O período do Neocolonialismo
Artigo: O período do Neocolonialismo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: joaquimneto • 11/12/2013 • Artigo • 1.382 Palavras (6 Páginas) • 403 Visualizações
O período do Neocolonialismo foi o período entre os séculos XVI e XVII, onde os interesses econômicos europeus estavam direcionados essencialmente para a América, em busca de mercados fornecedores de produtos tropicais além de metais preciosos.
Entre os países europeus que tinham interesses econômicos, Portugal e Espanha assumiram a liderança no colonialismo, orientados pela política econômica mercantilista e sustentada pelo monopólio do pacto colonial. No entanto, a industrialização européia nos séculos XVIII e XIX obrigou as metrópoles a buscarem novos mercados consumidores, diante da produção em grande escala, substituindo o exclusivismo comercial pela política econômica liberal.
A difusão da indústria no período neocolonial, ou seja, início do século XIX, a industrialização que havia se iniciado na Inglaterra começou a expandir-se para outras regiões.
Alguns países iniciaram sua industrialização precocemente com opor exemplo a Bélgica que iniciou sua industrialização proveniente aos investimentos ingleses e à abundância de carvão e ferro na região.
Em contraposição à Bélgica, na França, a estrutura do Antigo Regime dificultava o desenvolvimento industrial. Com a revolução de 1789, a burguesia capitalista assumiu o poder, mas foi a partir de 1830, que a revolução industrial francesa tomou corpo, e se desenvolveu de fato com Napoleão III durante o Segundo Império. Contudo, a ausência de carvão e a perda de ricas jazidas de ferro da Alsácia-Lorena para a Alemanha dificultaram o processo.
O favorecimento para a Alemanha e a Itália se deram pelas condições que possuiam para o desenvolvimento de seu parque industrial somente a partir da unificação política, concretizada em 1870.
Já na América, os Estados Unidos foi o único país que encontrou condições de industrializar-se, graças à descoberta de ouro na Califórnia, à Guerra de Secessão e ao investimento de capitais ingleses. No final do século XIX, a produção industrial norte-americana já superava a Inglaterra e a Alemanha. Além disso, o expansionismo dos Estados Unidos chegou ao Japão, cuja modernização provocada pela Revolução Meiji em 1868, assimilou a tecnologia norte-americana, partindo daí para um programa sistemático de industrialização.
A industrialização inglesa, no século XVIII, provocou o monopólio e grandes invenções tecnológicas que por sua vez provocou a formação de grandes empresas que passaram a monopolizar toda a produção, substituindo o capitalismo concorrencial. A partir de 1860, iniciou-se uma segunda etapa da Revolução Industrial, onde o aço substituiu o ferro como material industrial básico, o vapor deu lugar à eletricidade, e o petróleo passou a ser utilizado como força motriz em lugar do carvão. Pode se destacar também, a introdução de uma maquinaria automática, o crescimento da produção, a extrema divisão do trabalho e uma verdadeira revolução nos meios de transporte e comunicação.
Esse período fez com que, o capitalismo industrial foi sobrepujado pelo capitalismo financeiro, originando a concentração de empresas e enormes complexos industriais. Com isso, surgiram grandes conglomerados econômicos, como os trustes, cartéis e holdings.
O alto crescimento da indústria gerou um grande excedente de produção, que entrou em choque com o desemprego provocado pela larga utilização de máquinas no processo industrial. As grandes potências, visando manter o ritmo de desenvolvimento, necessitavam de mercados, situação em que surgiu uma expansão imperialista que atingiu principalmente a África e a Ásia, que se tornaram palco de disputas e rivalidades na divisão do mercado mundial.
A corrida colonialista tinha por razão basilar a colonização da economia. A continente europeu tinha vários países passando pela Revolução Industrial, que necessitavam de matérias-primas essenciais para a industrialização, matérias primas como, carvão, ferro petróleo, produtos alimentícios, normalmente carentes na Europa; mercados consumidores para os excedentes industriais; e locais para o investimento de capitais disponíveis na Europa, principalmente na construção de estradas de ferro e exploração de minas. Em termos sociais, a colonização era uma válvula de escape para a pressão demográfica. No plano político, o motivo essencial era a preocupação dos Estados europeus em aumentar seus contingentes militares.
Em 1830 com o processo de partilha colonial a França deu o primeiro passo na conquista da África. Onde seus exércitos iniciaram a conquista da Argélia, processo que somente foi completado em 1857. Personagem importante, Leopoldo II, da Bélgica, deu novo impulso ao colonialismo, em 1876, reunindo, em Bruxelas, um congresso de presidentes com o objetivo de, segundo ele, difundir a civilização ocidental.
Categoricamente países europeus se lançaram rapidamente à aventura africana. A França conquistou a Argélia, Tunísia, África Equatorial, Costa da Somália, Madagascar; os ingleses anexaram a Rodésia, União Sul Africana, Nigéria, Costa do Ouro, e Serra Leoa; a Alemanha, que entrou tardiamente na corrida colonial, adquiriu apenas Camerum, África Sudoeste e África Oriental; a Itália anexou o litoral da Líbia, Eritréia e Somália.
Os países que antigamente eram colonizadores da Europa, Portugal e Espanha, ficaram com porções reduzidas: a Espanha, com o Marrocos Espanhol, Rio do Ouro e Guiné Espanhola; Portugal, com Moçambique, Angola e Guiné Portuguesa.
A conferencia que foi convocada por Bismarck, primeiro-ministro da Alemanha, conhecida como Conferência de Berlim, foi o marco mais importante na corrida colonialista. O primeiro passo foi legalizar a propriedade pessoal do rei Leopoldo II, sobre o Estado Livre do Congo e estabelecer
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