O Trafico De Escravos No Brasil
Monografias: O Trafico De Escravos No Brasil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: isinhasr • 10/6/2014 • 633 Palavras (3 Páginas) • 278 Visualizações
Escravidão no Brasil é sintoma de algo muito maior: DESIGUALDADE
A escravidão não é algo de agora, o tráfico em si também não, ele já vem de muito tempo. Desde os navios negreiros, onde traficavam os negros para o Brasil em que houve uma migração forçada de Africanos. Durou de meados do século XVI até meados do século XIX. Portugueses, brasileiros, holandeses, ingleses e africanos dominaram um comércio que envolveu a movimentação de mais de 3 000 000 de pessoas. O negro africano era um investimento dispendioso que poucas pessoas podiam ter.
A escravidão do mundo contemporânea é diferente da que existia até o final do século XIX, quando o Estado garantia que comprar, vender e usar gente era uma atividade legal. Mas é tão cruel quanto, roubar do ser humano sua liberdade e dignidade. Pois é mais fácil traficar uma pessoa de outro lugar que não conheça a língua e a cultura, porque ela não tem como fugir, nem pedir ajuda, ou seja, sem passaporte, sem documentos e em outro país ela não tem como fugir, ou se livrar daquilo.
A nova escravidão é mais vantajosa para os empresários que a da época do Brasil-Colônia e do Império, do ponto de vista financeiro e operacional. Antigamente, a propriedade legal era permitida, hoje não. Era muito mais caro comprar e manter um escravo do que hoje. Hoje, o custo é quase zero e paga-se apenas o transporte e, no máximo, a dívida que o sujeito tinha em algum comércio ou hotel. Além do fato de que, se o trabalhador fica doente, é só largá-lo na estrada mais próxima e aliciar outra pessoa. O desemprego é gigantesco no país, e a mão-de-obra, farta.
Segundo estimativas da OIT, “existem no mínimo 20,9 milhões de pessoas vítimas de trabalho forçado a nível mundial, aprisionadas num trabalho abusivo de que não conseguem escapar, vítimas de empregadores, contratantes ou agentes sem escrúpulos”. Entre os mais vulneráveis encontram se as mulheres e as raparigas que realizam trabalho doméstico, os trabalhadores migrantes em situação irregular e os povos indígenas. Além disso, existe um grande número de pessoas vítimas de trabalho forçado imposto pelo Estado ou pelos seus representantes.
Onde quer que se verifiquem, o trabalho forçado e o tráfico impedem o desenvolvimento social e econômico e constituem uma violação dos direitos humanos elementares. O Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo, lançado no início de 2003, reúne 76 medidas de combate à prática, expropria terras em que for encontrado trabalho escravo e transfere para a esfera federal os crimes contra os direitos humanos, limitando assim as influências locais nos processos. Mas infelizmente esses processos são lentos e muitas vezes tropeçam na falta de verbas, pressão da bancada ruralista e na incapacidade do governo federal de liberar recursos para aumentar a fiscalização.
Mesmo com essa fiscalização, multas, prisão dos envolvidos, cortes em linhas de crédito geram consequências, deixando muitas vezes a causa em aberto. Onde trabalhador resgatado não vê opções para a sobrevivência e acaba caindo de novo na armadilha.
“Com terra para plantar não teria ido embora [da minha terra]. Além disso, pessoa bem estudada não precisa sair, arruma emprego. Os outros têm de ir para o machado mesmo” diz um trabalhador resgatado.
O artigo 23 da Declaração
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