Grandes Navegações
Artigo: Grandes Navegações. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Amomeu • 12/9/2014 • Artigo • 406 Palavras (2 Páginas) • 251 Visualizações
Grandes Navegações[editar | editar código-fonte]
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No período de transição da Baixa Idade Média para a Idade Moderna, o Mar Mediterrâneo continuou a principal ligação entre os países conhecidos. Esse intercâmbio se fazia através das rotas das especiarias, que eram monopólio das grandes cidades italianas, como Gênova e Veneza. As mercadorias orientais (sedas, porcelanas e principalmente condimentos, como a pimenta e a canela, indispensáveis para a conservação dos alimentos), depois de passarem por muitos portos e intermediários, eram vendidas a preços altíssimos para as nações europeias, obrigando-as a uma situação de dependência dos comerciantes italianos.
A tomada de Constantinopla pelos turcos, em 1453, dificultou ainda mais o tráfico de mercadorias. Dominando a maioria dos portos mediterrâneos, os turcos exigiam elevadas taxas das caravanas comerciais, forçando assim novo aumento nos preços dos produtos.
Era necessário descobrir novas rotas que livrassem a Europa da supremacia turca e italiana. Os reinos ibéricos (Portugal e Espanha) foram os primeiros a reunir condições técnicas e financeiras para explorar as novas terras.
A Península Ibérica e as Grandes Navegações[editar | editar código-fonte]
Reino português[editar | editar código-fonte]
Uma carta náutica de Fernão Vaz Dourado, da África ocidental extraída do atlas náutico de 1571, pertencente ao Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa.
Portugal foi a primeira nação a financiar expedições marítimas. Vários fatores contribuíram para esse pioneirismo: a existência de bons portos; a familiaridade portuguesa com o mar, devido à grande atividade pesqueira desenvolvida na região; uma burguesia enriquecida e disposta a investir para aumentar seus lucros; a paz interna e a centralização do poder. Portugal foi o primeiro reino a se unificar, formando um estado nacional.
A Escola de Sagres também contribuiu grandemente, fornecendo condições tecno-científicas para a navegação num oceano ate então desconhecido: o Atlântico.
Bússolas e astrolábios trazidos da China, sextantes, mapas feitos pelos melhores cartógrafos da época e, principalmente, a caravela com suas velas triangulares possibilitaram aos navegantes resistir e atravessar o bravio "Mar Tenebroso".
A expansão portuguesa iniciou-se pelo norte da África, com a tomada de Ceuta, em 1415 (importante centro de especiarias). Seguiram-se as ilhas da Madeira e Açores. Gradativamente, em expedições sucessivas, sempre contornando o continente africano, em 1487, Bartolomeu Dias contornou o Cabo da Boa Esperança no sul da África. Em 1498, Vasco da Gama chega ao porto de Calicute, na costa ocidental da Índia.
A descoberta desse novo caminho trouxe lucros fabulosos para os mercadores portugueses e, ao mesmo tempo, estabelecia concorrência com os produtos trazidos através das rotas italianas.
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