História Da Educação
Artigos Científicos: História Da Educação. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: CarolPedagogia • 7/9/2014 • 1.479 Palavras (6 Páginas) • 308 Visualizações
Os diferentes segmentos componentes de um texto: descrever, narrar, argumentar.
Texto é um todo organizado de sentido. Sendo assim, é muito mais que uma simples sequência de enunciados e a sua compreensão e a sua produção derivam de uma competência específica do falante: a competência textual. Textualidade é a capacidade que o ser humano tem de criar textos (verbais e não-verbais).
Em sentido lato, amplo, texto é qualquer manifestação da capacidade textual do ser humano, qualquer tipo de comunicação realizado por meio de um sistema de signos. Exemplos: poema, música, pintura, escultura, filme, peça de teatro etc.
Em sentido estrito, texto é qualquer passagem falada ou escrita, que forma um todo significativo, independentemente de sua extensão. Na linguagem verbal, temos o discurso, que é uma atividade comunicativa de um falante, numa situação de comunicação dada, englobando enunciados que são produzidos pelo locutor e interlocutor.
Tudo o que se escreve recebe o nome genérico de redação. Apesar de existirem textos poéticos, científicos, políticos, religiosos, em verso, em prosa etc., usualmente, costumam-se dividir os textos em três modalidades ou tipos: descritivos, narrativos e dissertativos. Entretanto, na maioria das vezes, não encontramos um texto em estado puro.
Descrição: apresenta as características concretas de um objeto, uma pessoa, ambiente, paisagem ou situação inscritas num certo momento estático do tempo, não existindo relação de anterioridade e posterioridade entre os seus enunciados. Assim, não há progressão temporal e o texto é figurativo, construindo-se predominantemente com termos concretos. O texto descritivo não relata mudanças de situação; nele, ações e qualidades são vistas como um estado único. A descrição expõe propriedades e aspectos de um ser particular (por exemplo, o céu estrelado numa determinada noite, um rosto sofrido, uma personagem qualquer), numa relação de simultaneidade; nela não há mudanças. Ela apresenta um ser tal como é visto num dado momento, fora do dinamismo da mudança. A caracterização dos seres obedece a uma delimitação espacial.
É importante ressaltar que uma descrição não é algo supérfluo ou ornamental num texto, mas tem uma funcionalidade, pois fixa caracteres, dá qualificações para personagens, espaços, tempos. Tais elementos terão um importante papel no desenvolvimento da trama narrativa. Uma descrição não é algo neutro, pois, a partir dos elementos selecionados e da forma como são apresentados, revela uma visão de mundo.
Observação: na descrição de pessoas, podemos apresentar suas características físicas e psicológicas.
A descrição está intimamente ligada à experiência das sensações físicas e das percepções subjetivas. O leitor capta impressões sensoriais e psicológicas, transmitindo-as através dos recursos expressivos de linguagem.
Raramente um texto é exclusivamente descritivo. Geralmente a descrição vem mesclada a outras modalidades, caracterizando uma personagem, detalhando um cenário, um ambiente ou paisagem, dentro de um romance, novela, conto, crônica. A descrição pura aparece frequentemente como parte de um relatório técnico, como no caso de descrição de peças de máquinas, órgãos do corpo humano, funcionamento de determinados aparelhos (descrição de processo ou funcional).
Dessa forma, na prática, a descrição é sempre um fragmento, é um parágrafo dentro de uma narração, é parte de um relatório, de uma pesquisa, de dissertações em geral.
Exemplo de descrição:
Eis São Paulo às sete horas na noite. O trânsito caminha lento e nervoso. Nas ruas, pedestres apressados se atropelam. Nos bares, bocas cansadas conversam, mastigam e bebem em volta das mesas. Luzes de tons pálidos incidem sobre o cinza dos prédios.
(FIORIN, J. L. & SAVIOLI, F. P. Para entender o texto: leitura e redação. 13.ed. São Paulo: Ática, 1997)
Narração: relatam-se as mudanças progressivas de estado que vão ocorrendo com as pessoas e as coisas através do tempo e em um espaço bem configurado. Existe relação entre os fatos que são apresentados em relatos, episódios, em uma relação de anterioridade ou posteridade. A narração capta o mundo em suas mudanças e tem como finalidade principal o relato dessas transformações. Assim como o texto descritivo, o texto narrativo é figurativo.
A narração opera com personagens, situações, tempo e espaços bem determinados, trabalhando predominantemente com termos concretos, sendo, portanto, um texto figurativo. No interior do texto narrativo, há sempre uma progressão temporal entre os acontecimentos relatados, isto é, conta eventos concomitantes, anteriores ou posteriores uns aos outros. Estão presentes na narração: fato, narrador, personagens, cenário, enredo, tempo, causas, modo, consequências etc.
Estrutura da narração
Convencionalmente, o enredo da narração pode ser estruturado da seguinte forma: exposição (apresentação das personagens e/ou do cenário e/ou da época), desenvolvimento (desenrolar dos fatos, apresentando complicações e clímax) e desfecho (desenlace ou arremate da trama).
A tessitura da narrativa
A narrativa deve tentar explicar os acontecimentos, respondendo às seguintes perguntas essenciais:
O QUÊ? – o(s) fato(s) que determina(m) a história;
QUEM? – a personagem ou personagens;
COMO? – o enredo, o modo como se tecem os fatos;
ONDE? – o lugar ou lugares da ocorrência;
QUANDO? – o momento ou momentos em que se passam os fatos;
POR QUÊ? – a causa do acontecimento;
POR ISSO? – as consequências dos fatos.
O narrador em primeira pessoa é chamado de narrador-personagem; ele participa da história e “vê” os acontecimentos de dentro para fora. O narrador em terceira pessoa é chamado de narrador-observador: ele simplesmente relata os fatos, registrando as ações e as falas das personagens; conta, como mero espectador, uma história vivida por terceiros.
Narrador onisciente ou onipresente é uma espécie
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