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A História da Educação de Jovens e Adultos

Por:   •  3/2/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.211 Palavras (13 Páginas)  •  258 Visualizações

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

CURSO DE LETRAS

Disciplinas:

Teoria Literária, Teoria do Letramento e Direitos Humanos

Aluno: Mauricio Pereira do Nascimento  RA:9610521048

A História  da Educação de Jovens e Adultos: conceitos, relatos e resoluções à Alfabetização.

Tutora Professora Elisângela Jara

São Paulo/Polo Pirituba

2015

Introdução:

O objetivo maior neste trabalho foi mostrar como é importante que o homem seja bem alfabetizado e atualizado conscientemente das exigências atuais no mundo.  Conforme Paulo Freire, que era um educador exemplar, seu papel foi fundamental na história da EJA no Brasil porque se tornou um dos maiores apoiadores da causa, apresentando todo grau de dificuldade existente nos cidadãos na época com relação a inicialização da alfabetização tanto na atualidade como também no Brasil colônia. Desde o relato das mudanças na década de 30 que a sociedade passou, desde então, todo o sistema de ensino de educação foi se firmando e a educação básica de adultos é estabelecida com o passar dos anos.

A análise do cidadão alfabetizado e os critérios de graus do desenvolvimento da alfabetização e toda a metodologia, fica por conta dos seguintes termos: o alfabetizado funcional, social e pleno, mas o foco principal dentro tudo isso seria do indivíduo totalmente socializado e incluído na sociedade totalmente alfabetizado, trazendo benefícios incríveis a sua vida, tornando-o um cidadão mais participativo aos seus deveres e direitos.

Desenvolvimento:

PASSO 1: A História da EJA no Brasil

A Educação de jovens e adultos está praticamente interligada com Paulo Freire e seu método criado e desenvolvido nos anos 60, desde sua primeira experiência com o método no Rio Grande do Norte, que foi um sucesso, foi reconhecido em todo país e diversos grupos populares praticaram seu método de ensino.

Na Constituição de 1934 promulgou como um dever do Estado à educação de adultos, colocando de forma normativa o oferecimento do ensino primário integral, gratuito e de assiduidade obrigatória para adultos.

Iniciativas políticas e pedagógicas ampliaram nos anos 40 a educação de jovens e adultos criando e regulamentando o Fundo Nacional do Ensino Primário FNEP, criou o instituto nacional de estudos e pesquisas INEP, surgiu as primeiras obras direcionadas ao ensino supletivo, lançaram a Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos CEAA.  Todo esse conjunto permitiu que adultos fossem educados e assim firmando uma questão nacional, influenciando movimentos internacionais e a UNESCO, recebeu positivamente tais iniciativas e reconheceram tais atitudes e incentivos a tal educação, estimulando a criação e desenvolvimento de programas nacionais de educação de adultos analfabetos.

Na mesma década de 40, com o Estado Nacional em desenvolvimento, todo projeto foi deslocado, passando de agrícola e rural para um modelo industrial e urbano, gerando uma mão-de-obra qualificada e alfabetizada, por isso, em 1947, o MEC desenvolveu a Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos CEAA, onde dois pontos principais eram seu maior objetivo: a ação de alfabetização extensiva para grande parte da população e a ação em profundidade que seria a capacitação profissional junto à comunidade.

O objetivo não era a alfabetização apenas e sim intensificar o trabalho educativo, tanto no meio rural como no meio urbano, tendo seguimentos diversos, mas diretrizes comuns entre eles.

Já em 1952 aconteceu a Campanha Nacional de Educação Rural CNER, caracterizando o ensino nas comunidades no meio rural brasileiro e durou até 1956, logo depois disso, realizaram a Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo CNEA, começando uma nova etapa no assunto sobre a educação de adultos.  Toda a organização do evento percebeu que, o simples objetivo de alfabetizar era pouco e insuficiente, buscando a prioridade na educação de crianças e jovens, mostrando que a educação significaria uma alteração de condição de vida pessoal, porém, em 1963 foi extinta e em 1958, realizaram o segundo Congresso Nacional de Educação de adultos para avaliar e objetivar as ações na área para propor melhores soluções a esse tipo de ensino, criticando que os prédios escolares estavam precários em sua estrutura, materiais didáticos eram inadequados ao ensino e até mesmo a qualificação dos professores.

Já no começo dos anos 60, associaram o Estado e a Igreja Católica para impulsionar novas campanhas de alfabetização de adultos, mas com o golpe militar, todo tipo de movimento a favor da alfabetização e seu fortalecimento e desenvolvimento foram reprimidos, mas o MEB (Movimento de Educação de Bases) sobreviveu pois estava unido ao MEC  e á igreja Católica, mesmo assim, devido às pressões e a falta de patrocínio e recursos financeiros, a maioria desse movimento terminou em 1966.

Na década de 70, mesmo com a influência do regime militar, iniciaram-se as ações do Movimento Brasileiro de Alfabetização, o MOBRAL, projeto criado para finalizar com o analfabetismo em dez anos apenas. Depois desse período, que já deveria ter chegado à meta, ação que não aconteceu, o Censo divulga o registro de 25,5% de pessoas analfabetas com a idade de 15 anos ou mais, assim, o programa foi alterado várias vezes, seus objetivos ampliados e atuando como educação comunitária e de crianças. O supletivo, que foi desenvolvido e implantado em 1971, acarretou a criação de vários centros de estudos no país, momento marcante na história da educação de jovens e adultos, prometendo ser um modelo de educação para alcançar as necessidades de uma sociedade em processo de modernização.  O objetivo maior: alfabetizar o maior número possível de pessoas por um baixo custo operacional para satisfazer a necessidade que existia no mercado de trabalho muito competitivo, que exigia um grau de escolarização cada vez maior.

Nos anos 80, com o fim do regimento militar e o início do processo de democratização, tais transformações alavancaram o sistema de ensino, assim, em 1985, o MOBRAL extinto e substituído pela Fundação EDUCAR, trouxe a possibilidade de ampliar as atividades da EJA e todos os envolvidos com a educação no Brasil organizaram-se em defesa da escola pública e gratuidade para todos.  Isso refletiu para que a Nova Constituição de 1988 trouxesse novas regras e conquistas para o ensino e desenvolvimento para a EJA, que foram o ensino fundamental, obrigatório e gratuito, garantindo acesso para todos aqueles que não puderam na idade apropriada. Mas em 1990, no governo Collor, a Fundação EDUCAR acabou-se, a EJA praticamente esquecida e a responsabilidade do ensino foi passada para os Estados e municípios.

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