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Guerra Dos Farrapos

Trabalho Escolar: Guerra Dos Farrapos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  7/4/2014  •  1.636 Palavras (7 Páginas)  •  967 Visualizações

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Guerra dos Farrapos ou Revolução Farroupilha são os nomes pelos quais ficou conhecida a revolução ou guerra regional, de caráter republicano, contra o governo imperial do Brasil,1 2 na então província de São Pedro do Rio Grande do Sul,3 e que resultou na declaração de independência da província como estado republicano, dando origem à República Rio-Grandense.4 Estendeu-se de 20 de setembro de 1835 a 1 de março de 1845.

A revolução, que com o passar do tempo adquiriu um caráter separatista, influenciou movimentos que ocorreram em outras províncias brasileiras: irradiando influência para a Revolução Liberal que viria a ocorrer em São Paulo em 1842 e para a revolta denominada Sabinada na Bahia em 1837, ambas de ideologia do Partido Liberal da época. Inspirou-se na recém findada guerra de independência do Uruguai, mantendo conexões com a nova república do Rio da Prata, além de províncias independentes argentinas, como Corrientes e Santa Fé. Chegou a expandir-se à costa brasileira, em Laguna, com a proclamação da República Juliana e ao planalto catarinense de Lages.

A revolta teve como líderes: general Bento Gonçalves, general Neto, coronel Onofre Pires, coronel Lucas de Oliveira, deputado Vicente da Fontoura, general Davi Canabarro, coronel Corte Real, coronel Teixeira Nunes, coronel Domingos de Almeida, coronel Domingos Crescêncio de Carvalho, general José Mariano de Mattos, general Gomes Jardim,5 além de receber inspiração ideológica de italianos da Carbonária refugiados, como o cientista e tenente Tito Lívio Zambeccari e o jornalista Luigi Rossetti,6 além do capitão Giuseppe Garibaldi, que embora não pertencesse a carbonária, esteve envolvido em movimentos republicanos na Itália.7

A questão da abolição da escravatura também esteve envolvida, organizando-se exércitos contando com homens negros que aspiravam à liberdade.8 9

* Bento Manuel Ribeiro Lutou em ambos os lados ao longo da guerra, mas quando acabou a revolução ele estava ao lado do imperador.

Índice [esconder]

1 Antecedentes e causas

2 Os Farrapos

3 A Revolta Farroupilha

4 A reação imperial

5 A proclamação da República

6 Batalha do pampa

7 A Guerra sem Bento

8 Gonçalves assume a presidência

9 Queda da "Tranqueira Invicta"

10 Marinha Farroupilha

11 A República Juliana

12 Os campos de Lages

13 1840: os farrapos perdem território

14 Reforços Liberais

15 O duelo entre Bento Gonçalves e Onofre Pires

16 Negociações de paz e a batalha de Porongos

17 Paz do Poncho Verde

18 Mídia

19 Na cultura

20 Referências

21 Ver também

22 Ligações externas

Antecedentes e causas[editar | editar código-fonte]

Trecho do quadro A batalha dos Farrapos, de Wasth Rodrigues.

Conflitos na História do Brasil

- Império -

Primeiro Reinado

Guerra da Independência: 1822-1823

Independência da Bahia: 1821-1823

Confederação do Equador: 1824

Guerra contra as Províncias Unidas: 1825-1828

Revolta dos Mercenários: 1828

Período Regencial

Federação do Guanais: 1832

Revolta dos Malês: 1835

Cabanagem: 1835-1840

Farroupilha: 1835-1845

Sabinada: 1837-1838

Balaiada: 1838-1841

Segundo Reinado

Revoltas Liberais: 1842

Revolta Praieira: 1848-1850

Guerra contra Oribe e Rosas: 1851-1852

Ronco da Abelha: 1851-1852

Questão Christie: 1863

Guerra contra Aguirre: 1864

Guerra do Paraguai: 1864-1870

Questão Religiosa: 1872-1875

Revolta dos Muckers: 1874

Revolta do Quebra-Quilos: 1874-1875

Questão Militar: década de 1880

A justificativa original para a revolta baseia-se no conflito político entre os liberais, que propugnavam modelo de estado com maior autonomia às províncias,10 e o modelo imposto pela constituição de 1824, de caráter unitário.11

O movimento também encontrou forças na posição secundária, tanto econômica como política, que a Província de São Pedro do Rio Grande ocupava no Brasil, nos anos que se sucederam à Independência. Diferentemente de outras províncias, cuja produção de gêneros primários se voltava para o mercado externo, como o açúcar e o café, a do Rio Grande do Sul produzia principalmente para o mercado interno. Seus principais produtos eram o charque e o couro, altamente tributados.10 As charqueadas produziam para a alimentação dos escravos africanos, indo em grande quantidade para abastecer a atividade mineradora nas Minas Gerais, para as plantações de cana-de-açúcar e para a região sudeste, onde se iniciava a cafeicultura.5 A região, desse modo, encontrava-se muito dependente do mercado brasileiro de charque, que com o câmbio supervalorizado, e benefícios tarifários, podia importar o produto por custo mais baixo.12 Além disso, instalava-se nas Províncias Unidas do Rio da Prata uma forte indústria saladeiril, e que, junto com os saladeros do Uruguai, competiria pela compra de gado da região, pondo em risco a viabilidade econômica das charqueadas sul-rio-grandenses.

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