Romantismo No Brasil
Ensaios: Romantismo No Brasil. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: trigueiroess1 • 10/3/2014 • 1.626 Palavras (7 Páginas) • 619 Visualizações
Introdução
Esta pesquisa tem por objetivo analisar a o romantismo no Brasil e seus principais escritores, bem como suas características, imagens e obras.
O ROMANTISMO NO BRASIL SUA FASE INICIAL
Em terra brasileira o romantismo se desenvolve diante do grande conflito que busca o aprimoramento para a formação da identidade do país com o surgimento das diferentes culturas locais e com influências europeias. De acordo com Afrânio Coutinho, o romantismo brasileiro se inicia diante de grandes divergências nas idealizações e produções literárias, mas foi possível integrar com unidade em torno de um mesmo objetivo, expandir com uma literatura brasileira, com inovações românticas.
Escritores do Romantismo brasileiro (influência individual e coletiva)
O Romantismo brasileiro é algo sui generis devido à fusão que realizou a partir do momento pessoal e ao momento coletivo. Vale dizer que, o individualismo existente entre os escritores dá lugar ao coletivo e culmina com uma estética romântica melhor definida e engajada.
Gêneros envolvidos no Romantismo brasileiro
Desenvolvem-se nesse período a poesia lírica, o romance, o jornalismo, a eloqüência, o ensaio e a crítica, que abordavam o literário e o artístico, não esquecendo do político e do social. Todas as inovações estavam voltadas para as questões do aprimoramento do movimento literário, o improviso, a inspiração e a espontaneidade, advindas de transformações que já anunciavam a liberdade de expressão e política. Segundo Afrânio Coutinho, o Romantismo na Europa será um sistema inovador na literatura, chegando ao Brasil com algumas diferenças, pois o Romantismo europeu sofreu ingerências diretas da Revolução Industrial e Francesa, enquanto que no Brasil as raízes românticas só começam a se desenvolver com a independência do Brasil, fato que ocorreu por voltas do século XIX, com conflitos antecedentes que começaram na Europa com a invasão de Napoleão Bonaparte em Portugal. Dessa maneira a Coroa Portuguesa (D. João VI) e boa parte de seus aliados instalam-se no Brasil, no Rio de Janeiro, no ano de 1808. O Brasil que ainda era Colônia de Portugal, posteriormente com sua independência, inicia um novo período de organização social, econômica e cultural (literário). Nosso Romantismo então começa a ganhar traços, fruto do pensar e agir das pessoas, permitindo que os brasileiros começassem aos poucos uma nova leitura da realidade e refletir sobre novas ideologias. Logo, o Romantismo proporcionou a valorização dos elementos locais, análise e interpretação da realidade brasileira, abrindo caminho para uma das mais importantes características da literatura brasileira: o regionalismo.
O Romantismo brasileiro conquista seu lugar
Com um olhar um pouco mais amplo, Alfredo Bosi afirma que “incialmente o Brasil de hoje era considerado apenas colônia de Portugal, portanto objeto de uma cultura, já desenvolvida. E diante das primeiras ações tudo que se pretendia era o carrear de bens materiais para fora da Colônia, ou seja, uma verdadeira exploração das riquezas para o mercado externo (Portugal) principalmente, incluindo produtos do tipo vegetal e mineral. E a conquista para sair deste espaço do não ser objeto explorado, para ser sujeito de sua história, exigiu muitas lutas, sendo um processo lento, pois dependia do aprimoramento cultural de seu povo. Mas todo esse processo ganhou força graças ao entusiasmo de D. Pedro II, que contribuiu muito para a consolidação da cultura nacional brasileira, implantando instituições de ensino que culminaram com a ampliação do público leitor e aumento da publicação de obras que se tornaram o início do referencial historiográfico e literário brasileiro.
O ROMANTISMO E SUAS GERAÇÕES NO BRASIL
Primeira Geração Romântica (Indianista ou Nacionalista)
Segundo Coutinho (2001, p. 157-158), posteriormente à fase inicial, considerada como pré-romantismo, período que ainda não tinha uma definição apropriada para as obras literárias no território brasileiro (1808-1836). Posteriormente ao Brasil Colônia, inicia-se a Primeira Geração do Romantismo brasileiro, destacando-se nesse período Gonçalves de Magalhães, sendo o responsável pela criação de uma literatura nacional ainda não existente, uma vez que até aquele momento o que prevaleciam até aquele momento eram as correntes portuguesas, ou seja, a literatura brasileira ainda não tinha méritos de uma visão própria. Assim, o Visconde de Araguaia, Domingues José Gonçalves de Magalhães foi nosso primeiro homem de letras. Simbolicamente lançou, na França a revista “a Niterói – Revista Brasiliense” e lança no mesmo ano um livro de poesias românticas intitulado “Suspiros poéticos e saudades” (1836).
Gonçalves Dias, o poeta brasileiro mais original do século XIX. Um conhecedor da realidade brasileira, isso lhe proporcionou uma produção de obras que não se comparavam aos estilos anteriores porque se aproximavam muito da realidade local. Antônio Gonçalves Dias (1823) tinha uma visão originalmente brasileira. O índio teve seus privilégios de estar sempre presente em suas publicações, mesmo porque o índio de Gonçalves, figura real brasileira, não era fruto de idealização. Tratava o índio como substância poética e não como acessório, para o enriquecimento do estilo poético. Suas obras apresentavam estilo inovador, inspiradas na vida cotidiana da pátria Brasil. Se destacou com diferentes obras, dentre elas: “Canção do Exílio e I Juca Pirama”.
Segunda Geração Romântica (Byroniana ou do Mal –do- Século)
De acordo com Bosi (2003, p. 109-110), a “segunda geração romântica” se desenvolve como uma ideologia de extremo subjetivismo, sofrendo fortes influências de Lord Byron e Musset. Toda a produção poética se volta para os pensamentos emotivos os quais touxeram sérias consequências para a vida pessoal dos poetas (alguns poetas ainda adolescentes, mortos antes de tocarem a plena juventude, darão exemplo de toda uma temática marcada pelo sentimento do amor e pela morte, dúvidas e ironia, entusiasmo e tédio (“spleen de Musset). Conforme Coutinho (2002, p.139), essa geração de poetas passa a ser conhecida como “mal do século”, justamente por sua poesia pessimista e decadente, pela influência da tristeza, pelo delírio desenfreado, sem visão da vida
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