A História de Lady Galvao
Resenha: A História de Lady Galvao. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: yank13 • 19/10/2014 • Resenha • 535 Palavras (3 Páginas) • 287 Visualizações
O conto “A Senhora do Galvão” de ASSIS, Machado de, teve sua primeira publicação em 14 de maio de 1884, logo em seguida passa a fazer parte da coletânea Histórias sem datas, publicada no mesmo ano.
Joaquim Maria Machado de Assis “1939-1908”, era cronista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, os 16 anos publicou seu primeiro trabalho literário, suas obras podem ser divididas em duas fases. Primeira a fase romântica suas principais obras são: Ressurreição(1872), A Mão e a Luva(1874), Helena(1876), Iaiá Garcia(1878). E a fase realista suas obras: Memorias Póstumas de Brás Cubas(1881), Quincas Borba(1892), Dom Casmurro(1900), Memorial de Aires(1908).
O conto, fala sobre amor, traição e desconfianças. Maria Olímpia, que é casada com Galvão, começa a receber umas cartas anônimas que denunciava uma suposta traição de seu marido com uma viúva. Maria passa a receber as cartas após o marido chegar mais tarde que o de costume alguns dias. Desde o princípio, ela mostra grandes fortes traços que a define como uma pessoa vaidosa.
Devido a isso, nega-se a admitir a suposta traição que as cartas delatavam. Ser traída, no caso de Olímpia, acarretava não somente em dividir o seu marido com outra, mas sim em ser deixada para trás. Isso era inadmissível para ela, uma vez que se via como a mais bela entre todas e mais bela que a própria viúva. Certa vez, seu marido, Eduardo, consegui se associar à um conceituado cassino carioca. Associação essa que sem dúvida implicaria num reconhecimento social sempre buscado por Olímpia.
Entretanto, na noite a qual iria pela primeira vez ao baile do Cassino, notou que a tal viúva estava deslumbrante usando uma peça que outrora ela mesma ficara fascinada e não o comprou, devido já ter sido vendido para a viúva. Mesmo acreditando na fidelidade de seu cônjuge, ao avistar que naquela noite a viúva estava tão bela que poderia por ventura ofusca-la, não teve dúvidas, e mesmo não crendo que pudera ser a amante de seu esposo, colocou-se no lugar de mulher traída, posição que repudiava e acabara perguntando: “Vem seduzir mais algum marido?”.
De tal modo, acreditava Olímpia, que estará conseguindo que alguma sujeira respingasse na conquista da viúva. Embora, aparentemente sem impacto. Permite observar como a ordem superficial é desmontada pelo sentimento sincero de ciúmes, inveja e vaidade de Olímpia. A situação era uma festa, um simples evento, mas ela mostra que não suporta ser a segunda mais bela, ela põe em cheque o tão almejado e esperado status social.
Por fim, no caso de Olímpia, esses sentimentos apresentam-se não somente como desagregadores na sua relação para com a sociedade, da mesma forma consigo própria. Afinal, por causa de invejas e ciúmes verdadeiros, ela se agride e acaba por colocar-se em um lugar de mulher traída; contanto que isso fosse capaz de agredir a tal viúva. O que era por si realmente o seu desejo.
Não importando mais para a heroína se ela possa, a partir de então, ser vista como uma mulher traída ou mesmo sem classe ou modos. O desejo de vaidade emerge e rompe a dança das máscaras. Por baixo dela há sentimentos que quando sinceros são desagregadores e denunciadores do próprio sujeito e de sua natureza, nem sempre tão generosa.
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