Juscelino Kubsthcek História
Por: bsfranco • 3/4/2015 • Monografia • 8.171 Palavras (33 Páginas) • 143 Visualizações
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS
NÚCLEO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
BRUNO DE SOUZA FRANCO
DE DIAMANTINA A BRASÍLIA – A TRAJETÓRIA POLÍTICA DE JK
Monografia apresentada ao Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Veiga de Almeida como parte das exigências do exame de qualificação para obtenção do título de Licenciado em História.
RIO DE JANEIRO
2012
BRUNO DE SOUZA FRANCO
DE DIAMANTINA A BRASÍLIA – A TRAJETÓRIA POLÍTICA DE JK
RIO DE JANEIRO
2012
BRUNO DE SOUZA FRANCO
DE DIAMANTINA A BRASÍLIA – A TRAJETÓRIA POLÍTICA DE JK
Rio de Janeiro, novembro/2012
Banca Examinadora:
Prof. Dr. ________________________Grau: _______.
Professor da Faculdade ___________________________ - Presidente da Banca Examinadora
Prof. Dr. ________________________Grau: _______.
Professor da Faculdade ___________________________ - Membro da Banca Examinadora
Prof. Dr. ________________________Grau: _______.
Professor da Faculdade ___________________________ - Membro da Banca Examinadora
Média Final: _____________________.
DEDICATÓRIA
Dedico primeiramente a Deus que me permitiu chegar a até aqui, aos meus pais, minha esposa e a amiga Lílian por todo o apoio necessário que me deram ao longo desses anos.
AGRADECIMENTOS
A minha querida orientadora, Professora Vera Lúcia, pela ajuda e conselhos sempre úteis e precisos, e a forma com que sabiamente conduziu este trabalho.
"De todos nós, é o nome dele que vai durar mil anos. Juscelino estará na memória das gerações porque sua aventura vital foi extraordinária."
(Afonso Arinos)
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 07
CAPÍTULO I. UM POUCO DA HISTÓRIA DE VIDA DE JUSCELINO 08
1.1 Revolução de 1930 10
CAPÍTULO II. JK ENTRA NA POLÍTICA 14
2.1 A Nomeação de Valadares como Interventor 14
2.2 Estado Novo 15
2.3 O afastamento da Política 16
2.4 A nomeação para a prefeitura de Belo Horizonte 16
2.5 O governo de Minas Gerais 19
CAPÍTULO III. O CAMINHO ATÉ O CATETE 21
3.1 O suicídio do presidente 21
3.2 A indicação para concorrer a sucessão presidencial 21
3.3 As eleições de outubro de 1955 24
3.4 O contragolpe de Lott 25
3.5 A síntese do governo JK 26
CONCLUSÃO 28
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 30
INTRODUÇÃO
Juscelino Kubistchek, ou simplesmente JK, foi um dos mais importantes presidentes brasileiros e um dos mais hábeis políticos. Sua trajetória marcou época e seus atos como principal mandatário da nação, repercutem até hoje, como sendo decisivos na formação do Brasil contemporâneo.
Esta presente monografia tem como objetivo principal tratar especificamente da trajetória política e pessoal de JK, esclarecendo como um menino pobre e “sem berço” conseguiu se tornar Presidente da República. Citando momentos pessoais do importante político brasileiro, detalhando fatos e acontecimentos que determinaram e influenciaram seu caminho desde Diamantina até o ápice de sua carreira, como Presidente da República.
O presente trabalho encontra-se divido em três capítulos e para uma melhor compreensão do conteúdo exposto, usará fontes historiográficas secundárias como metodologia. Ressalta-se que, na medida do possível, optou-se por expor os fatos históricos em ordem cronológica de maneira específica e sucinta, para que haja uma melhor compreensão.
Vamos expor a trajetória desde os fatos que marcaram sua humilde infância em Diamantina, passando pelo início de sua carreira como médico e os motivos que o levaram a enveredar nos caminhos da política. Destaca-se também seu curto mandato como Deputado Federal, onde foi o mais votado de Minas Gerais, sua nomeação como Prefeito da capital mineira e finalmente seu segundo mandato como Deputado Federal e período como Governador de Minas Gerais.
Essa trajetória evidencia as principais realizações que o credenciaram e o colocaram como um dos principais políticos da sua geração, dando assim o aval necessário para a campanha da presidência da República em 1955.
Já á partir do terceiro e último capitulo, daremos ênfase ao principal momento da careira política de Juscelino. O panorama político do período pré-eleitoral, a contestada eleição para a presidência em 1955 e os agentes decisivos que viabilizaram sua posse em 1956.
Trataremos como foi colocado em prática a principal realização de seu governo, a construção de Brasília e o que representou politicamente a mudança da capital do Rio de Janeiro para o Planalto Central.
CAPÍTULO I – Um pouco da história de vida de Juscelino
Em 12 de setembro de 1902, na cidade mineira de Diamantina, nasceu Juscelino Kubitschek de Oliveira, filho da professora Júlia Kubitschek e do caixeiro viajante João César de Oliveira. Seu pai morreu cedo vítima de tuberculose, deixando Juscelino e seus irmãos, ainda pequenos, e sua mãe viúva com apenas 28 anos de idade. JK teve uma infância simples, o que era comum às crianças de sua época; porém apesar das adversidades impostas pela vida, sempre deu muita ênfase aos estudos. De acordo com relatos de amigos, Juscelino se dedicou ao curso primário e se destacava como um menino inteligente, vaidoso e bastante competitivo, do tipo que fazia questão de estar sempre nos primeiros lugares. O próximo passo para completar sua formação escolar era cursar o ginásio, porém não haviam opções de escola em Diamantina Existiam dois cursos oficiais: um em Barbacena e outro em Belo Horizonte, o que acabou levando JK a convencer sua mãe de matriculá-lo no Seminário, que se localizava em Diamantina. Dona Júlia relutou, pois a mensalidade era cara, mas JK foi aceito pelo reitor com a condição de se tornar padre, coisa que ele já tinha deixado claro que não tinha vocação. No seminário onde estudou, passou a vivenciar uma rotina rígida: acordava às cinco da manhã e ia dormir às oito. Era um lugar onde não havia regalias e a vida era triste. JK, que sempre teve o sonho de ser médico, permaneceu no Seminário até os 15 anos. Juscelino fez de tudo um pouco, trabalhou em lojas e armazéns, estudou com empenho, leu livros e textos na biblioteca, estudou inglês e francês. Os anos em que se dedicou aos estudos de forma despretensiosa, foram de extrema importância em sua vida, pois foi quando teve a certeza de sua vocação para médico. Aprimorou a determinação para os estudou adquirida ao longo do tempo que ficou enclausurado no Seminário e sendo essa a característica determinante para seu sucesso pessoal, profissional e mais tarde na carreira política. Dos 17 aos 20 anos, dedicou-se ao sustento e a instrução e por conta de uma medida chamada de “exames de decreto” conseguiu obter o certificado de conclusão dos estudos, para logo depois prestar o concurso para telegrafista. Aprovado em décimo nono lugar, foi nomeado telegrafista auxiliar em abril de 1921 e foi nesse momento que Juscelino se despediu de Diamantina, cidade que a partir de então ele só voltaria como visitante. Mesmo com a aprovação no concurso, sua vida continuava a não lhe dar regalias, onde deixou o porão em que morava para mudar-se para uma pequena pensão em Belo Horizonte.
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