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Gatronomia Região Sudeste

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Por:   •  12/4/2014  •  2.356 Palavras (10 Páginas)  •  239 Visualizações

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Região Sudeste

A região sudeste é composta por quatro estados, são eles: Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, como mostra na imagem1. Apresenta grande pluralidade cultural, com manifestações de origem indígena, africana, europeia e asiática.

1. Mapa da região sudeste

A culinária do Sudeste é bem diversificada e apresenta forte influência do índio, do escravo e dos diversos imigrantes europeus e asiáticos. Foi na região sudeste que a culinária brasileira se desenvolveu, com a ajuda dos indígenas e Portugueses, num Brasil recém-descoberto, já misturavam numa só panela receitas europeias e ingredientes nativos, a exemplo do palmito, da mandioca, do milho, do amendoim, das variadas frutas.

O Ciclo do Ouro em Minas Gerais e o Ciclo do Café em toda a região obrigaram a construção de fazendas e a vinda de escravos, que colocaram um pouco do tempero africano na panela. A culinária do interior do Sudeste ficou mais aprimorada com a chegada dos imigrantes no fim do século 19, que vieram de 70 países diferentes para trabalhar nas lavouras de café e, de quebra, incrementar a já rica cozinha regional.

Minas Gerais

A culinária mineira reúne simplicidade, sabor e tradição conhecidos em todo o Brasil e fora. Tudo começou no ciclo do ouro e pedras preciosas, resultado do encontro de diferentes raças e culturas que, entre a necessidade de se comer bem com pouco tempo e recursos disponíveis, moldaram a culinária mineira.

A simplicidade e o sabor da culinária mineira está ligado ao período colonial. O modo de preparo e os temperos fáceis garantem a confecção de pratos típicos, ricos e variados, como diferentes tipos de linguiça, o torresmo, o feijão tropeiro e o frango com quiabo, angu e couve, sem falar nos queijos, doces, bolos, broas e o apreciado pão de queijo. A cachaça mineira ganhou destaque como bebida apreciada pelo europeu e exportada para diversas partes do mundo.

Em Minas Gerais, as receitas são passadas de geração a geração, com todos os segredos da culinária. A hora dá refeição é um momento sagrado das famílias mineiras é o momento dos encontros familiares, das “prosas” e da integração entre as pessoas.

Durante o século XVIII o Brasil viveu o ciclo do ouro com a descoberta das riquezas minerais em Minas Gerais. O ouro e o diamante atraíram milhares de pessoas de diferentes regiões do Brasil e de Portugal, interessadas em ganhar dinheiro com o garimpo. A região da atual Minas Gerais na época era pouco explorada e os índios ofereciam resistência aos exploradores. A mineração em pouco tempo se tornou o centro econômico de Portugal. Com a chegada de muitos imigrantes em Minas Gerais fez com que as cidades ficassem superlotadas, consequentemente ocorreu a falta de comida, na ânsia de tornarem-se ricos rapidamente, as pessoas preferiam garimpar ao invés de gastar tempo plantando, cuidando e colhendo alimentos. Em locais onde se iniciava o plantio e surgisse algo no solo que parecesse ouro ou diamante, a plantação era destruída pelos plantadores ou outras pessoas em busca de riquezas. Existem registros das autoridades portuguesas de imigrantes que morreram com a barriga vazia e a bolsa cheia de ouro.

No tempo do ciclo do ouro a busca por riquezas rápidas fez com que os habitantes de Minas gerais criassem uma forma fácil e barata de comer. Os pratos mineiros mais tradicionais são os provenientes do fundo do quintal de casa (frango, porco, feijão, milho, mandioca e verduras).Outra característica que se arrasta pelo tempo é a fartura. Come-se muito bem nas casas mineiras, onde uma visita é obrigatoriamente seguida de café fresco, broas de milho, pão de queijo e doces em compotas com queijo branco. Essa tradição é ainda mais forte no interior.

Feijão-tropeiro mineiro (imagem2) é uma mistura de feijão cozido, farinha de mandioca e linguiça, era a alimentação básica dos trabalhadores que transportavam mercadorias em lombo de burro.

Doce de leite (imagem3) é preparado em uma panela grande, com leite fresco e açúcar, o doce de leite é uma das sobremesas mais tradicionais.

O pão de queijo primeiro era uma goma de mandioca na forma de polvilho doce ou azedo, depois com o tempo foi se acrescentando os outros ingredientes como o ovo, leite, nata, sal, manteiga e por ultimo o queijo, que o resultado foi o biscoito de goma. As cozinheiras das fazendas no século XVIII faziam os biscoitos de goma, que era o pão de queijo, o formado do biscoito era pequenas bolas e em seguida era assados.

Frango com quiabo é acompanhado de angu mole e arroz soltinho, quarteto fumegante e especial para o paladar. O prato, em geral, refogado na banha de porco, chegou à mesa dos mineiros por influência dos índios Uma iguaria das Gerais.

São Paulo

Nos séculos XVI e XVII o estado de São Paulo não era desenvolvido economicamente, a alimentação dos nativos e colonizadores sugiram de acordo com as condições que se tinha. Desta maneira, os habitantes da área precisavam ser flexíveis e criativos para se sustentarem com o que a terra oferecia. Entre os alimentos da época, o milho, de influência indígena, era o mais utilizado.

O milho foi se transformando em farinha, pamonha, curau, canjica e servia para o preparo da jacuba, um líquido nutritivo feito à base de farinha de milho ou mandioca, água fria; e mel ou rapadura como adoçante. Entre outros hábitos dos nativos que foram absorvidos na culinária paulista estão as frutas, o pinhão, a mandioca, outras raízes, os legumes, os peixes e as carnes de caça (passarinho, lagarto, tatu, capivara).

O interior de São Paulo foi de grande importância na culinária paulista com um conjunto de pratos variados, normalmente feitos no fogão dos tropeiros, fogo-de-chão, fogão a lenha, ou no tucuruva.( fogão improvisado no meio dos cupinzeiros). No litoral, os alimentos eram feitos pelos caiçaras com base na pesca e no cultivo de produtos da mata. Eles foram os responsáveis pela introdução do pratos feitos com peixe e farinha, como o pirão.

Muitos dos pratos paulistas foram criados pelos tropeiros que tinha uma trabalho árduo e precisavam de alimentos que aguentassem longas jornadas que não estragassem e de preparo fácil, dai surgiu o virado à paulista.

Antes do período da economia cafeeira, os escravos introduziram o leite de coco, o dendê e as pimentas. Pelo lado dos portugueses, vieram as carnes de animais domesticados e a utilização do açúcar. Com o enriquecimento de São Paulo com o período cafeeira veio hábitos e receitas de outros países,

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