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HISTÓRIA DA INGLATERRA

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Por:   •  29/5/2014  •  1.556 Palavras (7 Páginas)  •  598 Visualizações

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A Inglaterra é o território mais extenso e mais povoado do Reino Unido. Habitada por povos celtas desde o século V a.C., a Inglaterra foi colonizada pelos romanos entre 43 d.C., e princípios do século V. A partir de então começou a invasão de uma série de povos germânicos (anglos, saxões e jutos) que foram expulsando aos celtas, parcialmente romanizados, até Gales, Escócia, Cornualha e a Bretanha francesa. No século X, depois de resistir a uma série de ataques vikings, unificou-se politicamente. Depois da ascensão de Jaime VI da Escócia ao trono da Inglaterra em 1603 e a anexação da Escócia pela Inglaterra em 1707 resulta mais apropriado diferenciar a história da Inglaterra da do resto de Grã-Bretanha.

Pré-história[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Britânia pré-histórica

Stonehenge.

Indícios arqueológicos demonstram que a área hoje conhecida como o sul da Inglaterra foi povoada bem antes do restante das Ilhas Britânicas, devido ao clima ameno entre e durante as diversas idades do gelo. Os habitantes pré-romanos da Grã-Bretanha não deixaram documentos escritos e suas história e cultura são estudadas por meio de achados arqueológicos. Conservam-se poucos indícios da civilização dos primeiros habitantes da ilha, como o monumento megalítico de Stonehenge, que data da Idade do Bronze (até 2300 a.C.).

As técnicas de trabalho em ferro chegaram à Grã-Bretanha em cerca de 750 a.C., provenientes do sul da Europa, dando início à Idade do Ferro. Por volta de 500 a.C., a chamada cultura celta havia alcançado quase todas as Ilhas Britânicas. Os bretões da Idade do Ferro viviam em grupos tribais organizados, governados por um chefe.

A primeira menção histórica à região é do Périplo massaliota (Massaliote Periplus), um manual de navegação para comerciantes provavelmente datado do século VI a.C. Píteas de Massília nele escreveu sobre sua viagem de negócios à ilha em cerca de 325 a.C. Mais tarde, outros autores, tais como Plínio, o Velho, e Diodoro Sículo, mencionam o comércio de estanho proveniente do sul da ilha.

Tácito registrou que a língua falada na Grã-Bretanha não era muito diferente da empregada na Gália setentrional e notou que as várias tribos britânicas possuíam características físicas semelhantes às dos seus vizinhos continentais.

Britânia romana: invasão e ocupação[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Invasão romana das ilhas britânicas e Britânia (província romana)

A Muralha de Adriano, no norte da Inglaterra.

Em duas ocasiões, em 55 e 54 a.C., Júlio César invadiu a Britânia, mas não logrou conquistar território, limitando-se a estabelecer Estados-clientes. Em 43, Cláudio foi bem-sucedido em nova tentativa de invasão, dando início à província romana da Britânia.

Os britânicos defenderam sua terra, mas os romanos, militarmente superiores, conseguiram dominar a ilha. Iniciaram uma forte opressão contra o druidismo, religião mais popular no local na época.

Os romanos fundaram cidades, como Londres, e fortalezas, utilizando engenharia e arquitetura nunca antes vistas na Britânia. Também ergueram muralhas (como a de Adriano) que cruzavam a Grã-Bretanha de oeste para leste, cujo propósito era impedir incursões militares de tribos ao norte (no que é a atual Escócia) contra o território da província romana.

A influência romana também foi muito forte na cultura religiosa britânica. Primeiro, a própria história de deuses celtas foi desaparecendo, transformando-os apenas em deuses romanos com nomes celtas (uma relação mais ou menos parecida com a da mitologia grega com a romana). Os romanos também levaram para a ilha o cristianismo que, quando da retirada das forças romanas no século V, já tinha força considerável na Grã-Bretanha. Depois, as próprias disputas internas aumentaram a influência do cristianismo, fazendo o druidismo desaparecer gradativamente e sem deixar muitos registros históricos, pois os druidas recusavam-se a escrever sobre seus dogmas e rituais. E no próprio povo britânico, até mesmo entre os nobres, era raríssima a prática da escrita.

Júlio César esteve no sul da Grã-Bretanha em 55 e 54 a.C. e escreveu em seu De Bello Gallico que a população local era numerosa e tinha muito em comum com as outras tribos da Idade do Ferro no continente. Curiosamente, há poucas fontes históricas referentes à ocupação romana da Grã-Bretanha. Apenas uma frase sobreviveu a respeito das razões para a construção da Muralha de Adriano. A invasão de Cláudio é bem documentada e Tácito incluiu a rebelião de Boadiceia, de 61, na sua história. Na altura do século V, a influência romana já havia declinado consideravelmente. As legiões deixaram a ilha, provavelmente na mesma época da invasão saxônica, descrita a seguir.

Britânia pós-romana[editar | editar código-fonte]

Na esteira do colapso do governo romano em cerca de 410 na Grã-Bretanha, a atual Inglaterra foi progressivamente ocupada por povos germânicos. Conhecidos coletivamente como o anglo-saxões, estes grupos incluíam jutos da Jutlândia, juntamente com um maior número de saxões, provenientes do noroeste da Alemanha, e anglos, provenientes do atual estado alemão de Schleswig-Holstein.1 Antes desses assentamentos, alguns frísios invadiram o leste da Grã-Bretanha durante os anos de 250.

Inicialmente, eles invadiram a Grã-Bretanha em meados do século V, continuando por várias décadas. Os jutos parecem ter sido o principal grupo de colonizadores em Kent, na Ilha de Wight e partes da costa de Hampshire, enquanto os saxões predominaram em todas as outras áreas ao sul do Tâmisa e em Essex e Middlesex, e os anglos em Norfolk, Suffolk, Midlands e ao norte.

A população da Grã-Bretanha diminuiu drasticamente após o período romano. A redução parece ter sido causada principalmente pela peste e varíola. Sabe-se que a praga de Justiniano entrou para o mundo mediterrâneo no século VI e chegou pela primeira vez nas ilhas britânicas em 544 ou 545, quando atingiu a Irlanda.2 O Annales Cambriae menciona a morte de Maelgwin Gwyned, rei de Gwynedd, desta peste em 547.

As

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