É Tarde, Muito Tarde da Noite
Por: Lara Francisco • 7/4/2022 • Artigo • 328 Palavras (2 Páginas) • 119 Visualizações
O poema (construído por versos livres) possui duas estrofes, sendo a primeira composta por 9 versos e a segunda por 28, eu encurtei o poema e deixei apenas o mais revelante para não ser tão secante.
O poema desenrola-se em forma de relato, desabafo e reflexão do eu sobre a vida.
Relativamente à 1º estrofe:
O 1º verso é o que dá o título ao poema, e é também onde está identificado o tempo no qual o sujeito poético está inserido, ou seja, altas horas da noite.
Em seguida, no 2º verso, ele enumera tudo que ele fez durante o dia
E fecha no 3º verso, dizendo que agora, ele ouve música e está "terrivelmente cansado" depois de realizar todos esses afazeres.
Nos dois próximos versos (4 e 5) a voz explica a tamanha imensidão do cansaço sentido. O uso de advérbios terminados em mente realça as circunstâncias de cansaço em que se encontra.
No 6º verso a voz afirma novamente o seu estado de ânimo (ou no caso, a falta dele), e segue sequenciando o que fizera para se estar envolto de toda essa exaustão, ou seja, trabalhou.
No final da primeira estrofe, o sujeito poético expressa sua falta de interesse, que mesmo usando todas suas forças, ele não consegue ver graça nas pessoas.
A segunda estrofe inicia-se da mesma forma que a primeira se iniciou "É tarde", mas de seguida lamenta-se pelo que escolheu fazer, já que devia ter tomado outra atitude, no caso, dormir.
O uso do verbo dever, no verso 11, conjugado no pretérito imperfeito do indicativo, designa algo do passado, mas ainda não concluído, transmitindo assim uma ideia de continuidade e duração de uma ação que se transformou num hábito. Percebemos com isto que ele tem consciência daquilo que faz e daquilo que deveria estar a fazer.
Nos versos 12 e 13, o eu anuncia que sua companhia é o cansaço e a música, e em seguida relata todas as suas incapacidades vindas de todo esse cansaço avassalador.
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