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GOVERNO JK

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Por:   •  20/2/2015  •  2.547 Palavras (11 Páginas)  •  831 Visualizações

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O PRESIDENTE BOSSA NOVA: QUAL A HERANÇA ECONÔMICA DOS “50 ANOS EM 5”?

RESUMO

Juscelino Kubitschek foi eleito presidente da república em 1955, e seu vice-presidente foi João Goulart. Nos primeiros anos de governo, JK colocou em ação o seu Plano de Metas e a construção de Brasília devido o declínio da situação econômica do país, com a tentativa do golpe da União Democrática Nacional. O presidente JK transferiu a capital do Brasil do Rio de Janeiro para o Planalto Central, e realizou diversos projetos durante o seu governo como presidente (1955-1960).

O governo de Juscelino Kubitschek representou um marco para a história do Brasil, através de grandes desenvolvimentos, e da busca por políticas que levaram a industrialização resultando em altas taxas de crescimento. Essas políticas foram vistas de forma positiva e ficou na lembrança do povo brasileiro, levando a vários líderes políticos utilizarem o governo JK como referência em suas ações.

O governo JK enfrentou muitos desafios. Os desafios mais visíveis foram: o endividamento externo, os embates com o FMI e a ameaça de desaceleração do crescimento Assim, o ministro da Fazenda Lucas Lopes tentou conciliar o crescimento com a estabilidade, mas isso se tornou um ato de difícil aceitação. Apesar disso, no governo JK não houve muita preocupação com os gastos públicos e nem com o combate à inflação. Isso levou a uma grande crise econômica estendendo até a década seguinte.

Palavras - chave: Plano de Metas, Economia, Políticas, 50 anos em 5, Governo JK.

1. INTRODUÇÃO

JK foi considerado um político otimista e desenvolvimentista, através da implantação do Plano de Metas. Esse plano tinha a finalidade de modernizar o Brasil, através de indústrias de base e bens de consumo duráveis, no caso dos automóveis. Assim o país foi inserido no capital externo, com a importação de indústrias e tecnologia.

A estabilidade desse governo poderia ser justificada através aliança do PSD/PTB, da centralização política e do apoio as Forças Armadas. Essa aliança se tornou vantajosa a partir do momento que, JK conseguia a maioria parlamentar na Câmara e no Senado, assegurando a aprovação dos interesses do Executivo.

Com isso, JK também se orientou a uma política estratégica e tática. A forma estratégica dessa política baseava-se na negociação de um acordo com a oposição e as forças conservadoras. Já a forma tática se referia à transferência dos problemas para a administração seguinte. Esse esforço desenvolvimentista levaria a uma crise econômica a partir de 1958, por ocasião do endividamento externo e da inflação, que seria herdada pelo governo seguinte (Jânio Quadros).

O Plano de Metas foi o destaque desse governo que concretizaria o tema: “50 anos em 5” , que se resumia em 30 metas a serem alcançadas em 5 anos de governo. Esse plano do governo JK tinha como finalidade o desenvolvimento do país em um curto período de tempo e significava que o Brasil iria se desenvolver em 5 anos, o que poderia desenvolver em 50, ou seja, de forma rápida. Esse desenvolvimento agrupava os setores: Energético, Transporte, Alimentação, Indústria de base e Educação.

2. O PLANO DE METAS

Segundo Frederico Costa, o plano de metas do governo JK tinha quatro setores chave para o desenvolvimento, entre eles a energia, transporte, indústria pesada e alimentação, seu lema era de “50 anos em cinco” e a meta símbolo a construção de uma nova capital para o país, a cidade de Brasília.

Para Leandro Carvalho, mestre de história no Brasil, o Plano ou Programa de Metas com aproximadamente 31 metas, tinha como principal objetivo o desenvolvimento econômico do Brasil, ou seja, pautava-se em um conjunto de medidas que atingiria o desenvolvimento econômico de vários setores, priorizando a dinamização do processo de industrialização do Brasil.

Para a implantação de suas metas, institui um conselho de Desenvolvimento, atuando através de executivos para poder evitar os confrontos com a burocracia e assim poder desenvolver a realização do plano de metas.

Para Juscelino era impossível ampliar o desenvolvimento econômico e o progresso da economia sem a participação do capital estrangeiro, para realizar suas metas necessitaria transferir e implantar indústrias automobilísticas no Brasil. Em 1956 foi criada a USIMINAS (Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais) e suas ações era dividido entre o Estado Brasileiro e o acionista Japonês, iniciando neste período o endividamento externo.

A partir da segunda guerra mundial, alguns acionistas estrangeiros que investiam no Brasil, passaram para a Europa e o Oriente, para proteger a indústria nacional através do protecionismo que defendia a modificação das tarifas aduaneiras e da implementação de nova política cambial.

No geral as metas de JK eram bastante audaciosas, e tiveram avanços, mas também dívidas, sendo que, ao mesmo tempo em que o país crescia, também aumentavam suas dividas. A construção de Brasília também foi uma das grandes obras audaciosas de JK, um moderno e arrojado conjunto arquitetônico realizado por Oscar Niemeyer, e o plano piloto da cidade foi desenvolvido pelo urbanista Lúcio Costa.

2.1 Considerações sobre o Plano de Metas e o Governo JK

Antes de tomar posse como presidente eleito, JK fez uma série de visitas a países estrangeiros. O objetivo da viagem era, sobretudo, estabelecer contatos diretos com os Chefes de Governo e com os capitães da indústria e do comércio daqueles países, para apresentar-lhes, em termos concretos, a política de desenvolvimento econômico que instalaria no Brasil, de forma a interessá-los naquela arrancada.

Em 1956 o Plano de Metas foi à alavanca para a entrada do capital estrangeiro na economia brasileira e isenção de importação para máquinas e equipamentos industriais Isentaram de impostos de importação, as máquinas e equipamentos industriais, assim como liberou a entrada de capitais externos em investimentos de risco, associados ao capital nacional. Para ampliar o mercado interno, o plano ofereceu uma generosa política de crédito ao consumidor. Enfim o Plano de Metas consistia em 30 metas como ditos anteriormente divididos em cinco setores o de energia, transporte, indústrias de base, alimentação e educação, mais a construção de Brasília o que totalizariam 31 metas. Os setores que mais recursos receberam foram energia, transportes e indústrias de base, num total de 93% dos recursos alocados.

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