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Resenha Sobre o Filme Happy Feet

Por:   •  4/5/2022  •  Resenha  •  951 Palavras (4 Páginas)  •  176 Visualizações

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PFD SOBRE O FILME HAPPY FEET – JUDILMA – ALUNA: NATALIA

Happy Feet (2006), dirigido por George Miller, é uma animação que foi lançada nos Estados Unidos em 2006. A obra conta a história de um jovem pinguim que faz parte da espécie pinguim imperador e canta em preparação para o acasalamento. Neste país, o mais importante é poder cantar. No entanto, Mano, o protagonista do filme, não sabe cantar, mas sapatear. Todos os pinguins, inclusive seu pai, não aceitam o fato de Mano não saber cantar ou seu talento para dançar. Ao mesmo tempo, há escassez de pescado na região, e Mano foi acusado de falta de pescado, apenas porque ele é diferente, acusado de ser um mau presságio. Os anciãos da aldeia diziam que todos são iguais e têm os mesmos hábitos, senão a ordem seria impossível. O pequeno pinguim, mesmo depois de expulso do bando, não desistiu de encontrar a verdade por causa da falta de peixes, e logo descobriu que eram os humanos que causavam toda a escassez. Com sua dança, ele então consegue se comunicar com os humanos que procuram reestabelecer a cadeia alimentar do local.

 A sociedade moderna vive em um mundo influenciado pela ciência e tecnologia, e os avanços nesses campos refletem os saltos humanos na construção do conhecimento. No século XX, o pensamento do homem deixou de estar separado da imagem, estabelecendo assim uma nova relação entre linguagem, pensamento e realidade. As televisões foram instaladas no país em 1950, e o Brasil é o quarto país do mundo a ter televisões. A linguagem audiovisual é predominante em nossa cultura, principalmente porque a televisão cria realidades paralelas e se torna um espelho da sociedade. Os filmes foram inventados em 1895 sem fins educacionais. Após anos de pesquisa, descobriu-se que o filme é uma ferramenta que pode ser utilizada como método de ensino e aprendizagem, utilizando seu contexto, interpretação e significado. Os filmes transformam as relações estabelecidas no passado com as imagens em movimento, oferecendo novas possibilidades de interpretação. O cinema entrou no campo dos meios de comunicações com capacidade de emanar a cultura para a população, mesmo que de forma embrionária e defasada culturalmente. Além do mais o cinema poderia representar uma ferramenta de mudança social, de modernização da sociedade, por meio da técnica e da ciência. Conforme Catelli (2004, p. 6), “a relação entre cinema e educação, no Brasil, ganha intensidade no início do século XX, quando diversos segmentos sociais passam a defender este vínculo [...]”. Os educadores acreditavam que o cinema seria um potencial em termos de motivação e atenção dos alunos.

É claro que os filmes podem desempenhar um papel no processo de ensino, pois as imagens mentais são criadas durante as exibições de filmes. Alguns autores defendem que é inegável que as relações construídas entre o público, entre ele e o filme, entre os fãs e o filme etc., são profundamente educativas. No contexto da formação cultural e educacional, assistir a filmes é tão importante quanto ler literatura filosófica e sociológica. Os filmes são uma fonte de conhecimento e, de certa forma, sugerem a reconstrução da realidade. Quando o filme representa um veículo para a mudança social através da tecnologia e da ciência, torna-se uma proposta educacional óbvia. É importante ressaltar que as novas tecnologias educacionais fazem parte da vida escolar. Considerar a educação como uma prática social e cultural é importante, propõe que as instituições escolares sejam também espaços de circulação e produção artística. Não há como aprender apoiando-se apenas no quadro e no giz, ouvindo a voz do professor e olhando a nuca do colega. Mas, infelizmente, esse sistema educacional ainda prevalece no país. Uma grande parte da sociedade pode ser considerada composta por "analfabetos científicos". Souza (2005) discorre sobre um abismo existente entre a cultura escolar e a cultura midiática. Segundo a autora, a escola se enraíza na tradição do código escrito, e não sabe atuar com o código audiovisual tão presente na cultura atual. “[...], há a noção de superioridade da escrita e inferioridade do audiovisual entre os professores” (SOUZA, 2005, p. 97).

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