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Por: bigfone • 11/3/2014 • 520 Palavras (3 Páginas) • 1.685 Visualizações
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Revista HISTEDBR On-line
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seculares, tendo como professores os jesuítas. Na última fase, surgiram os colégios só para seculares, ou só para jesuítas, onde era dada uma formação séria e sólida para os futuros membros da Companhia. Schmitz (1994, p. 41) Os colégios próprios, só para jesuítas, os colégios para externos e também os seminários para o clero secular foram três iniciativas que surgiram desde cedo, para atender às necessidades da igreja e da Companhia. Quanto às universidades próprias, elas entraram um pouco mais tarde na cogitação de Santo Inácio e da Companhia. (SCHMITZ, 1994, p. 56) Toda ação pedagógica dos jesuítas foi marcada pelas formas dogmáticas de pensamento, contra o pensamento crítico. O ensinamento proposto pelos jesuítas era alheio ao interesse da Colônia, o que mais tarde vai determinar a sua expulsão pelo Marquês de Pombal, Sebastião José de Carvalho, primeiro-ministro de D. José I, rei de Portugal. Havia dois modelos de instrução: um para os indígenas, centrado na leitura, escrita e algumas operações, e outro para os filhos dos colonos, consistindo num ensino mais intelectualizado. O sistema educacional no período colonial no Brasil (1549-1808) era composto desde a sua origem de forma etnicamente plural e com diversas línguas, e neste sentido podemos perceber quem tinha acesso à educação disponível e quais as condições de acesso à educação oferecida. O tom era dado pela Ratio Studiorum:
O plano de instrução era consubstanciado na Ratio Studiorum, cujo ideal era a formação do homem universal, humanista e cristã. A educação se preocupava com o ensino humanista de cultura geral, enciclopédico. [...] Esses eram os alicerces da Pedagogia Tradicional na vertente religiosa [...], é marcada por uma “visão essencialista de homem, isto é, o homem constituído por uma essência universal e imutável”. A essência humana é considerada criação divina e, assim, o homem deve se empenhar para atingir a perfeição, “para fazer por merecer a dádiva da vida sobrenatural. (SAVIANI, 1984, p. 12).
As escolas de jesuítas, especialmente os colégios e seminários em funcionamento em toda a Colônia, preenchiam perfeitamente essas funções, ajudando e assegurando dessa maneira a própria reprodução da sociedade escravocrata.[ ...] Com isso, a Igreja Católica não só assumia a hegemonia na sociedade civil, como penetrava, de certa forma, na própria sociedade política através dessa arma pacífica, que era a educação" (FREITAG, 1986:41). Agindo assim, a Igreja, através das Instituições Escolares que se espalhavam em vários lugares do território, foi marcando seu domínio. Os jesuítas foram decisivos para a subordinação pacífica de massa submissa às relações de produção que eram implantadas. Pensando a educação nesta perspectiva, que é social, econômica e política, podemos identificar as instituições que eram organizadas naquele período para dar instrução. São Paulo era o local de partida das Bandeiras em direção a outras localidades do País, muito embora essas entradas dos bandeirantes em outras localidades não contribuíram para o crescimento econômico nem mesmo de São Paulo, porém foram eles os principais responsáveis "[...] pela exploração e ampliação do território brasileiro a
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seculares, tendo como professores os jesuítas. Na última fase, surgiram os colégios só para seculares, ou só para jesuítas, onde era dada uma formação séria e sólida para os futuros membros da Companhia. Schmitz (1994, p. 41) Os colégios próprios, só para jesuítas, os colégios para externos e também os seminários para o clero secular foram três iniciativas que surgiram desde cedo, para atender às necessidades da igreja e da Companhia. Quanto às universidades próprias, elas entraram um pouco mais tarde na cogitação de Santo Inácio e da Companhia. (SCHMITZ, 1994, p. 56) Toda ação pedagógica dos jesuítas foi marcada pelas formas dogmáticas de pensamento, contra o pensamento crítico. O ensinamento proposto pelos jesuítas era alheio ao interesse da Colônia, o que mais tarde vai determinar a sua expulsão pelo Marquês de Pombal, Sebastião José de Carvalho, primeiro-ministro de D. José I, rei de Portugal. Havia dois modelos de instrução: um para os indígenas, centrado na leitura, escrita e algumas operações, e outro para os filhos dos colonos, consistindo num ensino mais intelectualizado. O sistema educacional no período colonial no Brasil (1549-1808) era composto desde a sua origem de forma etnicamente plural e com diversas línguas, e neste sentido podemos perceber quem tinha acesso à educação disponível e quais as condições de acesso à educação oferecida. O tom era dado pela Ratio Studiorum:
O plano de instrução era consubstanciado na Ratio Studiorum, cujo ideal era a formação do homem universal, humanista e cristã. A educação se preocupava com o ensino humanista de cultura geral, enciclopédico. [...] Esses eram os alicerces da Pedagogia Tradicional na vertente religiosa [...], é marcada por uma “visão essencialista de homem, isto é, o homem constituído por uma essência universal e imutável”. A essência humana é considerada criação divina e, assim, o homem deve se empenhar para atingir a perfeição, “para fazer por merecer a dádiva da vida sobrenatural. (SAVIANI, 1984, p. 12).
As escolas de jesuítas, especialmente os colégios e seminários em funcionamento em toda a Colônia, preenchiam perfeitamente essas funções, ajudando e assegurando dessa maneira a própria reprodução da sociedade escravocrata.[ ...] Com isso, a Igreja Católica não só assumia a hegemonia na sociedade civil, como penetrava, de certa forma, na própria sociedade política através dessa arma pacífica, que era a educação" (FREITAG, 1986:41). Agindo assim, a Igreja, através das Instituições Escolares que se espalhavam em vários lugares do território, foi marcando seu domínio. Os jesuítas foram decisivos para a subordinação pacífica de massa submissa às relações de produção que eram implantadas. Pensando a educação nesta perspectiva, que é social, econômica e política, podemos identificar as instituições que eram organizadas naquele período para dar instrução. São Paulo era o local de partida das Bandeiras em direção a outras localidades do País, muito embora essas entradas dos bandeirantes em outras localidades não contribuíram para o crescimento econômico nem mesmo de São Paulo, porém foram eles os principais responsáveis "[...] pela exploração e ampliação do território brasileiro a
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