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Revolução em Dagenham

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Por:   •  12/11/2014  •  Tese  •  652 Palavras (3 Páginas)  •  362 Visualizações

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Revolução em Dagenham

Revolução em Dagenham é um filme que se passa na Inglaterra nos finais da década de 60, mas precisamente em 1968, e retrata como era a vida de 187 mulheres maquinistas da Ford. Neste filme fica claro a evolução da mulher ao longo dos anos. Elas trabalhavam de lingerie e não se envergonhavam de exporem suas ideias. O filme começa com uma revolta generalizada quando é imposto que as mesmas fizessem horas extras, já que, elas eram trabalhadoras especializadas e não eram remuneradas como tal. Após isso, começam a lutar pela igualdade salarial com os homens e para isso resolvem parar de trabalhar e instauram uma greve que iria mudar suas vidas.

A Ford, nos anos 60/70 era uma das maiores empregadoras na Inglaterra. Na fábrica trabalhavam tanto homens quanto mulheres. Ambos trabalhavam em condições precárias, principalmente as mulheres. Em uma passagem do filme, tal fato fica claro quando aparece o galpão onde as mulheres trabalhavam, cheio de buracos no teto, obrigado-as a colocarem baldes quando chovia, para as goteiras. O trabalho exercido por elas era desqualificado, sendo considerado uma atividade desvalorizada. Contudo, era um trabalho importantíssimo para a cadeia produtiva. Tal fato mostra como as mulheres ainda eram consideradas inferiores aos homens, e como o preconceito era latente,

As mulheres consideravam seu trabalho tão importante quanto os dos homens, e após diversas tentativas frustradas com a empresa de obterem aumento salarial, resolveram ir as ruas para lutarem pela igualdade de direitos através de manifestações e da greve. O filme mostra a transformação que as mulheres vão sofrendo ao longo do tempo, na medida que vão aumentando sua consciência política. De início tinha-se a mulher que cuidava do marido, dos filhos e na medida que vão tomando conhecimento da sua importância na sociedade e no processo produtivo da fábrica, começam a se organizar politicamente. O papel de dona de casa começa a ser “deixado de lado” e entra em cena uma mulher com poder de mudança. O movimento levantado por elas vai ganhando força ao longo da trama e cada vez mais adeptos.

Contudo, a relação das mulheres com os sindicatos se mostrava bem complicada. Por vezes eles aparentavam apoiar a causa levantada por elas, mas quando havia de fato uma conversa eles não apresentavam firmeza quanto ao seu apoio a greve feminina, desqualificando o movimento. Percebe-se uma clara divisão dentro da organização sindical na medida em que um dos Coordenadores se mostra a favor do movimento, enquanto os demais se mostram contra. Ao perceber que o sindicato não apoiava a sua causa, a personagem principal resolve seguir em frente com suas ideias, enfrentando o sindicato e organizando outras operárias a participarem da greve.

Mesmo com todos os problemas enfrentados, como por exemplo quando a fábrica começa a mandar embora os homens e acaba fechando, o que fez com que muitas famílias ficassem sem dinheiro para pagar suas prestações, tendo que dar em troca até mesmo os móveis de casa, fato que acontece na casa da própria personagem principal. Mesmo com tudo isso as mulheres mantinham-se firmes em seu propósito, ganhando cada vez mais a atenção da imprensa e preocupando os empresários da Ford, que se viam cada vez mais encurralados.

Após

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