História antiga de Roma
Artigo: História antiga de Roma. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: nati4 • 2/12/2014 • Artigo • 1.914 Palavras (8 Páginas) • 272 Visualizações
Por mais que César tivesse interferido e muitas vezes ido longe demais, a luta do senado já tinha acabado há muito tempo, César limitava e muitas vezes impedia a posição do Senado, após a morte de Cesar e sem o apoio militar, Roma se viu abandonada, e tendo que passar uma um disputa pelo Senado. De um lado Antônio que era de acordo com a mesma política de César, para ele o domínio militar era a melhor opção para Roma, e do outro lado Otaviano que era a favor do Senado e do direito da posição dos senadores.
O vencedor dessa disputa foi Otaviano, ele contava com o apoio do Senado e da alta sociedade de Roma, ele teria a chance de fazer com que Roma voltasse ao seu templo de glória. “Roma não estaria morta e que ele próprio tinha a missão de restaurar sua antiga glória. Pg. 162-3”
Nos primeiros anos, varias medida que julgava ser necessárias foram adotadas, principalmente no Senado, ele expulsou muitos membros do Senado antigo colocado ali por César, restabeleceu as fileiras da alta sociedade e como queria que seu Senado fosse composto de puros romanos e evitar a contaminação de classes, proibiu os Senadores de se casar com escravas ou libertas, além disse constituiu uma lei que todo homem deveria casar e constituir família. E assim o ano de 28 a.c ficou conhecido como os tempos mais reverenciados.
Mesmo com métodos diferentes dos de César, ele ainda era um chefe militar, e como escolha de nome ficou conhecido por Imperator Caesar Divi Filius, esse título fazia dele diferente dos outros e conquistou respeito de muitos cidadãos. No ano de 31 a.c foi eleito em assembléia popular cônsul, cargo esse que passou a exercer, mesmo abrindo mão de seus poderes e restaurado a antiga constituição de Roma, não deixou de ter poderes, pois no mesmo dia, por insistência do Senado aceitou seus poderes e foi eleito primeiro cidadão ou Princeps que seria o principado, passando a ser conhecido por Augustos, os romanos acreditavam que ele tinha restaurado o Estado.
Augusto sabia selecionar o que César havia feito de bom, e seguia firme por séculos. Ele conseguiu restaurar a antiga constituição, mas Tácito ao examinar a obra do imperador, um século depois de sua morte, viu que seria impossível classificar o tipo de “Constituição criado por Augusto dentro de uma simples e única fórmula. Pg. 166-5”.
Ele ainda tinha uma ligação com o exército, os soldados haviam sido afastados do Senado, mas não estava desligada de suas funções, a maioria continuava nas fileiras em defesa de Roma, essa proteção era necessário para evitar o ataque de piratas, ele necessitava de um exercito organizado que não se envolvesse com os assuntos do Senado, esse exercito tinha que ser composto por cidadãos romanos.
“O exército romano tornou-se uma força permanente, não apenas de fato, mas também teoricamente. Pg. 167-5” Com uma legião de homens romanos que serviam por 20 anos ou mais, porque muitos soldados não recebiam a “honesta missio ou o desligamento Honroso, pg.167-5”, assim que completava os 20 anos. O exército precisava de homens experientes e para evitar a doação de terra aos veteranos.
Mas em tempos de crises isso não era valido, principalmente no Oriente, os cidadãos estavam sujeitos a convocação, essas legiões não ficavam somente na Itália nem num único lugar, seus alojamentos iam para onde era necessário, e certo que às vezes ficavam muito tempo no mesmo local, mas ainda sim não eram permanentes.
Augusto impõe uma regra que contradizia totalmente outra imposta por ele mesmo, os soldados não mais podiam casar, ou seja, quebrava a lei de que todo homem deveria constituir família. A possibilidade de promoção foi desaparecendo com Augusto, todos os que eram oficiais faziam parte de uma parte privilegiada, havia constantes transferências a fim de evitar que o comandante ficasse muito tempo no mesmo posto, isso por motivos políticos.
Para que tivesse um exercito forte, meninos e jovens eram treinados, freqüentavam um curso determinando um tipo de preparo específico para cada um. Todo esse método tomado era para que cada comandante se saísse bem, pois eles tinham o interesse de receber o titulo de “princeps inventutis, pg 169-6”. Caio e Lúcio foram os primeiros a receberem esse título, eles eram netos de Augusto, “nascidos de sua filha Júlia com Agripa. Pg 169-5”.
Augusto criou varias inovações em Roma, como por exemplo, a guarda pretoriana, que tinha como obrigação proteger o Imperador, essa guarda contava com bombeiros, que eram cidadãos e bárbaros que guardavam o palácio, esses bárbaros na verdade eram serviçais. Um segundo exército constituído por provinciais, com regime de cavalaria e infantaria. Ele também criou uma marinha permanente, e tirou do da competência do Senado os assuntos militares, tornando ele o único a ter o controle das forças militares.
Porém nenhumas dessas inovações resolveram os problemas de Augusto, “elas não garantiam o abastecimento de tropas, pg. 171-7”.
Era o único com autoridade de distribuir tropas, determinar tarefas e funções. Para que ele governasse todas as províncias, teve seu cargo de cônsul renovado varias vezes.
Com os impostos o sistema permanecia o mesmo, se pagava somente uma taxa de 5% sobre o valor do escravo e 5% sobre a herança. Isso não era o suficiente para cobrir os gastos gerados por um grande exército permanente, e para sustentar as tropas, os chefes de exército mantinham o saque das províncias que eram cenários de guerra.
Além disso, Roma tinha outros investimentos que geravam gastos, como eventos, espetáculos, teatros e a distribuição de pão aos cidadãos pobres de Roma, mas ao mesmo tempo Augusto não podia criar um novo imposto ou aumentar os que já existiam, com todo o sofrimento causado pelas guerras tal ação iria causar revolta e descontentamento. Então começou um censo geral das províncias e a coleta dos funcionários do Estado, isso a fim de solucionar os problemas financeiros, mais infelizmente o retorno era demorado e a necessidade de dinheiro era algo urgente.
Mesmo com todo o problema financeiro de Roma, Augusto contava com uma enorme fortuna, “os limites entre a propriedade particular e a pública não foram observadas cuidadosamente, pg. 173-8”, e suas riquezas cresceram mesmo depois de estabelecida a paz, além disso, muitos homens ricos por admiração faziam grandes doações para Augusto. Sabe-se também que essa riqueza cresceu ainda mais após a morte de Cleópatra, pois o Egito passou a se torna propriedade privada de Augusto, ela havia sido entregue ao mesmo pelo fato de suas tropas estarem ali quando Cleópatra morreu.
“A posse dessa imensa fortuna proporcionou a Augusto um meio de se fazer indispensável ao Estado,
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