A MANUTENÇÃO DA REALIDADE
Por: Juliane Cota • 16/8/2018 • Resenha • 1.069 Palavras (5 Páginas) • 242 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
LICENCIATURA INTEGRADA EM LETRAS PORTUGUÊS E INGLÊS
JULIANE DOS SANTOS COTA
RESUMO DO CAPÍTULO DO LIVRO O QUE É REALIDADE
A MANUTENÇÃO DA REALIDADE
SANTARÉM
2017
JULIANE DOS SANTOS COTA
RESUMO DO CAPÍTULO DO LIVRO O QUE É REALIDADE
MANUTENÇÃO DA REALIDADE
Resumo do capítulo Manutenção da Realidade do livro O que é realidade. Apresentado a matéria: Origem e Evolução do Conhecimento que tem por objetivo a obtenção de conhecimentos a partir das idéias do autor da obra.
Prof. Dr. Raimundo Valdomiro de Sousa
SANTARÉM
2017
DUARTE JUNIOR, João Francisco. O que é Realidade. Editora Brasiliense: São Paulo, 1994 (Coleção Primeiros Passos).
O capitulo, manutenção da realidade, trata da realidade imposta pelas instituições, de que há um controle institucional que consiste em assegurar que a sociedade compartilhe de uma mesma interpretação da realidade, isso acontece quando as instituições corporificam-se na vida cotidiana dos indivíduos através dos papéis que devem desempenhar para fazer parte delas, já que se não for desempenhado o papel da forma que é prevista, isso irá desencadear modos de corrigir a conduta. As instituições se valem de instrumentos protetores, o que, portanto, retira do indivíduo a possibilidade de condutas baseadas em desejos individuais. Há instituições em que os indivíduos tem maior flexibilidade no processo de criação, e é isso que possibilita a evolução e alteração das instituições, o que, no entanto, é um processo lento, pois como já citado as instituições se valem de instrumentos protetores, e são esses mecanismos estabilizadores que os protegem de mudanças bruscas dentro da instituição.
Mas para que haja mudanças tem de haver vários indivíduos com ideias divergentes sobre a realidade a qual estão inseridos, já que um único indivíduo com concepção discordante pode ser facilmente considerado um louco e até ser isolada do convívio social e ser submetida a processos que possam fazê-la voltar a realidade estabelecida pelo universo simbólico predominante.
“... é impossível ao indivíduo sozinho manter uma concepção discordante do universo simbólico em que está... Alternativas a um determinado universo simbólico apenas são possíveis...” (p.59).
O livro oferece um exemplo de uma fábula originária na Argentina, que ilustra esses mecanismos protetores das instituições e universos simbólicos. Resumidamente a fábula conta sobre como foi descoberto o ato de assar porcos para comer, isso consistia em atear fogo em áreas de vegetação em que estavam reunidos porcos, e para isso existiam especialistas no assunto. E um dia um indivíduo teve a ideia de assar porcos de uma maneira diferente, mais simples, bastaria que os porcos fossem mortos e assados em uma grelha, sob a qual acenderia uma pequena fogueira. Mas o presidente do movimento mostrou-lhe que sua proposta era um absurdo, pois isso acarretaria no desemprego de milhares de especialista, e que isso poderia levar a cidade a um caos por diversos outros fatores. E assim o presidente fez o indivíduo jurar que nunca iria revelar a sua ideia a ninguém.
O livro cita que há dois tipos de mecanismos de manutenção dos universos simbólicos e das instituições, que são eles: terapêuticos e aniquiladores. O presidente da fábula empregou o terapêutico, ou seja, fez ver ao membro dissidente que sua visão era equivocada, e então voltar a ver a realidade de maneira correta.
Terapêuticos: a solução terapêutico das divergências possui três mecanismos de conhecimento específicos: 1) dissidência: consiste na possibilidade de surgirem desvios de surgirem desvios no universo simbólico e procura construir um embasamento teórico que explique o porquê de os indivíduos se desviarem da correta visão da realidade; 2) aparelho de diagnóstico: destina-se a detectar “sintomas” nos indivíduos com propensão à divergência ou já imersos nela; 3) cura: consiste em fazê-lo retornar ao universo simbólico que ele abandonou. “A terapêutica é, portanto, mecanismo destinado a manter os indivíduos divergentes dentro do universo simbólico que interpreta a realidade” (p.64).
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