Quinhentismo Português
Artigo: Quinhentismo Português. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: gitakemoto • 24/3/2014 • 1.506 Palavras (7 Páginas) • 303 Visualizações
A descoberta do novo caminho para as Índias provocou festas e alegrias na corte portuguesa. Afinal, Vasco da Gama retornou, em 1.499, com um carregamento que pagou em sessenta vezes o custo da expedição. Diante do grande sucesso da expedição, o rei de Portugal, D. Manuel, resolveu enviar às Índias uma poderosa esquadra, a fim de estabelecer uma sólida relação comercial e político com os povos do Oriente. Seis meses depois, a esquadra estava pronta para zarpar e era, sem dúvida, a mais bem aparelhada que Portugal já havia organizado. Compunha-se de 13 navios e conduzia, aproximadamente, 1.500 pessoas. Faziam parte da tripulação experientes navegadores, como Bartolomeu Dias, Nicolau Coelho, Gaspar de Lemos, além de padres, soldados e comerciantes. O comando da esquadra foi entregue ao fidalgo português Pedro Álvares Cabral.
A esquadra partiu de Lisboa no dia 9 de março de 1.500. No dia 22 de abril, ao entardecer, um monte alto e redondo foi avistado e ao sul dele, uma extensa faixa de terras baixas, repleta de arvoredos. Como era semana de Páscoa, o monte recebeu o nome de Monte Pascoal e a terra foi batizada de Vera Cruz. Posteriormente, alteraram-lhe para a Terra de Santa Cruz, que permaneceu por muito tempo. A partir de 1.503, aproximadamente, deu-se à nova terra o nome do Brasil, devido à grande quantidade de uma árvore chamada pau-brasil existente em sua faixa litorânea. No dia 23 de abril, a esquadra de Cabral estabeleceu os primeiros contatos com os indígenas brasileiros, por meio do comandante Nicolau Coelho.
A carta do escrivão Pero Vaz de Caminha, dirigida ao rei de Portugal, é um precioso documento histórico da viagem de Cabral ao Brasil. Seu texto é rico em informações sobre os primeiros contatos com os indígenas, a geografia do lugar onde os navios ancoraram, e as impressões gerais dos portugueses relativas às possibilidades da terra.
Portugal enviou para o Brasil algumas expedições destinadas ao reconhecimento da terra e à manutenção de sua posse.
Período Pré-Colonial
O período Pré-Colonial é do descobrimento do Brasil, em 22/4/1500, até o estabelecimento da primeira colônia, a de São Vicente, após a chegada da expedição comandada por Martim Afonso de Souza, em 1530.
Primeiras explorações
A primeira expedição explora o litoral do atual Rio Grande do Norte, em maio de 1500, sob o comando de Gaspar de Lemos. Desce até o sul, dando nomes aos lugares descobertos: baia de Todos os Santos, cabo de São Tomé, Angra dos Reis, São Vicente. Lemos viela novamente em 1502, trazendo Américo Vespucio, e atinge a baia de Guanabara. Em 1503, é a vez do comerciante Fernando de Noronha, que obteve da Coroa o primeiro contrato de exploração do pau-brasil. Ele chega até a ilha de São João, ou da Quaresma, atual arquipélago de Fernando de Noronha. Em outra expedição que percorre o litoral brasileiro, em 1511, Noronha leva pare Portugal 5 mil toras de pau-brasil, além de indígenas e animais tropicais.
Primeiros imigrantes
Quanto a imigração no Brasil, a historiografia considera que a maior parte dos elementos brancos vindos para o Brasil na época da colonização eram degredados e aventureiros europeus em busca de riquezas e oportunidades. Isso explica o grande número de holandeses, franceses, alemães e italianos que integravam as primeiras expedições. Mas havia também brancos fidalgos que partiam para a colônia por terem fracassado, esperando fazer fortuna.
Um outro grupo era constituído pelos judeus portugueses convertidos ao cristianismo e, por isso, chamados de cristãos novos. Eles imigraram para fugir dos tribunais da inquisição e também para integrar-se ao setor comercial do açúcar.
Brasil colonial
Da expedição de Martim Afonso de Souza, em 1530, até a proclamação da independência por d. Pedro I, em 7/9/1822. Período em que Portugal ocupa a colônia, a vinda da família real ao Brasil, promove seu povoamento e nele instala mecanismos econômicos-administrativos.
Pau-Brasil
Riqueza da exploração imediata devido ao seu fácil acesso e ao mínimo de investimento necessário. O extrativismo do Pau-Brasil permanece como monopólio da Coroa até 1859. A fase mais intensa da exploração vai do período pré-colonial até meados do séc XVI. A extração é feita ao longo do litoral, desde o Rio Grande do Norte até o Rio de janeiro, e a exploração obedece o sistema de arrendamento, através de controles entre o Estado e companhias particulares que pagam um quinto da extinção ao governo português. Posteriormente, passa a ser feita mediante prévia autorização do governo-geral.
O tráfico Negreiro
A presença do negro no Brasil vincula-se ao processo de acumulação capitalista. São trazidos para substituir os indígenas como mão-de-obra escrava. Os primeiros grupos vêm da Guiné na expedição de Martim Afonso. A permissão oficial para o tráfico negreiro é dada por d. João III em 1549, e o comércio efetivo começa em 1550. Sudaneses são levados para a Bahia e bantus espalham-se pelo Maranhão, Pará, Pernambuco, Alagoas, Rio de Janeiro e São Paulo. Até a extinção oficial do tráfico, há 1850, serão trazidos para a colônia 3,5 milhões de negros. A escravidão prolonga-se até 1888.
O ciclo do ouro
O ciclo do ouro é o novo momento de riqueza e prosperidade verificado na virada dos sécs. XVII e XVIII a partir de reservas de ouro descobertas na região das Minas Gerais (MG, GO e MT). Provoca intensa migração, principalmente de São Paulo. Do Nordeste segue a mão-de-obra para exploração das jazidas. O desbravamento leva a formação, de novas vilas Sabará, Mariana, Vila Rica de Ouro Preto, Caeté, São João del Rei, Arraial do Tejuco (atual Diamantina) e Cuiabá. A produção alterna remessas altas e baixa, para a metrópole, chegando a uma relativa estabilidade entre
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