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Por Uma Arquiteura

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Por:   •  4/12/2012  •  1.074 Palavras (5 Páginas)  •  389 Visualizações

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Queiroz, professor da UFRN, Natal e Günther, professor da UNB, Brasília, ao organizar e publicar esta obra, nos brindam com uma coletânea bem construída de artigos sobre procedimentos para a pesquisa científica no campo das Relações Ambiente Construído e Comportamento Humano (RACs). De fato, esperava-se há algum tempo um trabalho desta natureza editado por estes pesquisadores cujas sólidas formações em psicologia ambiental e em psicologia social, são bastante reconhecidas.

São doze artigos, com enfoque ambiental e de caráter interdisciplinar, cujos conteúdos apresentam em sua maioria, os meios a partir dos quais a psicologia ambiental pode colaborar com outras áreas de atuação, tais como a arquitetura, o design, a ergonomia, o planejamento urbano etc.

Os artigos, redigidos por especialistas do Norte ao Sul do país, procuram destacar de que forma o homem, suas necessidades, seus níveis de satisfação, sua capacidade cognitiva, seus desejos, suas formas de perceber e de serem percebidos, seus comportamentos e as atividades que desenvolvem devem ser levantadas, analisadas e interpretadas para se conceber ambientes e produtos em quaisquer escalas, voltados à qualidade de vida e ao bem-estar.

Os textos, muito claros e didáticos, podem auxiliar aos iniciantes em pesquisas relacionadas à arquitetura, ao urbanismo e ao design, na compreensão dos limites, das vantagens e do rigor na aplicação de métodos e técnicas como questionários, entrevistas, vestígios e mapeamento comportamental, diário pessoal e outros. Para os pesquisadores experientes a publicação também resgata rotinas de pesquisa muitas vezes esquecidas no cotidiano acadêmico, resgate este feito sob uma abordagem bastante amigável. Estes procedimentos, muito utilizados em pesquisas na sociologia ou na antropologia, são aqui sistematizados para o público brasileiro, fornecendo exemplos e estudos de caso de nossas cidades. São aqui propostos para o tema ambiental, podendo sem dúvida ser considerada uma contribuição importante e uma fonte de referências para as pesquisas sobre Avaliação Pós-Ocupação (APO), as quais são fundamentadas na psicologia ambiental.

Por outro lado, pensando na prática profissional do arquiteto e do urbanista e também do designer, o trabalho pode sugerir métodos de projeto, especialmente para as fases de programa[ação] de necessidades e do briefing quando uma maior compreensão de comportamentos e de atividades num dado ambiente certamente têm um impacto positivo na qualidade final deste ambiente concebido.

O livro ainda discute e esclarece os métodos de pesquisa em percepção ambiental, as avaliações qualitativas e quantitativas e, por último, aborda a utilização dos multi-métodos – tão praticada na APO – e de que maneira, métodos, técnicas e instrumentos descritos nos capítulos anteriores podem ser confrontados entre si, num processo dialéticos e de síntese, na busca da validação dos resultados.

Merece especial menção as diversas e consistentes referências bibliográficas que permeiam os textos, caracterizando-os como fontes de consulta significativas no campo das RACs

Os próprios organizadores dividem os primeiros capítulos em dois blocos, sendo que o primeiro (do segundo ao quinto capítulo) faz parte do conjunto denominado de técnicas “tradicionais” e o segundo (do sexto ao décimo capítulo), de técnicas “mais específicas para o estudo de interação pessoa-ambiente”.

No primeiro bloco, o segundo capítulo trata da metodologia de pesquisa embasada nos experimentos ecológicos planejados e nos naturais, como ferramenta para a compreensão da relação pessoa-ambiente.

No terceiro capítulo, aborda-se a técnica da entrevista na interação pessoa-ambiente, apresentando uma discussão sobre as principais questões a serem consideradas na elaboração de um roteiro de entrevista, de forma objetiva e clara. Tanto neste como no capítulo seguinte, sobre vestígios ambientais e mapas comportamentais, os autores se preocuparam em apresentar ao seu final, exemplos concretos de procedimentos utilizados na formulação de pesquisas adotando as técnicas discutidas nos respectivos capítulos.

O quinto capítulo situa o importante papel do questionário (survey) como instrumento de pesquisa de comportamento, constituído pelo tripé – observação, experimento e survey – e concentra, em poucas páginas complementadas por alguns exemplos, as principais informações necessárias à elaboração de questionários. O autor fornece, ao longo do capítulo, fontes importantes para obtenção de informações adicionais referentes aos itens abordados.

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