Industrialização e urbanização
Abstract: Industrialização e urbanização. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: hyagoernane • 12/3/2014 • Abstract • 1.309 Palavras (6 Páginas) • 401 Visualizações
INDUSTRIALIZAÇÃO E URBANIZAÇÃO
A urbanização é um processo que remonta à Antiguidade, e que a cidade é um fato desde que determinadas condições históricas, o permitiram há cerca de 5.500 anos atrás na Mesopotâmia.
A expressão indústria traduz, no seu sentido mais amplo, o conjunto de atividades humanas que tem por objeto a produção de mercadorias, através da transformação dos produtos da natureza. Portanto, a própria produção artesanal domestica, a corporativa e a manufatureira representam formas de produção industrial.
O sistema fabril já havia começado a se constituir quando o capital comercial deu inicio à organização da produção manufatureira.
SOBRE O CAPITALISMO INDUSTRIAL
O surgimento do capitalismo industrial se deve em grande parte do desenvolvimento tecnológico. As empresas evoluíram de manufatureiras para mecanizadas. O Capitalismo Industrial é uma fase da história do capitalismo que ocorreu de 1780 a 1870, na qual as classes sociais dividem-se em: trabalhadores assalariados, proprietários de terra arrendada e a burguesia industrial. O capitalismo industrial foi marcado por transformações na economia, na sociedade, na política e cultura. Uma de suas características mais importantes foi a de transformar da natureza, uma quantidade bem maior de produtos aos consumidores, o que multiplicava o lucro dos produtores.
A EMERGÊNCIA DO TRABALHO ASSALARIADO
A sociedade feudal era estática, com base na relação entre senhor e servo. Com o crescimento das cidades retomava-se, de forma acentuada, a divisão do trabalho entre a cidade e o campo. Os servos conquistavam sua liberdade, e a terra – fonte de renda – tornava-se uma mercadoria valiosa para a aristocracia já em decadência com a desestruturação da economia feudal.
O surgimento da manufatura foi a reação a este processo, e muito contribuiu para a emergência do trabalho assalariado. A manufatura cresceu, dominou a cidade e transformou o próprio caráter da produção artesanal urbana. Não era necessário muito capital, porque a produção era feita em um dos cômodos da própria casa, ou seja, a oficina era domestica.
Este processo de decomposição da produção em fases, cabendo a cada artesão a responsabilidade por uma destas etapas, significava a sua perda de controle sobre o preço do produto, direito este que passou ao comerciante, responsável pela venda da mercadoria. Nesta relação, o pagamento recebido pelo artesão já começava a se assemelhar a um salário.
A concorrência torna-se inexorável para a produção artesanal, e a emergência e predominância do trabalho assalariado, um fato consumado.
A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
A revolução Industrial teve inicio no século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização dos sistemas de produção. Enquanto na idade media o artesanato era a forma de produzir mais utilizada, na idade moderna tudo mudou. A burguesia industrial, ávida por maiores lucros, menores custos e produção acelerada, buscou alternativas para melhorar a produção de mercadorias. Também podemos apontar o crescimento populacional, que trouxe maior demanda de produtos e mercadorias. A Revolução Industrial em tese então foi a substituição do trabalho artesanal pelo assalariado e com o uso das maquinas. A revolução não aconteceu porque se descobriu a maquina a vapor, mas a maquina a vapor foi descoberta porque se precisava promover uma revolução nos moldes da produção industrial, de sorte a ampliar as possibilidades de realização do capital.
URBANIZAÇÃO VIA INDUSTRIALIZAÇÃO
Foi grande o impulso tomado pela urbanização a partir do pleno desenvolvimento da industrialização. A partir da intensificação da produção industrial, tornada viável tanto graças ao capital acumulado, como pelo desenvolvimento técnico – cientifico a que se denomina Revolução Industrial, a urbanização tomou ritmos muito acentuados.
O melhor exemplo da urbanização foi, sem duvida, o da Inglaterra, primeiro espaço de desenvolvimento pleno do capitalismo industrial. No começo do século XIX a proporção de pessoas nas cidades de mais de cem mil habitantes era da ordem de 10%, sendo que quarenta anos depois era de 20% - aumento grande se comparado ao crescimento observado no século anterior para a Europa.
AS CIDADES DEPOIS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
A expressão da urbanização via industrialização não deve ser tomada apenas pelo elevado numero de pessoas que passaram a viver em cidades, mas sobretudo porque o desenvolvimento do capitalismo industrial provocou fortes transformações nos moldes da urbanização, no que se refere ao papel desempenhado pelas cidades, e na estrutura interna destas cidades. A industria provoca um impacto sobre o urbano. Poderíamos pensar, a primeira vista, que o desenvolvimento industrial a partir da revolução industrial constituiu-se apenas no reforço do papel produtivo assumido pela cidade com o capitalismo comercial, que permitiu as produções artesanal e manufatureira.
Já se constituíam espaços de concentração de capitais disponíveis acumulados com o mercantilismo, eram o espaço do poder econômico e político (lugar de moradia dos capitalistas e sede dos Estados Modernos), e nelas também se concentrava uma grande reserva de forca de trabalho.
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