Rio Grande - Breve Histórico
Artigo: Rio Grande - Breve Histórico. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: karenarianee • 24/11/2013 • Artigo • 1.007 Palavras (5 Páginas) • 306 Visualizações
População estimada 2013 206.161
População 2010 197.228
Área da unidade territorial (km²) 2.709,522
Densidade demográfica (hab/km²) 72,79
Código do Município 4315602
Histórico
Rio Grande - Breve Histórico
Na arenosa Planície Litorânea, na margem sul do canal que liga a Laguna dos Patos ao Oceano Atlântico, na maior costa retilínea do mundo - de Laguna/Santa Catarina a Maldonado/Uruguai ? está localizada a cidade do Rio Grande.
Nos tempos da expansão marítima européia, capitaneada pelos povos da Península Ibérica, estas paragens, circundadas pelo maior sistema lagunar brasileiro e pelo Oceano Atlântico, varridas pelos ventos, dificultavam a chegada daqueles que queriam conquistá-las.
No início do século XVI, em conseqüência de acordos diplomáticos entre Portugal e Espanha, apadrinhados pela Igreja de Roma, estas terras pertenciam à Espanha (Tratado de Tordesilhas). Mas portugueses, tal como os espanhóis, já as olhavam de longe, do mar.
A barra da Laguna dos Patos, mais tarde chamada de -barra diabólica-por Gomes Freire de Andrada, parecia aos navegantes, que a olhavam das embarcações, a foz de um grande rio.
Os portugueses o chamaram de Rio de São Pedro (expedição de Martim Afonso em 1532). Na cartografia dos espanhóis aparecia como Rio Grande.
Com o tempo, Rio Grande de São Pedro.
E a posse desse território inóspito e estratégico (política e economicamente) foi intensamente almejada e disputada por Espanha e Portugal durante séculos.
Para Portugal, no início do século XVIII, ocupá-lo significava a defesa e o abastecimento da região mineira recém descoberta no interior da Colônia. Defender dos espanhóis que vinham pelo interior e defender dos franceses e holandeses que vinham pelo mar. Abastecer com carnes, couros e mulas de transporte às áreas mineradoras que não produziam alimentos e precisavam escoar a produção aurífera.
Naquele momento os ibéricos já tinham perdido a posição de vanguarda e preponderância no continente europeu. Era, então, dos ingleses a supremacia. E é aos ingleses que Portugal alia-se para manter suas colônias: em troca de favores comerciais dos portugueses, a proteção política e militar da Inglaterra (Tratado de Methuen, 1703).
Rio Grande foi oficialmente fundada em 19 de fevereiro de 1737 pelo Brigadeiro José da Silva Paes, como parte de um plano político amplamente discutido entre as autoridades metropolitanas e coloniais, mas mantido em sigilo para não despertar a atenção dos espanhóis.
A expedição que chegou em Rio Grande zarpara de Lisboa em 25 de março de 1736, incorporara outros elementos no Rio de Janeiro (Silva Paes, inclusive) e fizera escala em Santa Catarina. Dirigira-se à Colônia do Sacramento, ajudando-a em sua luta contra Buenos Aires, tentara conquistar Montevidéu, desistira de Maldonado, deixara -pontos de guarda- no Chuí e em São Miguel e, finalmente, retornando, cumpre a ordem real de levantar um presídio (guarnição militar) que teria, além das funções de defesa da costa e apoio a Sacramento, atribuições fiscais, a cobrando a quinta parte dos couros e gados devidos ao rei.
Chamou-se Jesus-Maria-José este presídio.
Para a ocupação do Canal do Rio Grande, Silva Paes contou com o apoio e a orientação de Cristóvão Pereira de Abreu, homem com grande conhecimento da região, aliado dos índios minuanos no abate do gado chucro, que desfrutava do monopólio dessa caça e da exportação de couros pela Colônia do Sacramento, desde 1702.
Encontravam-se na Ilha de Santa Catarina em julho de 1736 e, enquanto Silva Paes ia por mar até Sacramento, Cristóvão Pereira vinha pela restinga trazendo gente e gado para esperar no Canal à volta dos navegantes. Silva Paes fundeia ao largo e, de bote, chega à praia, recebendo o abraço acolhedor de Cristóvão Pereira.
Ao Presídio de São Pedro
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