Trabalho Sobre: Trabalho E Educação

As tecnologias e informação ao final do século XX tornaram-se informatizadas e ganharam mais áreas de trabalhos. Com isso as áreas especificas da tecnologia tem se renovado constantemente e algumas profissões que antes não disponibilizavam de aparatos tecnológicos viam-se obrigadas a se familiarizarem com essas novas ferramentas de trabalho.

O “bum tecnodigital” que invadiu a vida das pessoas em diversos âmbitos fez-se ainda mais presente na rotina profissional do trabalhador do século XXI. A necessidade de se (re) informar é cada vez mais exigida, e tais informações devem ultrapassar o currículo da formação acadêmica. O dinamismo e competitividade do mercado de trabalho têm levado os trabalhadores a adotarem uma postura de constante reciclagem, para que se destaquem, ascendam ou mesmo se mantenham no mercado.

Uma mudança significativa em alguns setores de produção foi paulatinamente a superação dos modelos taylorista-fordistas que limitava o trabalhador em determinada função e o alienava do restante do processo de produção e por muitas vezes do produto final. Em um novo modelo de origem japonesa, espera-se que o trabalhador conheça o processo por completo e perceba sua importância na produção.

As novas características que o trabalhador deve ter para se manter bem no mercado envolvem não só as habilidades motoras (quando necessárias) e os conhecimentos da formação que teve para desempenhar determinada função, mas sim também envolve cada vez mais suas características psicológicas. Novas características são tão exigidas, pois o trabalhador tem um novo lugar no mercado e nos processos de produção, um papel que ultrapassa o sentido de servidor ou prestador de serviço e sim de colaborador. Em alguns casos tem liberdade de opinião e participação nas decisões mesmo nem sendo sempre diretamente ligado ao setor administrativo.

Obviamente as funções específicas não foram abolidas da rotina de trabalho, mas ganharam um aspecto mais flexível não sendo tão fragmentados como antes. Com isso o trabalhador é incitado a ser mais criativo, curioso, motivado, aberto tendo mais vontade de aprender e buscar soluções.

Inegável também nesta nova realidade do trabalhador é que assim como aumentam as possibilidades, aumentam-se as responsabilidades. O trabalhador é mais cobrado. As metas ficam cada vez mais desumanas. A competitividade para entrar, se manter e ascender no mercado de trabalho é cada vez mais acirrada. A doação a vida profissional sufoca por vês os outros âmbitos da vida. A própria formação escolar e acadêmica perde seu aspecto de despertar o talento humano e foca-se no treinamento para o mercado de trabalho que visando atender as demandas do sistema capitalista. O stress e outros problemas psicológicos abateram cada vez mais a massa trabalhadora desgastando de forma disfarçada sua saúde.

Enfim, é relevante ressaltar que realmente as dinâmicas do trabalho vêm mudando, porém em um sistema que visa o lucro é suspeitável tal mudança. Assim seria ingenuidade de nossa parte acreditar que as novas posições e possibilidades do trabalhador visam o bem estar integral do individuo. Obviamente se o mercado possibilita novas realidades no ambiente de trabalho é porque espera mais lucratividade. Isso fica ainda mais claro quando comparado a formação que o trabalhador tem