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Peter Gay A experiência burguesa da Rainha Vitoria a Freud

Por:   •  27/6/2017  •  Resenha  •  1.547 Palavras (7 Páginas)  •  1.203 Visualizações

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 Inicia-se a introdução chamada “Orientações”, e dentro desse capitulo o primeiro subtema “Um esboço do mapa”, Peter Gay fala do recorte histórico que tratara sua obra, que analisa desde o período de reinado da rainha Vitória até Sigmund Freud, e aborda a questão cultura ocidental nesse período do século XIX – como sofreu sérias mudanças que afetaram profundamente aquela sociedade. O autor ainda aponta que haveria duas fases que seriam marcos – entre as décadas de 1850 e de 1890, nessa época questões ligadas a visão que havia sobre questões sexuais como o autor cita: formas de namoro, temores sobre a masturbação, preceitos sobre castigos corporais entre outros, foram os que sofreram maiores mudança na visão cultural.

Mas segundo o Gay a cultura é algo mais complexo e descontinuo do que a história imaginava, sua complexidade faz com que seja difícil lhe dar definição.

O autor diz que os documentos que tratam da sociedade estadunidense são bem mais são bem mais abertos e é bem mais fácil obter informações, sendo que os Estados Unidos são considerados um grande exemplo de sociedade burguesa, pois sua classe média seria para onde, segundo o autor, a Europa seria arrastada. Ele encontra padrões na sociedade burguesa, onde ao mesmo tempo que diz que ela é múltipla, ela também é una, como os exemplos que ele dá como as demonstrações de afeto, as discussões de enfermidades e angustias, a educação das meninas e o uso de anticoncepcionais.

Peter Gay então esboça o motivo pelo qual quer falar da cultura na questão da investigação da sexualidade burguesa para corrigir concepções da época vitoriana, como seus exemplos de maridos procurarem amantes e prostitutas, enquanto suas mulheres que são tímidas e inocentes se concentram em cuidar das crianças, o que não de todo falso, mas existe muito da visão preconceituosa em relação as mulheres.

O autor explica que a sociedade burguesa enfrentava três adversários: aristocratas que lutavam para não perder seu poder e resistir a extinção, as classes operárias com ideologias militantes, e movimentos vanguardistas, com artes em geral, ao qual a burguesia desprezava por não ter um gosto por essa cultura que não permeava seus ambientes.

No segundo subtema “Dimensões da experiência”, Gay descreve as concepções imprecisas sobre os vitorianos, principalmente sobre sua seriedade e puritanismo, o que é encarado com desdém. O autor então conta um episódio da vida de Sigmund Freud, é tenta fazer paralelos entre a história e a psicanálise, dizendo que a interpretação histórica da experiência precisa ser sensível para as dimensões conscientes e inconscientes do efeito da cultura nas mentes, ou seja, para entender aquele determinado tempo, o historiador precisa entender como era a cultura que influenciavam sua forma de pensar, e através dessa sensibilidade entender a forma de visão do mundo da sociedade estudada.

Para esse auxilio com a psicanálise para a história o autor faz um comentário:

Abrem ao historiador inúmeras oportunidades para apreender as múltiplas dimensões do passado, bem como a participação relativa de cada uma no precipitado resultante, que é a experiência.” (GAY. 1984. p. 22.)

        Ou seja, o historiador com conhecimento da psicanalise abre outras possibilidades de visões históricas, principalmente sobre o tema que está abordado.

        Logo depois temos o primeiro capítulo denominado “Esforços para uma definição”, onde Peter Gay constata que a burguesia do século XIX era formada por anseios e ansiedades, onde muitos fatores se unem para dar aparência de coesão, mas que muitas vezes artificial, como o autor diz: interesses convergentes, pressões políticas, classificações legais, mas esse elos que mantinham a burguesia unida as vezes não eram mais fortes que as tensões que os levavam a destruição.

        No primeiro subtema do capitulo denominado “Dos nomes às coisas” remonta varias denominações que se dava a classe média, principalmente na questão da Alemanha, e como esta ia se modificando com o tempo, e conclui o autor que essa instabilidade no uso da linguagem no século XIX revela também instabilidade na sociedade.

        O autor também aborda a classe média na França, fazendo também o uso de suas denominações, e descrevendo alguns tipos de participantes desta classe, como donas de casa respeitáveis, ao qual segundo o autor temidas por seus maridos, e proprietários rurais sem titulo que por ter tantas características em comum acabava sendo associados a burguesia, e assim para poder conter vários tipos de classe média começou-se na França a se fazer subdivisões, que veria a ser a classe média alta e classe média baixa.

“Em meio a essa atmosfera de incerteza e de um crescente e incontido pluralismo que favorecia choques de interesses políticos e conflitos sociais irreconciliáveis, tornou-se comum, significativamente, rotular elementos importantes das classes médias de modo bastante incentivo, pitoresco e a rigor ilógico” (GAY. 1984. p. 32.)

        Este trecho demonstra como a classe média estava se tornando variada, e com isso muitos tipos de interesses diferentes, por conter diversos tipos de segmentos houve estes conflitos que acabou rotular esta classe.

        No segundo subtema deste capitulo denominado “Simplificações tentadoras”, Peter Gay fala que haveria uma necessidade de viver segundo o que era imposto e que ficava arraigado na mente humana, e que suas primeiras exigências eram que a simplicidade aliviava ansiedade, assim segundo o autor o temperamento liberal ensinou as pessoas a conviverem com incertezas e ambiguidades e a cultura do século XIX ficaram vulneráveis a ideologias simplistas, como fanatismo dogmático e o chauvinismo.

        De acordo com o autor, a burguesia determinava a Revolução Industrial, pelas revoluções políticas na Europa a partir de 1789, onde acontece a ascensão do gosto medíocre e o imperialismo, onde acontece a urbanização a industrialização e a mecanização.

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