A Dinastia Portuguesa
Por: Matheus Frota • 1/6/2018 • Trabalho acadêmico • 2.695 Palavras (11 Páginas) • 300 Visualizações
1ª Dinastia Portuguesa
Antigamente, quando Portugal era chamada de província Lusitânia e fazia parte do Império Romano, a cidade o Porto era um importante centro comercial que se localizava na foz do rio Douro, no litoral Atlântico. Na alta idade Média, essa cidade foi lugar de vários conflitos políticos, durante o período em que os suevos controlavam a região (entre os séculos V e VIII). A partir do século VIII, os árabes dominaram uma boa parte da Península Ibérica, e a cidade do Porto caiu sob domínio dos invasores. Os povos ibéricos cristãos, conseguiram manter o controle da Áustria, localizado ao Norte da península), e a partir dali passaram a lutar contra os invasores, no processo que ficou conhecido como guerra da Reconquista. Nessa guerra, a cidade do Porto foi retomada pelos cristãos em 868.A partir desse momento, a região começo a ser chamada de Portucale Durante a Guerra da Reconquista, Portucale foi um importante centro de expansão cristã. A terras tomadas dos muçulmanos, passaram a ser chamadas Terras Portucalense. Porém, os conflitos entre cristãos e muçulmanos, os reinos de Leão e Castela, que, futuramente, se tornariam a Espanha, lideraram a organização da guerra, ficando as Terras Portucalense sob controle desses reinos. No final do século XI, com o início das Cruzadas, convocados pela papa Urbano 2º, a Guerra da Reconquista atraiu nobres de vários contos da Europa, que chegavam à região em busca de prestígio (apoio militar em troca de terras e títulos de nobreza). Em 1077, D Afonso 6º se tornou rei de Castela e Leão. Ele fez aliança com a Ordem Cluny, que era uma ordem religiosa da Borgonha francesa, que tinha como um de seus propósitos a luta contra os infiéis) e com o papado, com o objetivo de ter apoio na Reconquista. Inclusive casou 2 filhas com os sobrinhos do papa Urbano 2º. D. Henrique de Borgonha, além de ser sobrinho do papa, era filho caçula de sua família, dessa forma, ele não tinha direito a herança, e resolveu se arriscar na guerra da Peninsula Ibérica. Depois da vitória contra os muçulmanos, conseguiu casar com dona Tareja, que era filha mais nova de D Afonso 6º, e pouco tempo depois recebeu as Terras Portucalenses, que passaram a se chamar Condado Portucalense. Com isso, Dom Henrique ganhava o título de conde. O Conde D. Henrique ampliou a importância do condado durante as guerras contra os muçulmanos e buscou sua autonomia em relação aos castelhanos e leoneses. O condado, nessa época, já tinha sua população distribuída e organizada a partir de duas prioridades econômicas, essa divisão foi muito importante na história de Portugal. No litoral se localizavam os pescadores, os mercados e os pequenos artesãos, e no interior se localizava a nobreza feudal, de origem castelhana e leonese. Dom Henrique tinha grande apoio entre a população do litoral, que lutava por autonomia, mas era mal visto pela nobreza, que estava ligada por laços sanguíneos a Catela e Leão. A Primeira Dinastia, do Reino de Portugal, também conhecida como Dinastia Afonsina (devido ao fata de possuir 4 soberanos nomeados de Afonso) ou Dinastia de Borgonha, teve início em 1096, quando Portugal ainda era um condado (autonomizado em reino em 1139 – 1143) e terminou em 1383. Ao todo, foram 9 reis na Primeira Dinastia, porém só será destacado o mais importantes.
D. Afonso Henriques, O Conquistador (1139 – 1185)
Afonso I, também chamado de Afonso Henriques, e apelidado de "o Conquistador", foi o primeiro Rei de Portugal de 1139 até sua morte, anteriormente servindo como Conde de Portucale de 1112 até sua independência do Reino da Galiza. Era filho de Henrique, Conde de Portucale e sua esposa Teresa de Leão. Após a morte de seu pai em 1112, Afonso tomou uma posição política oposta à da mãe, que se aliara ao nobre galego Fernão Peres de Trava. Pretendendo assegurar o domínio do condado voltou-se contra sua e a venceu na batalha de São Mamede, em 1128, assumindo o governo após a vitória. Em 1139, depois da vitória na batalha de Ourique contra um contingente mouro, D. Afonso Henriques proclamou-se Rei de Portugal com o apoio das suas tropas. Tornou o Condado Portucalense independente do Reino de Leão. A independência portuguesa foi reconhecida, em 1179, pelo papa Alexandre III, através da bula Manifestis Probatum e D. Afonso Henriques ganhou o título de rei
D. Dinis, O Lavrador, o Trovadoresco e o Poeta (1279-1325)
Dinis I, O Lavrador ou O Poeta foi Rei de Portugal e do Algarve de 1279 até sua morte. Era o filho mais velho do rei Afonso III e sua segunda esposa Beatriz de Castela. Ao longo de 46 anos de reinado, foi um dos principais responsáveis pela criação da identidade nacional e o alvor da consciência de Portugal enquanto estado-nação: em 1297, após a conclusão da Reconquista pelo seu pai, definiu as fronteiras de Portugal no Tratado de Alcanizes, prosseguiu relevantes reformas judiciais, instituiu a língua portuguesa como língua oficial da corte, criou a primeira Universidade portuguesa, libertou as Ordens Militares no território nacional de influências estrangeiras e prosseguiu um sistemático acréscimo do centralismo régio. A sua política centralizadora foi articulada com importantes ações de fomento econômico - como a criação de inúmeros concelhos e feiras. D. Dinis ordenou a exploração de minas de cobre, prata, estanho e ferro e organizou a exportação da produção excedente para outros países europeus. Em 1308 assinou o primeiro acordo comercial português com a Inglaterra. Em 1312 fundou a marinha Portuguesa, nomeando 1º Almirante de Portugal, o genovês Manuel Pessanha, e ordenando a construção de várias docas. Foi grande amante das artes e letras. Tendo sido um famoso trovador, cultivou as Cantigas de Amigo, de Amor e a sátira, contribuindo para o desenvolvimento da poesia trovadoresca na Península Ibérica. Pensa-se ter sido o primeiro monarca português verdadeiramente alfabetizado, tendo assinado sempre com o nome completo. Foi o responsável pela criação da primeira Universidade portuguesa, inicialmente instalada em Lisboa e depois para Coimbra. Entre 1320 e 1324 houve uma guerra civil que opôs o rei ao futuro Afonso IV. Este julgava que o pai pretendia dar o trono a Afonso Sanches. Nesta guerra, o rei contou com pouco apoio popular, pois nos últimos anos de reinado deu grandes privilégios aos nobres. O infante contou com o apoio dos conselhos. Após a sua morte, em 1325 foi sucedido pelo seu filho legítimo, Afonso IV de Portugal, apesar da oposição do seu favorito, filho natural Afonso Sanches.
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