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PORTFÓLIO – PATRIMÔNIO CULTURAL

Por:   •  24/4/2017  •  Projeto de pesquisa  •  1.606 Palavras (7 Páginas)  •  268 Visualizações

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PORTFÓLIO – PATRIMÔNIO CULTURAL

A) Nome, localização ou local de ocorrência do bem considerado Patrimônio Cultural?

A Capela de São Miguel Arcanjo Localizada na Praça Padre Aleixo Monteiro Mafra (Praça do Forró), no distrito de São Miguel Paulista na cidade de São Paulo.

B) Histórico do bem.

Na gênese histórica das cidades brasileiras inclui-se modalidade da transformação de aldeamentos de índios em povoado de brancos colonizadores, o que é comum e resultou na formação de municípios e distritos de São Paulo. Uma forte evidência desse tipo de povoamento é a quantidade de aldeias que surgiram no século XVI nas terras ribeirinhas e mais precisamente ao longo do Rio Tietê. Esses povoamentos transformaram-se nos municípios de Itaquaquecetuba, Guarulhos e o distrito de São Miguel Paulista. O plano de colonização é anterior a própria existência vila de São Paulo, trazido para as novas terras pelo primeiro Governador Geral do Brasil. Para compreender a história do local, é necessário retornar aos primeiros anos da cidade. Devido à sua posição estratégica, a aldeia destacou-se como um posto avançado na área de vigilância da vila de São Paulo contra os ataques de nativos inimigos da fé católica. Para alguns historiadores da época, a data em questão é ainda mais remota. Em 1560, índios Guaianases entraram em conflito com os colonos da Vila de São Paulo de Piratininga. Comandados por Piquerobi, aliados dos padres jesuítas, caminharam toda a extensão do planalto. O padre Manuel da Nóbrega, da Companhia de Jesus delegou o padre José de Anchieta que os procurasse para retomar o processo de evangelização dos índios. O percurso era extremamente difícil, principalmente por ser tratar do entorno do Rio Tietê. Ao chegar ao local, as terras de Uraraí, o padre reencontrou o grupo e tratou de formar a nova aldeia como São Miguel de Uraraí. Neste local foi erguida a pequena capela de bambu e sapé que deu, posteriormente, a origem ao bairro. Construída em 1580, a Capela de São Miguel tinha como principais materiais o bambu e o sapé. A capela foi reconstruída no dia 16 de julho de 1662, data inscrita na vêrga da porta principal. Sua construção, no entanto, é atribuída de forma incerta, ao Padre João Álvares ora ao bandeirante Fernão Munhoz, podendo-se atribuir a ambos a ação reconstrutora. O primeiro viveu e possuía terras região de Boigi Mirim, conhecido como Mogi das Cruzes, e, mais tarde, também foi responsável pela construção da Capela de Nossa Senhora da Ajuda, Itaquaquecetuba. A segunda autoria é atribuída ao bandeirante de origem espanhola, pois consta no testamento datado em 1675.

C). É considerado Patrimônio Cultural Material ou Imaterial?

A capela é considerada patrimônio material da cidade de são Paulo.

D). Há proteção legal (tombamento ou outra legislação)? Quais?

A Capela de São Miguel Arcanjo foi um dos primeiros bens de patrimônio tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1938. Em 1974 a Capela foi tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico pelo processo nº00368/73. Por último, foi tombado pelo Conpresp - Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo - em 1991, conforme a resolução nº05/1991. O patrimônio foi considerado como o marco remanescente e prova de testemunho da antiguidade da ocupação da região do século XVI. O tombamento tem por finalidade proteger a área urbana e o perímetro da Capela.

E) Esse Patrimônio está em risco de ser destruído ou esquecido? Comente.

A capela de são Miguel Arcanjo passou por uma restauração no ano 2009, e está em ótimo estado de conservação. Pelo local privilegiado no bairro é impossível você ficar mais de uma semana sem ver a capela, então pela sua importância e presença diária nas nossas vidas fica muito difícil dela ser esquecida ou ignorada com o tempo.

F). Existem movimentos culturais, artísticos, históricos ou turísticos envolvidos com esse bem? De que forma isso acontece?

A Capela é cercada por uma extensa grade de proteção e possui uma agenda de visitação rígida. As visitas agendadas funcionam de quinta e sextas das 10h às 12h e das 13 às 16h. Visitas espontâneas de sábado das 10h às 12h e das 13h às 16h. A Capela está fechada segunda, terça, quarta e domingos. De sábado são realizadas às 19h e a entrada é gratuita. Além disso há a possibilidade de celebrar casamentos na Capela, porém é preciso agendar uma data com seis meses de antecedência.

G). Existem referências sobre esse bem (site, livros, revistas)? Quais?

Sim, existem muitas referências como as relacionadas abaixo:

http://www.cidadedesaopaulo.com/sp/br/o-que-visitar/atrativos/pontos-turisticos/181-capela-de-sao-miguel-arcanjo<Acesso em 24/04/2017>

http://patrimoniohistorico.prefeitura.sp.gov.br/conheca-a-capela-de-sao-miguel-arcanjo/

< Acesso em 24/04/2017>

http://capeladesaomiguelarcanjo.blogspot.com.br/< Acesso em 24/04/2017>

H). Em sua opinião, por que devemos conhecer e proteger esse bem?

Essa Capela é a igreja mais antiga de são Paulo. Nos remete a uma época (1600) que nós nem imaginaríamos como era a arquitetura se a mesma não existisse ali. Na realidade o Bairro onde eu cresci, São Miguel Paulista cresceu em torno da capela, ou seja, sem ela esse distrito nem existiria.

I). Se você fosse professor hoje, como você acredita que pudesse levar esse Patrimônio ao conhecimento dos alunos?

Um desejo muito grande que eu tive quando criança, foi o de conhecer a capela pessoalmente. Olhar cada objeto, cada batente de porta, cada milimetro daquela igreja que parecia de outro mundo, ou que me levava ao mundo de fantasia das novelas e filmes de época, porem nenhum dos meus professores tiveram essa iniciativa, mesmo eu estudando a duas quadras de distância da capela. Primeiramente eu os introduziria no tema da fundação do bairro, e iniciaria os estudos sobre a capela. Logo após uma apresentação teórica da história, eu transformaria essa explicação teórica em realidade com uma visita a capela, e eu reintroduziria os mesmos temas de sala, mas com a presença física do tema estudado, acredito que a história fica

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