Técnicas Retrospecytivas
Tese: Técnicas Retrospecytivas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Wota • 16/4/2014 • Tese • 1.264 Palavras (6 Páginas) • 174 Visualizações
TÉCNICAS RETROSPECTIVAS
Teóricos e história da intervenção
VIOLLET LE DUC (1814-1879)
A INTRODUÇÃO DO MÉTODO DO RESTAURO
- arquiteto francês, um dos primeiros teóricos do restauro.
- tinha gosto pelo Gótico em relação ao classicismo.
- importância dada à dimensão social e econômica da arquitetura.
-intenção de refazer uma obra incompleta, a fim de conferir coerência e lógica ao organismo.
- restaurar o estilo (gótico).
- restaurar um monumento significa dar um valor histórico ao edifício.
“Restaurar um edifício não significa conservá-lo, repará-lo ou refazê-lo, massim repor na totalidade a sua forma antiga, mesmo que nunca tenha sido assim. (…) é necessário situarmo-nos no lugar do arquiteto primitivo e supor o que ele faria se voltasse ao mundo e tivesse diante de si o mesmo problema.” Viollet Le Duc.
- este princípio defendido por Le Duc revelar-se-ia, porém, bastante falível, na medida em que muitos arquitetos facilmente cairiam em excessos na sua procura dos planos teoricamente imaginados.
- restauro estilístico
JOHN RUSKIN (1819- 1900)
O ANTI-RESTAURO
- crítico de arte inglês.
- combate as idéias de Viollet le Duc.
- defesa da arquitetura como elo de ligação ao passado, sendo este o modo de assegurar a identidade de um povo– esta fonte histórica que não poderia ser tocada sob o perigo de ser corrompida;
- monumentos são tidos como parte integrante da Natureza, defendendo que o homem apenas poderia admirar o conjunto sem intervir;
- a sua visão fatalista é equilibrada com a admissão de uma possível intervenção desde que invisível, reconhecendo a necessidade de impedir a degradação dos monumentos à escala internacional e a lançar a noção de “bem europeu”.
- não devemos fazer nada nos edifícios, restauro = destruição.
-restauro romântico
CAMILO BOITO (1835-1914)
O RESTAURO CIENTÍFICO
- arquiteto e engenheiro italiano.
- desenvolvimento do princípio da conservação com base em diversos instrumentos técnicos e modernas tecnologias construtivas - pioneiro do “restauro científico”.
- defesa da perspectiva da anterioridade colhida no monumento e perigo de corrupção da História levantado pela intervenção do restaurador.
- proposta de uma intervenção mínima restauradora, admitindo novas adições apenas como medida extrema de consolidação e exigindo que estas permaneçam por completo diferenciáveis da obra antiga e reconhecidas como acrescentos modernos.
-três tipos de intervenção: o restauro arqueológico (conservação de ruínas), o restauro pictórico (edifícios medievais mantido como aspecto) e o restauro arquitetônico (de obras a partir do renascimento).
- assegura a importância de conservar o aspecto artístico e pictórico da obra (a pátina).
- de fato, as teorias boitianas trouxeram consigo conseqüências positivas, a partir de estudos históricos e artísticos do monumento
LUCA BELTRAMI (1854-1933)
A EVOLUÇÃO DO RESTAURO HISTÓRICO
- arquiteto italiano e historiador da arte.
- reabilitação de monumentos de outras épocas (exceto os medievais);
- contestação da utilização de critérios gerais, reivindicando a individualidade de cada intervenção.
- contraposição da busca de modelos ideais a um rigoroso conhecimento documental, a par de uma análise profunda da obra a intervir;
- subjetividade presente nas suas intervenções, feita com base em más interpretações críticas das fontes consultadas.
- contudo, o restauro histórico representou um importante salto qualitativo, face à reintegração estilística e à procura de um modelo medieval ideal e utópico, prefigurado na individualidade de cada obra a restaurar, exigindo a compilação de documentos para o total conhecimento da história e da vivência dos monumentos.
- restauro histórico
ALOIS RIEGL (1858-1905)
O CULTO MODERNO DOS MONUMENTOS
- Historiador da arte austríaco.
- contribuição para a definição e distinção entre monumento e monumento histórico;
- procura da análise nos monumentos dos seus diferentes valores, considerando duas categorias de valor:- os de“rememoração” ou evocativos (passado) – onde distingue 3 tipos de valor:
1. valor da antiguidade - o qual defende como uma continuidade ordenada (numa visão menos fatalista que Ruskin);
2. valor histórico - que reside na representação de uma fase precisa da criação humana e manifesta-se como valor mais puro, de caráter documental, perdendo significado com o percurso natural do tempo; este valor “será tanto maior quanto menor seja a alteração sofrida no seu estado “encerrado” original”;
3. valor evocativo intencionado - tem “o firme propósito de não permitir que esse monumento se converta jamais em passado, que se mantenha sempre presente e vivo na consciência da posteridade”. Como valor intermédio entre os acima referidos, aspira ao eterno presente e preconiza uma prática interventiva no edifício
- os de “contemporaneidade” (presente);
-restauro moderno
GUSTAVO GIOVANONNI (1873-1947)
A EVOLUÇÃO DO MONUMENTO HISTÓRICO
- arquiteto e historiador da arte italiano.
- divide os monumentos em três grupos:
1. Segundo seu estado de conservação (mortos/vivos)
2. Monumentos segunda
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