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Freud

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Por:   •  28/3/2015  •  459 Palavras (2 Páginas)  •  255 Visualizações

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Analisando o filme "Freud, além da Alma" foi possível verificar que a maior obra da vida de Sigmund Freud foi a psicanálise, ele provou a existência do inconsciente, algo muito mais forte e poderoso que nossa consciência, ele sabia que tal fato tinha direta interação com o estado do indivíduo. Ao embarcar em uma viagem para se encontrar com Charcot em Paris, Freud notou que ele não era o único que acreditava que a histeria era um problema que deveria ser levado a sério, fato este que não ocorria, pois muitos acreditavam que as mulheres eram histéricas por mero capricho, para que não precisassem trabalhar por exemplo.

Charcot no século XIX soube distinguir a histeria de epilepsia e classificava a histeria como transtorno fisiopático do sistema nervoso. Ele investigava a histeria através da hipnose. Foi durante as aulas de Charcot que Freud ficou intrigado com o fato de que a histeria, embora não demonstrasse nenhuma perturbação neurológica orgânica, não se caracterizava como fingimento e ainda o fato da histeria não se apresentar somente em mulheres. Zimerman (1999) acreditava que a histeria se modifica conforme o contexto sócio-cultural vigente em cada época. A histeria é tão plástica proteiforme que de alguma forma, ela está presente em todas as psicopatologias, sendo que a compreensão dos psicanalistas deixou de ser unicamente da psicodinâmica dos conflitos sexuais reprimidos, mas também como uma expressão de problemas relacionados e comunicacionais. Em Estudos sobre Histeria (1905), Freud e Breuer apresentaram três pontos fundamentais da Histeria: os sintomas histéricos faziam sentido; existia um trauma que causara a doença, que tinha ligação com impulsos libidinais que haviam sido reprimidos; a lembrança desse trauma e sua catarse era o caminho para a cura.

O progresso da Psicologia Médica, inicialmente graças à Psicanálise veio demonstrar que o conhecimento das alterações dos órgãos e modificações humorais não bastam para a compreensão dos sofrimentos do paciente. Sem conhecer também as alterações psíquicas é impossível ter noção do que é o doente. O estudo da personalidade do paciente é indispensável, se o que o médico deseja é beneficiar e curar. Embora não se trate de coisa nova em si, a evolução da medicina através dos tempos criou condições para que os postulados psicossomáticos soem hoje em favor do costume de ver sempre no doente não apenas um órgão ou sistema lesado, mas um todo integrado de modo igual pela parte somática e pela parte psíquica.

A medicina psicossomática é exatamente o que Freud sempre defendeu, é a medicina que tem como característica as doenças orgânicas e que tem como causa o psicológico do indivíduo que pode ter sido afetado de qualquer maneira em qualquer momento da sua vida e esse talvez tenha sido um dos maiores legados de Freud, o conceito da conversão individual.

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