O Sistema De Encomienda

A Encomenda consistia na entrega de um

grupo de indígenas a um colonizador espanhol (encomendeiro) que deveria oferecer-lhes "proteção, educação e evangelização" em troca da mão de obra como forma de tributo. O dever do encomendeiro era instruir os indígenas na fé católica e ensiná-los bons costumes. Os indígenas eram reagrupados pelos encomenderos, em povos chamados "doctrinas", onde deviam trabalhar e receber o ensino da doutrina cristã a cargo geralmente de religiosos pertencentes a ordens regulares.

Deve-se lembrar que naquela época a Igreja Católica proibia qualquer forma de trabalho escravo realizada por não-negros. Eram constantes as denúncias de maus tratos sofridos pelos indígenas por parte dos encomenderos.

A Encomenda pelo menos em teoria, era um arranjo contratual pelo qual os índios eram confinados ao cuidado temporal e numa certa medida espiritual de um espanhol em troca de seu trabalho e parte das mercadoria excedentes, enfraqueceu gradativamente enquanto força econômica na medida em que a coroa conseguiu remover o elemento trabalho. Somente em regiões periféricas, como Paraguai, Tucumán ou Caracas antes do cacau e do açúcar, a encomenda continuou a ser meio de forçar os índios a executar trabalho.

A encomenda foi projetado para atender às necessidades da economia das colônias de mineração. Com o declínio catastrófico na população indígena ea substituição das atividades de mineração pela agricultura, o sistema perdeu a sua eficácia e foi gradualmente substituído pelo sistema de haciendas de latifundiários. A encomienda não foi

oficialmente abolida, até o final do século 18.

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