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História da fundação de Campo Grande

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Por:   •  11/9/2014  •  Trabalho acadêmico  •  1.661 Palavras (7 Páginas)  •  250 Visualizações

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TRABALHO

DE

HISTORIA

ALUNO:EUDISON JUNIOR PROF:VANIA LUCIA

6º B

História da fundação de Campo Grande

Epaminondas Alves Pereira (1904-1988), bisneto de José Antônio Pereira, nasceu aos 22 de dezembro, em Campo Grande. Ficou órfão de pai aos 3 anos de idade, sendo criado a partir de então, como verdadeiro filho, por seus avós maternos Antônio Luiz Pereira (filho de José Antônio Pereira) e Anna Luiza de Souza (filha de Manoel Vieira de Souza), até aos 16 anos.

13-12-1926

Comenta-se, entre seus familiares, que Epaminondas, alguns primos, e tios, costumavam ouvir atentamente os relatos de Antônio Luiz sobre suas viagens, desde a primeira, entre Minas Gerais e o Campo Grande, em companhia do Fundador. Também os da vovó Anna Luiza, sobre a viagem de sua família, desde Prata (MG), tendo à frente "Manoel Olivério", seu pai.

1986

Toda cidade tem sua história ligada a um princípio, um porto ou uma estação de estrada de ferro. Com Campo Grande foi diferente; nasceu em pleno sertão, por iniciativa do espírito arrojado e do pioneirismo de José Antônio Pereira, que teve a coragem de desbravar esta rica terra sul-mato-grossense.

Natural de Minas Gerais, residente na cidade mineira de Monte Alegre, empreendeu sua primeira viagem rumo ao sul da então Província de Mato Grosso, à procura de campos para criar e matas para lavouras.

Tendo notícia da Vacaria com suas vastas campinas, formou uma comitiva composta por cinco pessoas, dentre estas, seu filho Antônio Luiz, dois escravos (os irmãos João e Manoel) e Luiz Pinto, prático em viagens pelo sertão, residente em Uberaba.

Em 4 de março do ano de 1872 a pequena caravana partiu de Minas rumo a estas paragens, trilhando os caminhos deixados pelos nossos soldados que combateram os invasores do território brasileiro na Guerra do Paraguai.

A comitiva, após três meses de caminhada, chega a 21 de junho à confluência de dois córregos, mais tarde denominados "Prosa" e "Segredo". José Antônio Pereira com seus quase cinqüenta anos de idade, alquebrado pela longa viagem mas satisfeito com o panorama que a seus olhos se descortinava, deu por finda a excursão.

Enquanto descansam constroem um rancho coberto de folhas de buriti, e em seguida, derrubam pequena mata que existia entre os dois córregos. Numa área, de aproximadamente um quarto de alqueire, procedeu-se o preparo da terra e o plantio de milho e arroz, cuja lavoura, devido à fertilidade exuberante do solo, correspondeu plenamente à experiência otimista de José Antônio e seus companheiros de jornada.

Atravessavam já o mês de novembro e a plantação era promissora; o desbravador não se enganara quanto à excelente qualidade da terra. Os viajores e seus animais, já refeitos fisicamente da longa caminhada e da labuta na formação da roça vicejante, sob as ordens de José Antônio, resolvem regressar à terra natal, em busca de suas famílias.

A pequena propriedade não podia ser deixada ao abandono. De volta a Minas Gerais José Antônio passa por Camapuã, em cujos arredores moravam poucas pessoas remanescentes da Fazenda do mesmo nome, entre elas o poconeano João Nepomuceno, com quem José Antônio entra em entendimento para vir cuidá-la, até o seu regresso de Minas.

Em meados de 1875 chega por aqui Manoel Vieira de Souza (Manoel Olivério), mineiro que também fora atraído pelas notícias dos campos da Vacaria. Manoel Olivério, com dois carros de bois, vinha em companhia de seus filhos, de sua mãe e de seus irmãos Cândido Vieira de Souza e Joaquim Vieira de Souza, alguns empregados, um dos quais Joaquim Dias Moreira (Joaquim Bagage). Este encontro proporcionou a Nepomuceno oferecer a Manoel Olivério a pequena propriedade que zelara até então, constituída de um rancho e a colheita da última safra, alegando que José Antônio não havia aparecido, e decorridos quase três anos, talvez não mais voltasse. Dispunha-se a vendê-la pela quantia de trinta mil réis. Acertaram o negócio na condição de que se o dono aparecesse, Manoel Olivério a entregaria, mediante o ressarcimento da importância citada, que na época representava muito dinheiro.

Enquanto seus irmãos seguem para a Vacaria, Manoel Olivério, que era viúvo, fica em companhia da velha mãe, dos filhos José, Francisco, Maria Helena, Anna Luiza e Helena, de um casal de escravos e ainda de Joaquim Bagage. Para sua surpresa, em 14 de agosto do mesmo ano, chega José Antônio à frente de numerosa caravana composta de onze carros mineiros, carregados de víveres, mudas e sementes de árvores frutíferas, um lote de gado de cria, etc., fazendo-se acompanhar de sua esposa Maria Carolina de Oliveira e de seus filhos Antônio Luiz, Joaquim Antônio, Francisca, Perciliana, Ana Constança, Rita e Maria Nazareth, do genro Manoel Gonçalves, de alguns sobrinhos e mais escravos amigos, formando um total de 62 pessoas.

Desenho de PERCY LAU*

Manoel Vieira de Souza, até então desconhecido, pois era de Prata, outra cidade mineira, recebe-o amistosamente expondo as condições de seu negócio com João Nepomuceno e prontifica-se entregar a propriedade a seu legítimo dono. José Antônio, idealista e cordato, dá por bem feita a transação convidando-o para trabalharem de comum acordo. Assume, desta forma, o comando do pequeno povoado nascente e providencia a construção de oito ou mais ranchos às margens do córrego que atualmente chamamos de Prosa. Os ranchos faziam frente para a atual rua 26 de Agosto.

José Antônio Pereira, traçando os limites do povoado, denominou-o ARRAIAL DE SANTO ANTÔNIO DO CAMPO GRANDE, em homenagem ao Santo de sua devoção.

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