esta dualidade no antagonismo de classes viria a tomar forma bem mais distinta com o surgimento da sociedade burguesa moderna, erguida das ruínas do feudalismo. A sociedade se divide cada vez mais em dois grandes blocos, o que viria a consolidar o termo: burguesia e proletariado (Marx e Engels, 2009).
À medida que novos mercados se abriam a manufatura artesã tornou-se insuficiente para atender a demanda que seguia crescendo, destronando então o artesão com o surgimento da grande indústria moderna. O vapor e a máquina revolucionaram a produção industrial, criaram-se os milionários das indústrias donos de verdadeiros exércitos industriais até chegar aos burgueses modernos. A grande indústria criou o mercado mundial, este por sua vez acelerou o desenvolvimento do comércio, da navegação e dos transportes terrestres e que conseqüentemente enriqueceu a classe burguesa aumentando ainda mais o seu capital. A própria burguesia moderna passou por uma profunda revolução nos modos de produção e de troca, mas deixou em segundo plano todas as outras classes trabalhadoras legadas da idade média. Porém, inegável é o papel eminentemente revolucionário desempenhado pela burguesia na história (Marx e Engels, 2009).
A burguesia esvaziou a zona rural e inchou as cidades aumentando a população urbana, centralizou os meios de produção e concentrou a propriedade em poucas mãos. A burguesia, no curso de uma dominação de classe de apenas um século, criou forças produtivas mais numerosas e mais colossais que todas as gerações passadas juntas (Marx e Engels, 2009).
Na mesma medida em que a burguesia cresce, isto é, o capital, também se desenvolve o proletariado, a classe dos operários modernos, os quais só vivem enquanto encontram trabalho e só encontram trabalho enquanto seu trabalho aumenta o capital. Esses operários, obrigados a se vender dia por dia, são uma mercadoria, um artigo de comércio como qualquer outro, e, por conseguinte, estão expostos a todas as vicissitudes da concorrência, a todas as flutuações do mercado (Marx e Engels, 2009, p 61).
No princípio, era a luta isolada de alguns operários, em seguida os operários de uma mesma fábrica, e como que por contágio os operários de um mesmo ramo da indústria ou localidade contra a exploração direta do burguês empregador. Não limitando seus ataques somente contra as relações burguesas, mas contra os instrumentos de trabalho, destroem mercadorias importadas evitando a concorrência, sabotam máquinas, incendeiam fábricas utilizando de vários métodos de persuasão na recuperação de sua posição perdida. Fazem associações permanentes para se resguardarem de rebeliões e defenderem seus salários (Marx e Engels, 2009).
Os meios de comunicação, criados pela própria indústria se massificam, formando um elo que liga operários de localidades distantes pela informação. Com este contato, inúmeras lutas centralizam-se em um único movimento nacional, consolidando a luta de classes (Marx e Engels, 2009).
Essa organização do proletariado em classe e, portanto, em partido político, é incessantemente abalada pela concorrência entre os próprios operários. Mas renasce sempre, cada vez mais forte, mais sólida, mais poderosa. Ela se aproveita das dissensões internas da burguesia para forçá-la a reconhecer, sob forma de lei, certos interesses da classe operária (Marx e Engels, 2009, p 65).
Desta forma os comunistas proclamam abertamente seus objetivos, não dissimulam suas opiniões, fazem tremer a classe dominadora ante uma revolução comunista, pois sabem que não há nada há ser perdido além dos grilhões que lhes prendem (Marx e Engels, 2009). “Proletários de todos os países, uni-vos!” (Marx e Engels, p103)
2 CONSIDERAÇÕES DE ERIC HOBSBAWM SOBRE O MANIFESTO DO PARTIDO COMUNISTA
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