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Governo Médici

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Por:   •  8/5/2014  •  2.014 Palavras (9 Páginas)  •  222 Visualizações

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Ditadura Civil/Militar no Brasil - Período 1973/1974

Introdução

Começaremos este trabalho abordando um pouco da vida pessoal de Emílio Médici, o Coronel Médici, como quando nasceu, onde estudou e etc. Veremos, então, uma espécie de linha do tempo, relatando seus atos, a quem se aliou e quando assumiu a presidência. Em seguida, veremos o que estava acontecendo quando Médici assumiu o cargo, por quem era feita a repressão e o que começou a funcionar.

A partir daí, analisaremos como foi o governo de Médici. Como ele foi chamado e quais foram as principais características do período. Abordaremos a repressão à luta armada e também os chamados “porões da ditadura”. Veremos as formas de opressão aos opositores ao governo e a repressão aos órgãos de imprensa.

Veremos também que, na área econômica, houve o chamado “milagre econômico” e no que ele consistia. Abordaremos também o petróleo em sua relação com até então governo e os acordos assinados.

Por fim, analisaremos o fim do governo de Médici e sua grande popularidade. Seu governo, mesmo com um forte endividamento externo, acabou deixando um saldo positivo de realizações, fazendo com que Ernesto Geisel assumisse em seguida.

Desenvolvimento

Governo de Emílio Garrastazu Médici (1969 - 1973)

Médici foi um militar, nascido na cidade de Bagé, estado do Rio Grande do Sul, em 4 de dezembro de 1905. Estudou no Colégio Militar de Porto Alegre, na Escola Militar de Realengo e na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais da Armada. Tenente do 12º Regimento de Cavalaria, em Bagé, apoiou a Revolução de 1930 e, em 1932, aliou-se às forças que lutaram contra a Revolução Constitucionalista de São Paulo. Apoiou o golpe de 1964 que depôs o presidente João Goulart. Foi chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI) em 1967 e comandante do III Exército, no Rio Grande do Sul, em 1969.

Com o afastamento de Costa e Silva, teve seu nome indicado pelo Alto Comando do Exército à sucessão presidencial, foi indicado por todos os generais. Através de eleição indireta, passou a exercer o cargo de presidente da República em 30 de outubro de 1969 e exigiu que sua posse fosse feita com a reabertura do Congresso Nacional.

Quando Médici assumiu a presidência, a repressão era feita pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) de cada estado, das Secretarias de Segurança Pública (SESPs) e do Departamento da Polícia Federal (DPF). A partir de 1969, passaram a funcionar Centros de Informações nas Forças Armadas: CIE, que era do exército brasileiro; SISA, da Aeronáutica e o CENIMAR, na Marinha. Nessa época, foi criado o Destacamento de Operações e Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) e alguns órgãos paramilitares como a OBAN – Organizações Bandeirantes.

Seu governo é considerado o mais duro e repressivo do período, conhecido como "anos de chumbo". A repressão à luta armada cresce e uma severa política de censura é colocada em execução. Os famosos “porões da ditadura” ganhavam o aval do Estado para promover a tortura e o assassinato no interior de delegacias e presídios.

Para oprimir os opositores, o governo realizava ações principalmente contra as organizações de guerrilha. Os principais grupos de guerrilha que atuaram durante o governo militar foram: a Aliança Libertadora Nacional (ALN), o Movimento Revolucionário 8 de outubro (MR-8), o Partido Comunista Brasileiro (PC do B) e a Vanguarda Armada Revolucionária (VAR – Palmares). Eles buscavam derrubar o governo e instalar no país o socialismo. Realizaram diversas ações como assaltos a bancos, sequestros de embaixadores e atentados contra autoridades.

Todas as guerrilhas urbanas acabaram destruídas com seus militantes sendo mortos pela repressão. Os que sobreviveram foram presos ou expulsos do país. O ato do governo militar para acabar com essas organizações foi a destruição da Guerrilha do Araguaia, uma das últimas a resistir, que havia sido promovida pelo PC do B.

A repressão aos órgãos de imprensa foi intensa, impossibilitando a denúncia das arbitrariedades que se espalhavam pelo país. Ao mesmo tempo, no governo de Médici observamos o uso massivo dos meios de comunicação para instituir uma visão positiva sobre o Governo Militar. A campanha publicitária oficial espalhava adesivos e cartazes defendendo o ufanismo nacionalista. Palavras de ordem e cooperação como “Brasil, ame ou deixe-o” integravam o discurso político da época.

Na área econômica, numa conjuntura internacional favorável, observou-se o chamado “milagre econômico'', que consistiu na grande expansão da economia brasileira, expressa no vertiginoso crescimento do PIB, na estabilização dos índices inflacionários, na expansão da indústria, do emprego e do mercado interno. Em outubro de 1970, o Brasil obteve do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) o maior empréstimo até então concedido a um país da América Latina. Ainda em 1970, ampliou-se o limite do mar territorial brasileiro para duzentas milhas.

Em 1972 foi inaugurada a refinaria de petróleo de Paulínia, em São Paulo, a maior do país e, em 1973, o Brasil assinou dois importantes acordos: com a Bolívia, para a construção de um gasoduto entre Santa Cruz de la Sierra e Paulínia, e com o Paraguai, para a construção da usina hidrelétrica de Itaipu. No ano seguinte, foi inaugurada a maior usina hidrelétrica da América do Sul, na Ilha Solteira, e a ponte Presidente Costa e Silva, ligando o Rio de Janeiro a Niterói.

Em apenas cinco meses, entre outubro de 1973 e março de 1974, o preço do petróleo aumentou 400%, causando reflexos poderosos nos Estados Unidos e na Europa e desestabilizando a economia por todo o mundo. Este momento coincide com o fim do ''milagre econômico'' ocorrido no governo Médici. A crise do petróleo que barrou os altos índices de crescimento do Brasil foi fundamental para a população começar a se rebelar contra o regime militar no país, fazendo aumentar as críticas e transparecer os abusos que o governo encobria ao longo dos anos com a máscara do crescimento nacional.

Final do Governo

Com uma rígida censura aos meios de comunicação, geralmente de forma insidiosa e indireta, foi possível ao governo Médici controlar o noticiário, filtrando os fatos que poderiam chegar ao conhecimento do público.

Assim, a população brasileira acabou criando

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