A Coesão Textual
Por: DalitaVCampos • 29/8/2018 • Resenha • 697 Palavras (3 Páginas) • 448 Visualizações
KOCH, Ingedore Villaça. A coesão Textual. São Paulo: Contexto, 1994.
Na obra, “A coesão Textual” de Ingedore Villaça Koch, Doutora em Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo disserta sobre aspectos importantes para Linguística Textual, mostrando em seu texto o estudo da coesão sendo desenvolvido no ramo que chamamos Linguística do texto. Surgiu na década de 60 na Europa, mas só a partir dos anos de 1970, a linguística textual teve preocupação em descrever os fenômenos sintático-semânticos que ocorrem entre enunciados ou sequência de enunciados. Nesse momento não se faz ainda a diferença clara dos fenômenos ligados, uns à coesão, outros à coerência, chamamos isso de “análise transfrástica”.
Nessa mesma década muitos autores e estudiosos, estavam ainda bastante presos ou a gramática estrutural ou a gramática gerativa, essa última, sendo mais presente e voltada para a “gramática do texto”. Alguns fenômenos linguísticos não eram explicados pela gramática de frase que se preocupava apenas em descrever os princípios da construção de um texto. A dificuldade de descrever esses fenômenos se dá devido o texto não ser simplesmente uma conjunto de frases isoladas, mas uma unidade linguística com características estruturais específicas.
A partir de 1980, ganham destaque as teorias do texto no geral, mas surge a questão de diversas teorias, mesmo surgindo de uma base comum, se diferenciam muito umas das outras, conforme o abordagem de cada autor. Entretanto, dada a extensão do campo de estudo e a fluidez de limites entre as varias tendências, a linguística textual na atualidade apresenta diversas vertentes. Segundo Koch, entre os principais autores de cada uma delas podemos citar: Beaugrand & Dressler – apresentam como critérios da textualidade a coesão e a coerência relacionada ao texto, já relacionados ao usuário está a informatividade, a situacionalidade, a intertextualidade, a intencionalidade e a aceitabilidade.
Givón e outros ligados à linha americana da Análise do Discurso – estão voltados, de um lado com as formas de construção linguística do texto enquanto sequência de frases, de outro lado com a questão do processamento cognitivo do texto (isto é, com os processos de produção e compreensão) e também, com o estudo dos mecanismos e modelos cognitivos envolvidos nesse processo.
Weinrich afirma que o texto é uma sequência linear de lexamas e morfemas que se condicionam reciprocamente e que, de modo recíproco, constituem o contexto, para ele, toda Linguística é, necessariamente, Linguística do Texto.
Van Dijk volta o seu trabalho, particularmente ao estudo das macroestruturas textuais e, em virtude disto, à produção de resumos; e ao das superestruturas ou esquemas textuais e, portanto, à questão da tipologia dos textos.
Petöfi dedicado na construção de uma teoria semiótica dos textos verbais o que chamou TeSWeST (Teoria da Estrutura do Texto – Estrutura do Mundo), relacionando entre a estrutura de um texto e a interpretação extencional (em termos de mundos possíveis) do mundo (ou do complexo de mundos) que é textualizado em um texto, levando em conta elementos com-textuais (externos ao texto) e co-textuais (internos ao texto). Para Schmidt, o texto é “qualquer expressão de um conjunto lingüístico num ato de comunicação – no sentido de um “jogo de atuação comunicativa” – tematicamente orientado e preenchendo uma função comunicativa reconhecível, ou seja, realizando um potencial ilocucionário reconhecível”. Segundo ele, textualidade é o modo de toda e qualquer comunicação transmitida por sinais, inclusive os linguísticos. Marcuschi propõe que se veja a Linguística do Texto, mesmo que provisória e genericamente, como “o estudo das operações lingüísticas e cognitivas reguladoras e controladoras da produção, construção, funcionamento e recepção de textos escritos ou orais”.
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