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Relatórios de Leitura! Jack Goody, Guarinello, entre outros

Por:   •  29/8/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.085 Palavras (9 Páginas)  •  227 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO / UFMT

LICENCIATURA EM HISTÓRIA (3o ANO)

IGHD

ANA KARLA RIBEIRO DE MOURA

RELATÓRIO DE LEITURA

Cuiabá

2017

   

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

INSTITUTO DE CIENCIAS HUMANAS E SOCIAIS

História Antiga  I                                                                      1º Semestre

                                                     06/jun/2017

HISTÓRIA ANTIGA

Noberto Luiz Guarinello

No livro “Historia Antiga” de Noberto Luiz Guarinello, traz sérios questionamentos sobre o que é a historia antiga e como ela é aplicada tanto no ensino quanto na área da pesquisa. O autor coloca em seu argumento que a historia não se trata de uma historia universal, mas sim de uma construção de identidade coletiva e uma base para o entendimento da contemporaneidade

Através da memória social é possível repensar o passado para realizar uma melhor explicação e compreensão das relações contemporâneas. Guarinello afirma que a historia feita por historiadores é a principal forma de legitimidade da memória social pois, ela é cientifica, que usa de métodos, busca o passado e interpreta o seu objeto de estudo tendo um conhecimento sobre as ações humanas no passado sempre buscando interpretações.

Porém, as diferentes teorias tendem a ter interpretações distintas, mas o isso não altera o caráter cientifico do conhecimento histórico, é necessário que os ensinamentos históricos sejam  repensados e renovados para que possa ter um avanço na área do conhecimento cientifico.

Com isso, Guarinello aborda o tema de uma “Nova Historia Antiga”, pois ainda persiste nos dias de hoje a visão tradicional e eurocentrista da Historia Antiga, sendo assim limitada e dividida em apenas três partes: Oriente próximo, Grecia e Roma, tendo em vista a notoriedade e autoridade Europeia e Oriental, deixando de lado outros acontecimentos que compõe a historia como, por exemplo, a Historia da África.

Entretanto, com o lado cientifico, foi visto a enorme expansão da historia antiga fazendo assim internacional provocando grandes transformações políticas, sociais e de pensamento.

Grandes eventos foram de suma importância para o processo de reinterpretação da historia antiga alguns acontecimentos propriamente europeus e outros mundiais como a queda do muro de Berlim e a Revolução Russa.

Com a Revolução Russa, surgiu o pensamento Marxista para com a Historia Antiga. Historiadores influenciados por Karl Marx tentaram interpretar o “mundo antigo” com três linhas de pensamento: A importância dos modos de produção, lutas de classe na cidade antiga e  o desenvolvimento econômico na Itália escravista.

Mas, em 1973, Moses Finley veio desconstruir sua visão marxista e modernista com seu argumento que fala que o “Mundo Antigo” é totalmente diferente do capitalismo moderno, pois a produção econômica era agrícola, local e não havia classes sociais nas cidades antigas, mas sim múltiplas relações de dependência entre o explorador e o explorado.

Em suma, o livro abrange varias mudanças e fases da Historia Antiga, sempre reafirmando que a história é a compreensão do futuro em relação ao passado. A Historia Antiga passou a explicar não só a superioridade do Ocidente, mas ampliou seu conhecimento para as diversas áreas sociais atuais, colocando em pauta seus conflitos e nos possibilitando um jeito de adquirir respostas dos conflitos das relações contemporâneas.

O Roubo da História

Jack Goody

Jack Goody retrata a dominação da história pelo o Ocidente sendo que, o passado é estudado e retratado de acordo com os acontecimentos na escala provincial da Europa.

Goody faz uma análise às visões etnocêntricas e criticam as posturas e privilégios eurocentristas na criação de instituições e valores, como a liberdade e a democracia e que devemos ter cautela ao intepretar a história do passado no presente, pois acabam dando vantagens a certas épocas e sempre mantendo uma imagem européia, aonde tudo que não segue a visão eurocentrista se tornava falsa. Jack ressalta que a historiografia teria que ser mais flexível em questões a periodização, onde não tenha uma predominância européia que sempre foi legitimada na História.

O autor discute variáveis maneiras de calcular o tempo nas sociedades com ou sem conhecimento da escrita e de que o conceito de linearidade seria algo criado pela a sociedade oriental.

O texto passa muito bem essa questão sobre a história ter sido algo extritamente ocidental e ignorando completamente o oriente. Quase sempre que um passo a frente da Europa, o ocidente possuía um comercio bem mais avançado, uma cultura mais viva, ricas relações diplomáticas. Enquanto a Europa com suas mazelas comerciais, com base no Ocidente conseguiu superar e ser uma grande potência comercial, sempre procurando manter-se no topo, provando sua superioridade.

Egito no Brasil

Margaret Bakos

No texto, Margaret Bakos aponta os questionamentos sobre o Egito antigo, sobre como uma cultura milenar perdura até os dias atuais, o fascínio em que as pessoas têm sobre os povos egípcios, e aborda sobre a egiptomania e as marcas do Egito no Brasil.

Em meados do século XVIII, a egiptomania virou uma febre na Europa. Todos começaram a ter pra si itens egípcios em suas casas. Com o descobrimento da Pedra da Roseta, só intensificou e proporcionou um grande avanço no conhecimento do Egito antigo.

Já aqui no Brasil, Dom Pedro I foi um grande apreciador dos egípcios e possuía um enorme acervo de peças egípcias valiosas adquiridas em 1824. Seu filho, Dom Pedro II herdou tais peças e fez com que as ligações entre Brasil e Egito se fortalecessem ainda mais.

Com sua busca e fascínio sobre a cultura egípcia, Dom Pedro II fez uma viagem ao Egito e relatou seus dias em um diário repletos de documentos e fotos. Com o crescimento da egiptomania na Europa, Dom Pedro II navegou as terras egípcias com o intuito de mostrar que o Brasil também teria o conhecimento dessa cultura e que seria um país europeu, legitimando o seu poder e afirmando que seria um sábio Imperador conhecedor de varias culturas.

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