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O Mercantilismo - Excelente

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Por:   •  23/4/2014  •  2.402 Palavras (10 Páginas)  •  749 Visualizações

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É visto no dia-a-dia muitas noticias e discussões sobre a “politica econômica” do governo. Podemos ver comentários nos meios de comunicação sobre tal politica econômica do ministro da Fazenda, do presidente e entre outros. Mas o que seria exatamente essa “politica econômica”?

Podemos começar pensando no seguinte: todo governante procura fortalecer seu país, e torna-lo mais rico e influente diante de outros países. Com esse objetivo, cada governo toma uma série de decisões e iniciativas para estimular a economia. Este pode emprestar dinheiro para a abertura de indústria, pode investir em centros de pesquisa para produzir tecnologia, pode dar incentivos aos exportadores, por exemplo. Essas ações governamentais que não só estimulam, mas também direcionam o desenvolvimento da economia de um país, é o que chamamos política econômica.

Assim aconteceu na época moderna, que foi o berço da economia. Reis que chefiavam suas monarquias e disputava espaço com outros reinos, buscavam incentivar o crescimento de suas economias para alcançar uma posição de destaque e enriquecer o país. Com esse objetivo, estabeleceram uma política econômica que ficou conhecida como mercantilismo.

O mercantilismo surgiu no século XV e durou até século XVIII, com o surgimento dos estados nacionais e a expansão marítima europeia levaram economistas como Thomas Mun (Inglaterra), Jean-Baptiste Colbert (França) e Antônio Serra (Itália) a criar princípios para enriquecimento e fortalecimento do estado.

A origem de tal prática econômica reside no momento em que a Europa passava por grande escassez de metais preciosos, ou seja, ouro e prata. Faltava dinheiro para atender às demandas do comércio. Após o descobrimento das Américas, o principal objetivo de portugueses, espanhóis e europeus no continente no século XVI era descobrir fontes de ouro e prata. Todavia, como aconteceu na América, nem sempre era possível achar fontes diretas de metal precioso para abastecimento dos cofres dos Estados europeus. Então, a saída era acumular ouro e prata através do comércio, que recebeu uma série de características para atender essa necessidade.

Mercantilismo

Mercantilismo foi a teoria e prática econômica da qual defendia o fortalecimento do estado por meio da posse de metais preciosos (Metalismo), do controle governamental da economia, a balança comercial favorável e da expansão comercial, realizada principalmente pelo comércio Marítimo. Este último, contava com as apostas dos grandes Estados Europeus no acúmulo de riquezas através deste comércio e fez com que as grandes navegações impulsionassem as grandes capacidades comerciais, permitindo comprar, vender e negociar produtos em diferentes lugares, o que proporcionava o aumento de escalas na economia.

As praticas mercantilistas não eram as mesmas em todas as monarquias europeias e dependiam das condições particulares de cada reino. Um exemplo seria à Espanha, que no século XVI, criou leis das quais estabeleciam quais classes sociais poderiam usar determinados tipos de tecidos e de adornos e até mesmo a cor da roupa para cada uma delas.

Para a consecução dos objetivos mercantilistas, todos os outros interesses deviam ser deixados a segundo plano: a economia local tinha que se transformar em nacional e o lucro individual desaparecer quando assim conviesse ao fortalecimento do poder nacional. Não tinham a finalidade de desenvolver a manufatura nacional, mas somente acumular o possível de metais nobres.

Alcançar a abundância de moeda era um dos objetivos básicos dos mercantilistas e a força do estado dependia de suas reservas monetárias. Se uma nação não dispunha de minas, tinha de buscar o ouro necessário em suas colônias ou, adquiri-lo por meio do comércio, o que exigia um saldo favorável da balança comercial. As colônias europeias podiam comercializar com suas respectivas metrópoles, das quais vendiam caro e compravam barato das colônias. Dentro desse contexto ocorreu o ciclo do açúcar no Brasil colonial. Uma nação poderosa deveria ser uma população numerosa, ou seja, trabalhadores disponíveis, mercado consumidor garantido e potencias soldados para o Exército. Foi durante o mercantilismo que se iniciou o emprego de sistemas de contabilidade e acompanhamento das contas de receitas e despesas do estado, a criação de uma fiscalização centralizada e a adoção de leis que desestimulassem a importação de bens improdutivos e de grande valor.

O incentivo e desenvolvimento da manufatura eram realizados pelo governo. Havia certeza de lucro, pois o produto manufaturado era mais caro do que as matérias-primas ou gêneros agrícolas. Além de incentivar, o governo devia aplicar uma política protecionista sobre sua economia, favorecendo a exportação e desfavorecendo a importação, sobretudo diante a imposição de tarifas alfandegárias. Eram criados altos impostos e taxas para evitar ao máximo a entrada de produtos vindo do exterior. Isso evitava a saída de capital para outros países, além de estimular a produção, deixando uma boa situação financeira, ou balança comercial favorável, que também era chamada de Colbertismo e recebeu esse nome por causa do principal impulsionador das Ideias mercantilistas na França, o ministro de finanças Jean-Baptiste Colbert. Este permaneceu 22 anos à frente das práticas econômicas em seu país.

Acredita-se que o volume global do comércio mundial é inalterável, porém os mercantilistas viam o sistema econômico como um jogo de soma zero, no qual o lucro das partes implica a perda da outra. Por ter a riqueza de uma nação totalmente ligada à quantidade de colônias de que dispunha para exploração, foi impulsionada muita das guerras europeias do período europeu, dado que as grandes potências da Europa lutavam pelo controle dos mercados disponíveis no mundo. Nas expansões marítimas e comerciais das nações, um país não poderia “invadir” o caminho percorrido com frequência por outro, como na procura pelas Índias Ocidentais. Isso durou somente até o descobrimento da América, quando a Inglaterra decidiu “trilhar” seu próprio caminho, deixando Portugal e Espanha insatisfeitos.

O mercantilismo implantou a autonomia da economia frente à moral e a religião progressivamente. Predominante ao longo de toda a Idade Moderna (XVI à XVIII), época que aproximadamente indica o surgimento da ideia do Estado-nação e a formação econômica social conhecida como Antigo Regime na Europa Ocidental. Marca o fim da crematística, inspirada em Aristóteles e Platão, que recusava a acumulação de riquezas e os empréstimos com juros (vinculados ao pecado da usura). Nessa época, os reis desejavam o máximo de ouro possível. Com isso, as teorias mercantilistas

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