A Sinestesia e Gradação
Por: Luiz Otávio Ferreira • 28/3/2017 • Seminário • 1.628 Palavras (7 Páginas) • 497 Visualizações
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FACULDADE BATISTA EQUATORIAL
CURSO DE BACHAREL EM TEOLOGIA
Me. FRANCINETE DE JESUS PANTOJA
JOSÉ PATRICK LIMA E LIMA
LUIZ OTÁVIO FERREIRA
WELLITON FERNANDO PEREIRA DE OLIVEIRA
VALDINO
SINESTÉSIA E GRADAÇÃO
BELÉM – PA
2017
SUMÁRIO
1. Introdução
2. Desenvolvimento
3. Conclusão
4. Referências Bibliográficas
1 INTRODUÇÂO
As figuras de linguagem são comuns a todos os que falam a língua portuguesa, seja ela culta ou coloquial, estão tão presentes em nosso cotidiano e que passam despercebidos pela grande maioria da população. Estudar essas figuras nos faz entender e diferenciar o que cada uma delas significa e onde podemos aplicar de forma correta.
Figuras de linguagem: são recursos de estilo em que predomina o sentido conotativo das palavras. Usando assim de recursos não convencionais para dar mais expressividade aquilo que deseja passar.
Elas conferem à linguagem efeitos de expressividade, de emotividade, de beleza. Sendo dividido em figuras de palavras (comparação, metáfora, catacrese, sinestesia, etc.), figuras de pensamento (antítese, paradoxo, ironia, perífrase, gradação, etc.) e figuras de construção (elipse – zeugma, polissíndeto, assíndeto, pleonasmo, etc.). O estudo das figuras de linguagem faz parte de um ramo dos estudos linguístico chamado Estilístico.
Como as figuras de linguagem são mais ligadas à emoção, são próprias dos textos com caráter literário, publicitário, humorístico, devendo ser usadas com bastante economia e bom senso em textos de caráter informativo ou argumentativo, facilitando assim o entendimento dos leitores o qual queremos alcançar.
São também recursos especiais que são usados em processo de comunicação de linguagem escrita ou oral para reforçar a expressividade da mensagem ou ideia através de palavras ou construções incomuns, conferindo originalidade, emotividade, intensidade e beleza ao processo comunicativo. É caracterizado por apresentar sempre uma mudança, substituição ou alteração do sentido real para o figurativo, ou seja, denotativo para o conotativo.
Segundo Mauro Ferreira, a importância em reconhecer figuras de linguagem está no fato de que tal conhecimento, além de nos auxiliar a compreender melhor os textos literários, deixa-nos mais sensíveis à beleza da linguagem e ao significado simbólico das palavras e dos textos.
“Meu pensamento é um rio subterrâneo. ” (Metáfora)
“Os meus braços precisam dos teus” (metonímia)
“O Renato estava dormindo acordado na aula” (antítese)
“Ele não passa de um pobre homem rico” (paradoxo)
Encontramos na Bíblia Sagrada inúmeras figuras de linguagem, sendo utilizado para acrescentar cor e vida, “O Senhor é a minha rocha” (Sl. 18:2), para chamar a atenção do leitor o qual fica claro na advertência de Paulo em Fp. 3:2, “cuidado com os cães”. Inclusive encontramos exemplos de sinestesia que tem sido objeto de nosso estudo, podemos verificar quando sábio Salomão diz: [...] porque a tua voz é doce [...] (Ct. 2:14).
Diante do exposto podemos destacar duas figuras que estão em nosso dia-a-dia, a sinestesia e a gradação, inclusas nas duas primeiras divisões das figuras de linguagem, ou seja, figuras de palavras e figuras de pensamento. A primeira aborda a mistura dos sentidos humanos em uma frase, como o tato, paladar e olfato, audição e visão. A segunda trata de uma sequência de ideias dispostas em um sentido ascendente (clímax) ou descendentes (anticlímax).
2 Desenvolvimento
SINESTÉSIA
Simultaneidade de sensação. – Aproximação de sentido
Figuras de palavra, de estilo ou tropos – do grego tropos: desvio, giro
Figuras de linguagem: são recursos especiais de estilo que se valem quem escreve ou fala, predominando o sentido conotativo das palavras. Elas conferem à linguagem efeitos de expressividade, de emotividade, de beleza e de força. É a mistura de sentidos humanos em uma frase: tato, olfato, paladar, audição e visão. Caracterizam-se pela combinação e mistura de diferentes sensações numa sensação somente, provenientes de diferentes sentidos. A qualidade de um sentido é atribuída a outro, havendo uma mescla de sensações: táteis, olfativas, gustativas, auditivas e visuais.
É usada para aumentar a expressividade da mensagem tanto na linguagem oral ou na escrita. Com o recurso da sinestesia ampliamos, enfatizamos o sentido de cada termo através de adjetivos e diferentes termos.
É a transferência de percepções da esfera de um sentido para a de outro, do que resulta uma fusão de impressões sensoriais de grande poder sugestivo, em mesclar, numa mesma expressão, as sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido. Podemos encontrar vários exemplos no que tange sinestesia em nosso dia-a-dia.
Exemplos: - Sua voz doce e aveludada era uma caricia para os meus ouvidos. (Voz: sensação auditiva; doce: sensação gustativa; aveludada: sensação tátil)
- O grito friorento das marrecas povoava de terror o ronco medonho da cheia. (Grito: sensação auditiva; Friorento: sensação tátil) -Bernardo Élis.
- Um grito áspero revelava tudo o que sentia. (Grito: sensação auditiva; áspero: sensação tátil)
- No silêncio negro do seu quarto, aguardava os acontecimentos. (Silêncio: sensação auditivo; negro: sensação visual)
- A luz crua da madrugada invadia meu quarto. (Luz: sensação visual; crua: sensação gustativa)
- Raquel tem um olhar frio e desesperador. (Olhar: sensação visual: frio: sensação tátil)
- Um áspero sabor de indiferença a atormentava. (Áspero: sensação tátil: sabor: sensação gustativa)
- A sua voz áspera intimidava a plateia. (Voz: sensação auditiva; áspero: sensação tátil)
- Um grito áspero revelava todo o seu medo. (Grito: sensação auditiva; áspero: sensação tátil)
- Uma melodia azul tomou conta dá sala.
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