O movimento de democratização em vários países da América Latina e do Brasil
Artigo: O movimento de democratização em vários países da América Latina e do Brasil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: joaorcmonteiro • 25/5/2013 • Artigo • 509 Palavras (3 Páginas) • 583 Visualizações
A crise da ditadura militar pode ser explicada por diversos fatores. Primeiramente, é cabível citar a crise no dito “milagre econômico” ocorrido nessa época, devido [motivo crise milagre economico]. Outro motivo para o acontecimento da abertura política, foi o surgimento de vários movimentos em prol da redemocratização em diversos países da América Latina, e no Brasil, a exemplo das demais nações, a sociedade começava a se voltar contra a ditadura. Assim, os governantes começaram um lento processo para que o sistema democrático voltasse a ser vigente no Brasil.
Apesar da vontade de eleições diretas para presidente com o movimento das “Diretas Já”, Tancredo Neves é eleito de forma indireta, pois a redemocratização acontece devido a um acordo entre o atual governo da época e a oposição. José Sarney assume a presidência da república, pois o presidente eleito acaba morrendo antes de ter assumido.
O primeiro presidente eleito de forma direta foi Fernando Collor. Este foi responsável por inserir o Brasil dentro de uma lógica neoliberal, dando início a um processo de privatização de empresas estatais, por exemplo. Foi ele também o responsável pelo confisco das poupanças. Isso gera uma grande insatisfação popular, que somada aos escândalos de corrupção dentro do governo, acabam levando ao impeachment do presidente. Quem assume a presidência é Itamar Franco. Fernando Henrique Cardoso assume a presidência, consolidando o Plano Real e continua com o modelo de privatizações. Sua política para o controle da inflação é executada de maneira que freia o consumo e acaba gerando uma crise interna.
Com esse processo de inserção do país dentro do sistema neoliberal, consequentemente o Brasil torna-se parte do mundo globalizado. Dentro desse contexto ocorro um distanciamento do próprio Estado em relação as decisões políticas, pois as grandes empresas passam a influenciar diretamente o governo para que as diretrizes políticas e sociais sejam direcionadas a seus interesses. Outro fator de influência nas tomadas de decisão é a posição dos chamados países centrais em relação a questão a ser definida. São eles que dominam as novas tecnologias e novas técnicas de informação e assim, acabam criando um poder sobre os países mais pobres.
Em seu livro “Por uma outra Globalização”, Milton Santos descreve esse processo como “globalização perversa” pois é evidente a exclusão daqueles que não possuem capital necessário para adquirir as novas tecnologias. Outro motivo para essa denominação é a aparente perda de humanidade, em prol da ideologia do consumismo e da competitividade.
Esse sistema acaba gerando uma discrepância ainda maior entre ricos e pobres, e a falta de solidariedade e excesso de competitividade acabam tornando a sociedade em geral cada vez mais egoísta e individualista.
Em síntese, pode-se concluir que há uma necessidade de reflexão sobre o sistema vigente, para que sejam feitas modificações necessárias para que todos tenham a mesma possibilidade de entrar em um mundo global. É preciso desmistificar as fábulas contadas pelos verdadeiros controladores do processo de globalização, para que se perceba que ainda existe uma grande parcela da população excluída desse movimento, submetida a ideologia das classes dominantes, ou seja, submetida a um novo controle imperialista.
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