A TEMÁTICA AMOROSA: Do Classicismo Ao Realismo Português
Artigo: A TEMÁTICA AMOROSA: Do Classicismo Ao Realismo Português. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: 2014123 • 9/5/2014 • 955 Palavras (4 Páginas) • 1.322 Visualizações
A TEMÁTICA AMOROSA: do classicismo ao realismo português
Francisca Patrícia da Conceição
O amor pode ser definido como uma das principais matérias primas para literatura, e mais ainda, ao que diz respeito às poesias. Autores ao longo dos séculos, descreveram, declamaram, insultaram, e amaram falar do amor.
Dentro dos estilos literários, seja no humanismo, no classicismo,no romantismo, no realismo ou em quaisquer que seja o estilo literário este sentimento é abordado e é praticamente um ingrediente indispensável a uma boa produção da Literatura. Pode-se afirmar que na mudança do mundo ocidental, assistiu-se no período da passagem da Idade Média para o Renascimento, o surgimento de autores que, de modo geral, foram responsáveis por uma revolução literária inigualável no mundo. Neste período surgiu as obras mais importantes que inteligência humana já presenciou desde que a escrita existe.
Desta feita, foi nos meandros deste período que além de avultarem-se grandes autores de obras literárias do Ocidente, nasce também obras inexpugnáveis na literatura, mas também aquelas que de maneira mais incisiva contribuíram para a consolidação das línguas do continente, por meio de figuras nacionais do porte de Dante Aleghieri e Petrarca, na Itália; Cervantes e Garcilaso, na Espanha; Shakespear, na Inglaterra; Rabelais, na França; e muitos outros.
Em Portugal, essa realidade também acabou se impondo por meio da figura de Luís de Camões, este é tido como um dos maiores autores renascentistas da Europa e o mais importante poeta português, Camilo castelo Branco, Garret, entre outros.
O classicismo é o marco inicial da era moderna, o Renascimento é o mais notável movimento de renovação cultural que aconteceu na Europa durante os séculos XV e XVI. O desenvolvimento paulatino da burguesia comercial e das atividades econômicas entre as cidades européias incitou a vida na cidade e o surgimento do homem cujo reconhecimento de seu valor contribuiu para o enriquecimento do ambiente cultural, em decorrência na formação de um novo clima intelectual otimista e confiante na força do ser humano – que se torna o centro do universo (antropocentrismo), manifestado pela ruptura com a tradição feudal que era marcadamente religiosa e teocêntrica.
Este período é marcado pelo sentimento do homem como centro do universo, nos temas é recorrente o uso da mitologia, do amor platônico, da exaltação das faculdades humanas (o herói nacional), do nacionalismo, do culto à beleza e da perfeição.
Neste panorama, Camões se firma como principal autor lírico português, o amor é apresentado como um paradoxo que envolve o homem e o arrebata ao extremo, sua magnificência sobre este tema se sobressai principalmente nos poemas, em os Lusíadas há o amor-paixão de Inês e Pedro, enriquecendo a História de Portugal com lendas que o povo até hoje repete.
Já o romantismo português concebe o amor de uma maneira mais pura e sensual, neste estilo literário o amor torna-se o centro das obras, geralmente avassalador, levando à felicidade, quando aceito pela sociedade, ou à loucura e à morte, únicos caminhos existentes para o caso do amor não se concretizar, pelo fato deste amor desafiar a ordem estabelecida.
Observa-se a fidelidade, consagrando-se o amor para sempre, independente da possibilidade de um final feliz com o objeto eleito. Os impedimentos de ordem sexual persistem, projetando este sentimento no espaço da idealização. O que vive nas páginas dos romances é a paixão, caracterizada pelo sonho, pela feminina de anjo, pela idealização, fixação no outro muitas vezes mal vislumbrado na realidade,
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