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O capitalismo no Вrasil

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Por:   •  26/6/2014  •  Resenha  •  1.812 Palavras (8 Páginas)  •  197 Visualizações

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O CAPITALISMO NO BRASil

A economia brasileira durante a fase da colonização foi organizada de acordo com os interesses portugueses. Como se tratava de uma colônia de exploração caberia ao Brasil torna-se uma economia complementar à economia metropolitana, não fazendo em nenhuma hipótese concorrência com a mesma.

É preciso ressaltar que somente haveria produção colonial se houvesse trabalho compulsório, servil ou escravo. Como o objetivo primeiro da empresa colonial era o lucro, tratava-se de rebaixar ao máximo o custo de reprodução da força de trabalho. Por isso, o tráfico negreiro abriu um setor do comércio colonial altamente rentável e representou poderosa alavanca à acumulação de capitais.

Segundo o autor, éramos um instrumento de acumulação de capital para a burguesia metropolitana, ou seja, escravos trabalhavam para produzir o excedente que tornaria lucro; importávamos produtos da metrópole e exportávamos produtos agrícolas e metais preciosos. Estava formado o monopólio de comércio, a metrópole tinha exclusividade na compra de produtos coloniais a preços baixos e na venda dos produtos metropolitanos, além de fiscalizar as atividades mineradoras, dando origem a tributação.

O texto nos relata que dessa forma nos foi arrancando o nosso próprio movimento da economia colonial, impossibilitando a acumulação autônoma e a burguesia comercial metropolitana apropriou-se e controlou o excedente.

Com o ciclo do capitalismo e com a Revolução Industrial, o monopólio de comércio entra em crise, pois o capitalismo propõe a ampliação de mercados e a formação de uma periferia, produtora em massa de produtos primários de exportação, organizando-se a produção em bases capitalistas, quer dizer, mediante trabalho assalariado. É dessa periferia que deviam fazer parte as economias latino-americanas.

Catani nos mostra agora um cenário contraditório, na metrópole, a libertação do trabalho, o trabalho assalariado; na colônia, a "reinvenção" de formas de relações sociais pré-capitalistas.

O processo de concentração de capital promoveu a monopolização dos principais mercados industriais por empresas cada vez maiores; este processo é comandado pelo capital bancário, mesclado ao grande capital industrial, conformando-se o capital financeiro; com o surgimento de outras potências industriais quebra-se o monopólio industrial inglês; as exportações de capitais se intensificam, bem como a concorrência entre os diversos capitalismos financeiros por áreas de inversão se trava sem quartel; surge o colonialismo monopolista. A extraordinária ativação da exportação de capitais foi crucial para o nascimento das economias exportadoras na América Latina.

A queda do comércio metropolitano e a formação do Estado nacional marcam o início da crise da economia colonial no Brasil e a constituição da economia mercantil-escravista cafeeira nacional.

Encontrando um cenário favorável à sua expansão, o café começa a ser fundamental na pauta de exportações no Brasil ainda na primeira metade do século XIX. A ampliação do mercado consumidor, a facilidade para o escoamento da produção, a existência de terras férteis e de mão – de – obram dentre outros fatores, contribuíram para o rápido alastramento da economia cafeeira, que se transformaria na mais importante atividade econômica da época.

Vale ressaltar que a lavoura cafeeira encontrou uma estrutura produtiva pronta para recebê-la, assentada na existência da escravidão e da produção latifundiária exportadora e escravista, comum no Brasil desde a colonização. A produção cafeeira veio reforçar uma estrutura que já era tradicional, ou seja, revitalizam a escravidão e a produção mercantil, que, no entanto, não é mais colonial, passa-se agora nos quadros de uma economia nacional.

O autor ressalta que o nascimento e sentido da demanda externa do café. Nas três primeiras décadas do século XIX o café deixou de ser produto colonial, uma vez que seu consumo generalizou-se. As condições de realização da produção cafeeira nos mercados externos para a evolução da economia mercantil-escravista cafeeira, através de dois períodos distintos. O período da generalização, ou seja, uma queda dos preços para o que o café integrasse ao consumo das populações importadoras. E o período da pós-generalização, onde se estabelecia um preço com um limite superior para que o café fosse excluído do consumo popular.

São conseqüências da economia cafeeira, a modernização dos portos e do sistema de transportes. A estrada de ferro e a maquinização do beneficiamento não somente reforçam a economia mercantil escravista cafeeira nacional, como ao mesmo tempo, opõem-se a ela, criando condições para a emergência do trabalho assalariado.

Desde 1850, com o fim do tráfico negreiro, a necessidade de mão-de-obra levou os grandes proprietários a recorrem ao trabalho livre. Como esse tipo de mão-de-obra era escasso no Brasil, incentivou-se a imigração, a União e o Estado de São Paulo decidem subsidiar a imigração, imigração esta que era para o café, pagando-se a passagem da Europa para o Brasil, apenas para colonos que se dirigissem a estabelecimentos agrícolas, mas esse sistema não deu certo e a imigração subvencionada com pagamento de salário ao imigrante foi à opção mais acertada e a que vingou o Brasil.

A industrialização na América Latina é baseada na ausência das bases materiais de produção de bens de capital e outros meios de produção. Torna-se retardatária por iniciar quando a economia mundial capitalista já está constituída.

No Brasil, a economia cafeeira assentada em relações capitalistas de produção conseguiu gerar uma massa de capital monetário, concentrada nas mãos de determinada classe social, passível de transformar em capital produtivo industrial, transformar a própria força de trabalho em mercadoria e promover a criação de um mercado interno de proporções consideráveis.

Apenas um tipo de indústria foi capaz de surgir, a grande indústria produtora de bens de consumo assalariado, principalmente a indústria têxtil, por exigir uma tecnologia relativamente simples, mais estabilizada, de fácil manejo, contida nos equipamentos disponíveis no mercado internacional e volume de investimento inicial acessível à economia brasileira.

Portanto, o desenvolvimento capitalista baseado na expansão cafeeira provoca o nascimento e um certo desenvolvimento da indústria, mas, impõe limites ao desenvolvimento da indústria pela própria posição dominante da economia cafeeira na acumulação de capital.

Após a crise da economia mercantil-escravista cafeeira nacional, eram bem poucas as chances da implantação

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