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HISTÓRIA DO RIO TIET

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Por:   •  22/11/2014  •  Tese  •  401 Palavras (2 Páginas)  •  383 Visualizações

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A HISTÓRIA DO RIO TIETÊ

A história de São Paulo não seria a mesma sem o rio Tietê, que desde os primórdios da colonização exerceu um importante papel no desenvolvimento da cidade. Numa carta escrita ao providencial da ordem, em Portugal, o padre Manuel da Nóbrega aconselhou o explorador Martim Afonso que reunisse os colonos em torno do rio Piratininga para fugir da penúria de Santo André “onde não havia peixe nem farinha”. Naquele tempo, ainda não tinham sido reconhecidas as cabeceiras do Tietê e, por isso, os primeiros habitantes da cidade acreditavam que o afluente Piratininga continuava seu percurso para o interior do Estado.Não é a toa que se diz, até hoje, que mesmo antes da fundação de São Paulo, o Tietê já era a sua alma.

A primeira expedição pelo rio foi oficialmente documentada por Dom Luiz de Céspedes Xeria que, em 1628, partiu de Nossa Senhora de Atocha (atual cidade de Porto Feliz), de onde saíam a maior parte das expedições que buscavam ouro e índios (monções), com destino à cidade Real de Guaíra, no Paraná. Sua importância econômica cresceu de tamanho quando o café se transformou na maior fonte de riqueza do país: utilizado como meio de transporte para o escoamento da produção, o Tietê permitiu a São Paulo se tornar o principal centro produtor de café do país.

Mas o Tietê não se tornou importante apenas para a economia da cidade. Diversos documentos, como o depoimento de José Bonifácio, registrado em 1839 atestam como o rio era essencial para a vida cultural dos paulistanos. Segundo o Patriarca da Independência, a beleza do rio estimulava os habitantes e passeios em suas margens eram bastante comuns. Como conseqüência deste poder de atração, a partir das últimas décadas do século XIX, o Tietê atraiu os clubes de esporte e lazer, como o atual Clube Esperia, fundado em 1888, e o Clube de Regatas Tietê, em 1907.

No início do século XX, com o aumento da demanda de energia para movimentar o parque industrial que começava a surgir na cidade, as administrações públicas adotaram uma política de utilização do rio apenas como veículo transportador de esgoto e como fonte de produção de energia. Com a construção das vias marginais, que se estendeu do início dos anos 1940 até o final dos anos 1960, o nível de poluição do rio fez com que a prática esportiva fosse proibida em suas margens, a partir de 1972.

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