FascismoBenito Mussolini E Adolf Hitler.
Casos: FascismoBenito Mussolini E Adolf Hitler.. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ludmilapaula • 29/9/2013 • 2.235 Palavras (9 Páginas) • 564 Visualizações
FascismoBenito Mussolini e Adolf Hitler.
Logotipo do Partido Nacional Fascista
Fascismo é uma doutrina totalitária orbitando a extrema-direita[1][2][3][4][5][6][7][8][9][10][11][12] desenvolvida por Benito Mussolini no Reino de Itália, a partir de 1919 e durante seu governo (1922–1943 e 1943–1945). A palavra "fascismo" deriva de fascio, nome de grupos políticos ou de militância que surgiram na Itália entre fins do século XIX e começo do século XX; mas também de fasces, que nos tempos do Império Romano era um símbolo dos magistrados: um machado cujo cabo era rodeado de varas, simbolizando o poder do Estado e a unidade do povo. Os fascistas italianos também ficaram conhecidos pela expressão "camisas negras", em virtude do uniforme que utilizavam.
Doutrina política e socialBenito Mussolini (centro) e Italo Balbo (esquerda) durante a Marcha sobre Roma.
Na segunda parte do texto, acerca da "Doutrina Política e Social"[19] do fascismo, Mussolini começa por traçar o itinerário do seu pensamento e ação. Ponto de partida, o Socialismo; ponto de chegada, o fascismo.
Até ao inverno de 1914, Mussolini é um socialista. Em 1919, quando são lançados os fasci em Milão, não têm uma doutrina, mas têm um programa e, sobretudo, têm a "fé". Rejeitam o socialismo reformista de Eduard Bernstein, integrando a "esquerda revolucionária" que privilegia a "doutrina da acção". Depois da guerra, o Socialismo reformista estaria já morto como doutrina. Nessa altura, com as expedições punitivas da Itália decorrendo em pano de fundo, os fasci estavam confrontados com várias forças políticas - "liberais, democratas, socialistas, maçons, e com o Partito Popolare" – , e respectivas doutrinas. Isto enquanto enfrentavam vários problemas; como o da relação entre o indivíduo e do Estado; o da relação entre autoridade e liberdade; e o problema nacional italiano.
Entre a Marcha sobre Roma (outubro de 1922) e os anos 1926, 1927, e 1928, o fascismo foi sendo espelhado nas leis e instituições do regime fascista. A doutrina do fascismo é apresentada por Mussolini como um produto do seu exercício do poder na Itália dos anos 1920. Em 1932, por fim, o fascismo estaria já definido como regime e como doutrina.
Neste texto, em 1932, Mussolini começa por negar três ideias-chave:
O pacifismo; O internacionalismo A equação "bem-estar = felicidade".
A origem da ideologia do fascismoEtimologicamente, o uso da palavra fascismo na história política italiana moderna recua aos anos da década de 1890 na forma dos fasci, que eram grupos políticos radicais que proliferaram nas décadas anteriores à Primeira Guerra Mundial. (ver Fascio para mais informação sobre este movimento e sua evolução).
Em 1928, ainda a doutrina fascista não tinha sido oficialmente definida, W. Y. Elliott, da Universidade de Harvard, considerava que o fascismo revelava um "pragmatismo" decerto recebido de Papini, Pantaleone, Pareto, e Sorel.
A primeira parte do texto Doutrina do Fascismo terá sido escrito por Giovanni Gentile, um filósofo idealista na linha de Hegel, e que serviu como o filósofo oficial do regime. A segunda parte terá sido escrita por Mussolini, mas é este quem assina o verbete e o texto foi-lhe atribuído oficialmente. Nesse texto e nas notas da edição de 1935, dois autores são especialmente referidos como antecessores do fascismo: Giuseppe Mazzini e Ernest Renan. Entre outros, são também invocados como fontes do "grande rio" que vem a desaguar no fascismo: Georges Sorel, Charles Peguy e Hubert Lagardelle.
Estabelecer a origem da ideologia do fascismo, tem gerado muito controvérsia entre os historiadores. Partindo dos tributos intelectuais efectivamente pagos por Mussolini a Giuseppe Mazzini e Ernest Renan, é possível identificar as raízes fundamentais para o seu nacionalismo e estatismo, e também para o seu culto da acção e da violência. Vários autores têm no entanto procurado encontrar outras raízes, sugerindo que nem tudo aquilo que caracterizou a ideologia fascista tem origem nas ideias de Mazzini e Renan.
Uma vez que tanto Sorel como Peguy foram influenciados por Henri Bergson, aí poderia estar também uma das origens do fascismo. Bergson rejeitava o cientismo, a evolução mecânica e o materialismo histórico de Karl Marx. Bergson falou também de um "élan vital" como um processo evolucionário. Ambos estes elementos de Bergson aparecem no fascismo.
Hubert Lagardelle, um conhecido escritor sindicalista, foi influenciado por Pierre-Joseph Proudhon, que é a figura inspiradora do Anarcossindicalismo, portanto nos antípodas da doutrina de Mussolini acerca do Estado.
Foram também referidas as influências do tradicionalismo recebidas por Mussolini. Sergio Panunzio, um teórico do fascismo na década de 1920, tinha um passado sindicalista mas a sua influência diminuiu à medida que o movimento se distanciou das suas raízes esquerdistas.
Também se quis ver no conceito fascista do corporativismo de Estado, em particular a sua teoria da colaboração de classes e relações económicas e sociais regidas pelo Estado, semelhança com as ideias expostas pelo Papa Leão XIII na sua encíclica de 1892 Rerum Novarum.
Esta encíclica reflectia sobre a condição de vida dos operários transformada pela Revolução Industrial, criticando o capitalismo e a exploração das massas operárias na indústria, propondo aos católicos com responsabilidade nos governos que acolhessem e respeitassem as reivindicações dos trabalhadores através dos seus sindicatos, protegendo os seus povos da exploração. Pedia também aos Católicos para aplicarem os princípios da justiça social às suas próprias vidas.
Na encíclica criticava-se o conceito de luta de classes e a visão socialista que apontava para a eliminação da propriedade privada como solução para o problema da exploração. Em alternativa, propunha a solidariedade social entre as classes sociais a realizar através da reactivação de um Corporativismo de Associação como o que fora praticado pelas guildas medievais. A ideia era a de se constituírem sociedades políticas nas quais se reconhecesse os diversos sectores do trabalho. Na defesa do Corporativismo de Associação da encíclica papal, se quis ver a defesa do Corporativismo de Estado enunciado por Mussolini. Em flagrante contradição com a doutrina fascista acerca do papel a desempenhar pelo Estado, dizia-se na referida encíclica: "não é justo que o indivíduo ou a família sejam absorvidos pelo Estado, mas é justo, pelo contrário,
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