Revolução agropastora
Tese: Revolução agropastora. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: dalite • 17/9/2014 • Tese • 967 Palavras (4 Páginas) • 183 Visualizações
A Revolução Agropastoril
Os primeiros agricultores europeus produziam basicamente o trigo das variedades emmer e einkorn, ervilhas, cera e papoula. Os bovinos predominavam, mas cabras e bodes eram igualmente criados. Poucos porcos e animais silvestres apareciam nos restos dessa cultura.
Na Europa central, principalmente sítios tchecos, mostram contatos entre os caçadores mesolíticos e os agricultores neolíticos.
O domínio da agricultura e do apascentamento de animais permitiu um crescimento rápido das comunidades neolíticas. Algumas, estabelecidas em áreas de ricas jazidas de matérias-primas (inicialmente líticas, como o sílex ou a obsidiana), progrediram a partir do comércio de tais produtos. Todo o processo foi acelerado à medida em que ferramentas mais novas aumentavam a produtividade do trabalho.
O aumento das trocas entre as comunidades trouxe a especialização: algumas delas se dedicavam quase que apenas à extração da matéria-prima, enquanto outras ao fabrico de artefatos. Suas economias se complementavam com aquelas comunidades especializadas na produção do sustento dos industriários. Surgiram assentamentos de mineiros, agricultores ou artesãos, que deveriam ser vestidos, alimentados e defendidos por outros membros da comunidade ou por outras comunidades vizinhas.
A hierarquização social também dava seus primeiros passos. Com a diferenciação entre as comunidades, os papéis sociais também tinham valoração distinta no seio das mesmas. Às mulheres e às crianças, cada vez menos aptas a manejar ferramentas maiores e mais pesadas, foram conferidos papéis domésticos, como criar os animais, fiar tecidos e administrar a casa.
A diferenciação das fontes de matérias-primas e de meio-ambiente impunha a regionalização cultural, identificada pelo uso de ferramentas, produção e decoração de cerâmicas ou a utilização de vestimentas diferenciadas. Até o tamanho da comunidade e sua organização social eram moldados pelo meio-ambiente.
A principal divindade deles era feminina e seu culto ligado à capacidade procriativa, simbolizando todas as formas de renascimento da vida, quer humana, animal ou vegetal.
A Vida e a Morte eram meras facetas uma da outra, pois a mesma deusa que velava pela Vida guardava a Morte, possivelmente entendida como o renascimento para uma outro mundo. Estatuetas dessa mesma deusa povoam os túmulos neolíticos.
Os meandros e espirais frequentemente desenhados nos ventres das deusas estavam associados ao mistério da Vida.
Outro tema recorrente na Velha Europa era o da água, fonte de vida. Os zigue-zagues, meandros e divisas militares encontrados na cerâmica simbolizavam esse elemento. A deusa-pássaro estava associada às águas superiores, de onde as chuvas provêm. Deusas-pássaros eram representadas muitas vezes com pescoço longo e corpo ovóide, mesclando os símbolos das águas e da geratriz. Guardando as águas inferiores, eles tinham a deusa-serpente, responsável por liberar os brotos de dentro da terra.
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Os Povos da Cerâmica Impressa Cardinal
As populações que chegaram do norte e noroeste à Grécia por volta de 6.500 a.C. deram origem à fase denominada Pré-Sesklos do Neolítico heládico. Essa sociedade se caracteriza pela quantidade de cerâmica impressa que produzia. A princípio, essa cerâmica era decorada por impressão com barbante ou à unha, depois com o uso de concha de Cardium, o quê deu nome à esta cultura. Eles também faziam estatuetas de argila crua, de formato peróide, sem faces e às vezes decorada por incisão.
O aumento populacional derivado da sedentarização e a excessiva exploração da terra, que atestadamente levou à queda na produção de trigo emmer, agravadas pela chegada de novas comunidades, impôs a necessidade de expansão territorial dessa gente.
Na Grécia Central e Tessália, essa gente é absorvida na Cultura proto-Sesklos,
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