A FIGURA DO VAMPIRO NO CINEMA DO SÉCULO XXI
Por: FabianaBSiqueira • 19/4/2017 • Monografia • 2.385 Palavras (10 Páginas) • 343 Visualizações
A FIGURA DO VAMPIRO NO CINEMA DO SÉCULO XXI
Fabiana Borba Siqueira
Flavia Visone Bigatto Garcia
Letras – Português – Inglês
Polo Rio Pequeno
Orientador: Profa. Me. Anna Patricia Zakem China
RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo utilizar a figura do vampiro, como forma de modernizar o ensino fundamental II e Médio com novas opções para introduzir a juventude ao mundo literário, trabalhando com assuntos de seus interesses para despertar o senso crítico e de pesquisa e apontar semelhanças e traços das escolas literárias formando assim novos leitores e facilitando o trabalho com os clássicos.
Palavras – Chave: Vampiro, História, Literatura, Cinema.
INTRODUÇÃO
O tema escolhido - “A figura do vampiro no cinema do século XXI ”, deve-se a influência que esta figura tem tido nos últimos tempos tanto no campo literário, quanto cinematográfico, e como surgiu o mito. Para tentar responder esta pergunta, realizaremos pesquisa em sites, livros e filmes, com informações referentes ao assunto abordado, buscando realizar breves comparações entre a forma literária, histórica e cinematográfica no cenário da cultura atual.
Percebe-se que o fato do vampiro do século XXI ter evoluído bastante e ser cada vez mais humano e dotado de sentimentos e sofrimentos, sua aparência cada vez mais jovial e cheia de estilo faz com que principalmente os jovens identifiquem-se cada vez mais com esta figura, que passa também a ser simbólica.
Nosso estudo pretende, por meio da revisão bibliográfica incluindo sites da internet demonstrar o que há por trás da figura do vampiro visto como mito, investigaremos o surgimento do mito, a sua evolução histórica, e sua influência em obras literárias e cinema passando pelo primeiro filme lançado ainda em preto e branco “Nosferatu”, o clássico “Drácula de BramStoker”, e chegando ao estrondoso sucesso da saga Twilight.
HISTÓRIA
A lenda dos vampiros vem de longa data e de várias partes do mundo, muitas vezes com o intuito de explicar o inexplicável. Em cada parte, esta figura é representada de forma diferente, e sua existência atribuída a fatos de acordo com crenças e superstições de cada época.
Nas civilizações mais antigas, temos os gregos e os romanos que consideravam o sangue de sacrifício um elixir da juventude, o que explicaria o fato do vampiro beber sangue, pois é através desta ingestão ele se mantém jovem e forte e prolongando sua existência.
Nos países do Norte da Europa existia a lenda de Siefried, que se acreditava ter tomado sangue de um dragão que matara, o que o tornou imortal. Nas sociedades asteca, Persa, Babilônica, Maia e Persa, praticava-se rituais onde o sangue de prisioneiros era bebido e seus corações comidos, com a finalidade de satisfazer os Deuses e receberem em troca, fertilidade e imortalidade.
Na idade média, acreditava-se que o sangue tinha um poder tão grande, que alguns medico passaram a receita-lo como remédio para cura de todos os males.
Nos séculos XIV e XV, época marcada por superstições e preconceitos, o vampirismo passa a ser confundido como obra de algumas epidemias, e entre elas a peste. Devido à falta de informação e desespero, muitas pessoas eram enterradas ainda vivas, e quando os túmulos eram abertos, encontravam-se vestígios de sangue, que eram interpretados como sinais demoníacos.
Mas apesar de todos os relatos e fatos ligados diretamente ao vampirismo e obras demoníacas, a figura que mais se destacou, foi Vlad Tepes, o Empalador (1431 e 1476). Vlad nasceu em Sighisoara, na Valáquia, onde reinou entre 1456-1462. Vivendo em uma época em que o poder maior era da igreja, Vlad pertencia a Ordem do Dragão, o que lhe rendeu o apelido de Drácula. Esta Ordem defendia e propagava o Cristianismo, nas famosas Cruzadas, guerras em nome da fé.
Por tratar-se de um filho de nobres, Drácula, fora ensinado que era especial, diferente dos mortais comuns, porém em uma aliança realizada entre seu pai e os turcos, Drácula e seu irmão foram deixados como reféns, o que mudou drasticamente seu modo de pensar e agir. Após seis anos de cativeiro, Drácula se vê livre e sedento de vingança, pela morte de seu pai e de seu irmão mais velho. Realiza então uma aliança com a coroa húngara, que lhe ajuda reconquistar seu trono, até então ocupado pelo assassino de seu pai. Aos 25 anos, Vlad torna-se príncipe da Valáquia.
Drácula condenava a preguiça e devassidão, e diz-se que por este motivo, em certo feito, organizou um grande banquete e reuniu todos que não tinham serventia (vagabundos, coxos, cegos e pobres), mandou que fechassem as portas e queimasse todos.
Apesar da época de Drácula ter sido marcada por horrores e doenças como a sífilis, tuberculose e lepra, ainda assim para muitos Drácula era um herói nacional, devido à guerra contra os turcos. Seu método preferido em batalha era o empalamento, daí o nome de Vlad Tepes, ele executava seus inimigos das mais diversas formas, cravava suas cabeças em estacas e espalhava pelos campos de batalha, aterrorizando seus inimigos, como referem Radu Florescu e Raymond T. McNally, dois dos seus maiores investigadores, ele “Cegava, estrangulava, enforcava, queimava, cozia, esfolava, assava, rachava, pregava, enterrava vivos e mandava apunhalar as vítimas. ”[1]
1 LITERATURA
Na literatura um dos primeiros poemas a respeito de vampiros teria sido,“The Vampire ” (1748) de Heinrich August Ossenfelder. No cenário literário até mesmo um dos mais importantes escritores do Romantismo, Lord Byron escreveu sobre estes seres em The Giaour (1813), e teve uma peça intitulada, The Vampyre (1819), inspirada em suas aventuras.
Porém o maior sucesso no campo do Romance vampiresco viria anos depois com o “Drácula”, de BramStocker, escrito em 1897, que aproveita a lenda sobre o Príncipe da Valáquia, Vlad III, mesclando possessão demoníaca, sexo, sangue e morte. Este romance sensibilizou a Europa vitoriana devido à época que estavam passando e as doenças enfrentadas pela sociedade, entre elas a Sífilis, ligada diretamente ao fator sexual.
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