Sociologia, socialismo e marxismo
Seminário: Sociologia, socialismo e marxismo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Remo2 • 20/5/2014 • Seminário • 557 Palavras (3 Páginas) • 318 Visualizações
A sociologia, o socialismo e o marxismo.
A teoria marxista teve ampla aceitação teórica e metodológica, assim como política e revolucionaria. Já
em 1864, em Londres, Karl Marx e Friedrich Engles – companheiro em grande parte de suas obras – estruturaram a Primeira Associação Internacional de Operários, ou Primeira Internacional, promovendo a organização e a defesa dos operários em nível internacional. Extinguida em 1873, a difusão das idéias e das propostas marxistas ficou por canta dos sindicatos existentes em diversos países e nos partidos, especialmente os social-democratas.
A Segunda Internacional surgiu na época do centenário da Revolução Francesa (1889), quando diversos congressos socialistas tiveram lugar nas principais capitais européias, com várias tendências, nem sempre conciliáveis. A Primeira Guerra Mundial pôs fim à Segunda Internacional, em 1914. Em 1917, uma revolução inspirada nas idéias marxistas, a Revolução Bolchevique, na Rússia, criava no mundo o primeiro Estado operário. Em 1919, inaugurava-se a Terceira Internacional ou Comintern, que, como a primeira, procurava difundir os ideais comunistas e organizar os partidos e a luta dos operários pela tomada do poder. Ela continua atuante até hoje, enfrentando intensa crise provocada pelo fim da União Soviética e pela expansão mundial do neoliberalismo.
A aceitação dos ideais marxistas não se restringia mais apenas à Europa. Difundia-se pelos quatro continentes, à medida que se desenvolvia o capitalismo internacional. À formação do operariado no restante do mundo seguia-se o surgimento de sindicatos e partidos marxistas. Os ideais marxistas se adequavam também perfeitamente à luta pela independência que surgiu nas colônias européias da África e da Ásia, após a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, assim como à luta por soberania e autonomia, existente nos países latino-americanos.
Em 1919, surgiram partidos comunistas na América do Norte, na China e no México. Em 1920, no Uruguai; em 1922, no Brasil e no Chile; e, em 1925, em Cuba. O movimento revolucionário torna-se mais forte à medida que os Estados Unidos e a URSS emergiam como potencias mundiais e passavam a disputar sua influência no mundo. Várias revoluções como a chinesa, a cubana, a vietnamita e a coreana instauraram regimes operários que, apesar das suas diferenças, organizavam um sistema político com algumas características comuns – forte centralização, economia altamente planejada, coletivização dos meios de produção, fiscalismo e uso intenso de propaganda ideológica e do culto ao dirigente.
Intensificava-se, nos anos cinqüenta e sessenta, a oposição entre os dois blocos mundiais – o capitalismo, liderado pelos Estados Unidos, e o socialista, liderado pela URSS. A polarização política e ideológica é transferida para o conjunto do método e da teoria marxista que passam a ser usados, sob o peso da direção do stalinismo na URSS e dos partidos comunistas a ele filiados, como um corpo doutrinário fechado para legitimar a tese do “socialismo em um só país”, preconizada pela liderança soviética, e da gestão burocrática dos estados socialistas. O marxismo deixou de ser um método de análise da realidade social para transformar-se em ideologia, perdendo, assim,
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