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História Do Corpo Na Idade média

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Por:   •  7/7/2014  •  753 Palavras (4 Páginas)  •  473 Visualizações

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LE GOFF, Jacques; TROUNG, Nicolas. Uma história do corpo na Idade Média. Tradução Marcos Flamínio Peres – 2ª Ed. – Rio de Janeiro: civilização Brasileira, 2010.

O presente trabalho discorre sobre a resenha do livro “Uma história do corpo na idade média”, do especialista em Idade Média Jacques Le Goff, que realizou importantes estudos a respeito da Antropologia Histórica no Ocidente Medieval e ligado ao movimento da escola dos Annales , em parceria com Nicolas Troung, jornalista e escritor do jornal Le Monde .

Ambos entenderam que era preciso conhecer, estudar, mostrar os significados aquilo que de mais concreto há na história do homem, seu próprio corpo, com o objetivo de descrever como era e o que pensavam a respeito do mesmo na idade média, pois este, por muito tempo foi esquecido pela história e pelos historiadores. A história tradicional privilegiava os grandes feitos, a história dos grandes homens e a narrativa dos acontecimentos. “Interessava-se pelos homens e, secundariamente, pelas mulheres” (p.09). Sendo assim, entenderam que havia um grande vácuo na história, um esquecimento no que se refere à história do corpo, pois este, por muito tempo foi marginalizado pela pesquisa histórica. Diante disso, “seria preciso, portanto, dar corpo à história. E dar uma história ao corpo” (p.10).

Os autores enfatizam a importância do corpo na idade média. Este que, paralelamente oscila entre o termo glorificado (corpo de Cristo) e reprimido, preso entre a humilhação e a liberdade pelas ideologias do cristianismo do século IV. “A humanidade cristã repousa tanto sobre o pecado original [..] quanto sobre a encarnação” (p.35). Descrevem que o corpo foi o responsável pelas inúmeras tensões geradas naquele período, dentro do Ocidente Medieval. O corpo estava no cerne do imaginário e da realidade medieval.

Uma História do corpo na Idade Média é dividida em quatro capítulos: Quaresma e Carnaval: uma dinâmica do Ocidente; Viver e morrer na Idade Média; Civilizar o corpo e O corpo como metáfora. O primeiro capítulo trata-se de questões como a renúncia do corpo, as consequências da quaresma e do carnaval, os tabus do esperma e do sangue, a sexualidade, o trabalho, etc. Enfim, os comportamentos, os gestos e práticas do corpo no medievo. Os autores mostram como a igreja mantinha o poder, como esta tinha uma postura totalmente dominante sobre aquela sociedade, renunciavam o corpo e tentavam moldar a sociedade, impondo-lhes restrições, modos de conduzirem-se adequadamente e até mesmo castigos, desprezavam as práticas sexuais, os “líquidos corporais”. Tudo era mediado pela igreja, pois o cristianismo no século IV estava no ápice. Negavam o corpo, mas ao mesmo tempo este “é glorificado, sobretudo por meio do corpo padecente de Cristo” (p.35). O carnaval, período de exageros, da gula, enfim, do pecado, aparece em oposição à quaresma que se instala sobre a sociedade medieval, dos jejuns e penitências.

O esperma e o sangue causavam repulsa. A igreja tentou diferenciar o sangue de Cristo do sangue “imoral” dos homens, principalmente o sangue da mulher. A sua menstruação lhe tornava extremamente submissa. Era proibido manter relações sexuais no período menstrual da mulher e no período da gravidez, como também eram proibidas as posições sexuais. O esperma do homem também foi menosprezado. Sendo

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