HRIB

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Rio-Branco, com a colaboração de Assis Brasil, dirigiu todas as negociações, preparou a sua obra nos pormenores e no conjunto, com a consciência profissional de um técnico e a visão política de um diplomata. Finalmente, em virtude de consenso proveniente de uma série de conversas confidenciais, os plenipotenciários brasileiros e bolivianos assinaram, em 17 de novembro de 1903, no palácio de Westfália, o Tratado de Petrópolis. Por este, o Brasil incorporava ao seu território a região do Acre, correspondente a 191.000 km, em contrapartida a Bolívia receberia uma área de, aproximadamente, 3.200 (distribuídos na extensão de um triângulo formado pelo rio Madeira e o Abunã, e em territórios majoritariamente alagadiços, em Mato Grosso); a indenização de£ 2.000.000 (dois milhões de libras esterlinas), em duas parcelas; e a construção de uma estrada de ferro, no trecho entre Santo Antônio (no rio Madeira) e Guajará-Mirim (no rio Mamoré).

Assim sendo, o Barão decide defender seu feito diplomático, bem como, contra-atacar, sabiamente, através de sua exposição de motivos e de artigos publicados no Jornal do Commercio , sob pseudônimo  Kent , as invencionices e as considerações descabidas acerca do Tratado de Petrópolis. Não era para menos: “A ação de Rio-Branco teria de ser rápida e direta, golpe sobre golpe, porque o negociador tem de se defender em dois campos de batalha, - o campo interno, onde opiniões divergentes pululam; e o cenário internacional.” Por fim, convém destacar que o chanceler brasileiro, no caso acreano, observara e se utilizara, com esmero, de uma das conceptualizações mais clássicas acerca da atividade diplomática, qual seja a “arte de dirigir o intercâmbio com outros Estados em benefício do “interesse nacional.’’ O acordo entre Brasil e Bolívia pode ser caracterizado como resultado de negociações do tipo “ganha-ganha” de acordo com a teoria dos jogos, pois foi um acordo cooperativo onde ninguém

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