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ADMIRÁVEL MUNDO NOVO- HUXLEY: CRÍTICAS E COMPARAÇÕES

Por:   •  3/11/2018  •  Monografia  •  2.570 Palavras (11 Páginas)  •  212 Visualizações

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COLÉGIO MILITAR DE SALVADOR

ANÁLISE CRÍTICO-LITERÁRIA DO LIVRO

“ADMIRÁVEL MUNDO NOVO”

SALVADOR

2018

ANÁLISE CRÍTICO LITERÁRIA DO LIVRO

“ADMIRÁVEL MUNDO NOVO”

Trabalho apresentado à disciplina de língua portuguesa, do Colégio Militar de Salvador, como recurso avaliativo do segundo trimestre.

Orientador (a): Profª Luciana Oliveira

Alunas: Andressa Rodrigues – 3769

             Larissa – 3942

             Laura Pereira – 4243

             Nathalia Lane – 3765

             Negreiros – 4162

             Turma: 204

       

SALVADOR

2018

         

SUMÁRIO

1 RESUMO DA OBRA                                                                                                               04

2 INTRODUÇÃO                                                                                                                    05

3 RESENHA CRÍTICA                                                                                                     06, 07

REFERÊNCIAS                                                                                                                       08

1. RESUMO DA OBRA

O mundo onde as pessoas são fabricadas, controladas e usadas como forma de organizar a própria estabilidade social, é a distopia escrita em 1932, por Aldous Huxley, “Admirável Mundo Novo”. Os conceitos de família, religião, sentimentos, conflito e até mesmo reprodução são distorcidos nesse romance a partir do momento em que os bebês são fabricados e catalogados de acordo com sua casta, que vai de Alfa – os mais condicionados, fortes e geralmente participantes da elite intelectual – até Ípsilon – geralmente criados para trabalharem nas fábricas, com proposital atraso intelectual, realizado através de manipulações genético-químicas. O ato de amar é considerado uma promiscuidade, no entanto, o sexo é estimulado, desde a infância, como algo recreativo e não reprodutor. Para se ter uma ideia, com quanto mais homens diferentes uma mulher dormia, mais interessante ela era. Os problemas dos indivíduos eram resolvidos com o Soma, a droga que os deixava em êxtase e evitava possíveis conflitos, e assim o lema “COMUNIDADE, IDENTIDADE E ESTABILIDADE” (HUXLEY, 2014, p.10) era mantido.

Entretanto, a ciência falhou em certa produção de uma criança, Bernard Marx, um Alfa-Mais que por algum descuido, era mais baixo que as pessoas da sua casta, sendo comparado a um Gama. O homem é diferente dos demais, discorda de algumas ideias como o fato de não precisar se preocupar com nada (condenando o Soma) e a hipnopedia, o ato de repetir frases colocadas num gravador durante o sono, classificado como “a maior força socializante e moralizante de todos os tempos. ” (HUXLEY, 2014, p.28). Bernard é apaixonado por Lenina, uma Beta que seguia os costumes da sociedade. Os dois vão a uma “Reserva de Selvagens”, em Malpaís, onde ocorre um certo choque de culturas, pois esses indivíduos têm relacionamentos sólidos e adoram a vários deuses. Dentre eles, Bernard conhece John, um filho de uma “civilizada”, Linda, que foi à reserva junto de um homem, e acabou engravidando dele, e para não ser desmoralizado, largou-a. A mulher então criou seu filho e sempre o falou da sua origem, e assim, John aprendeu a ler a partir de obras de Shakespeare. Bernard então percebeu que John era na verdade filho do Diretor, e já que os dois tinham uma rixa por conta das ideias contraditórias do Alfa-Mais, o mesmo decidiu levar John e Linda para Londres, tornando-se popular na sociedade. John passou a ser conhecido como o “ Selvagem”, e se admira pelo novo mundo que está conhecendo. Bernard apresenta John a seu amigo Hendelholt, que se interessa pelos seus conhecimentos literários e passa a falar constantemente com o Selvagem, enciumando Bernard. John percebe na verdade que todas as pessoas naquela sociedade são vazias e fúteis, passando a se fechar cada vez mais, e depois que Linda morre, ele se revolta, joga comprimidos de soma no chão e acaba sendo ajudado por Bernard e Hendelholt, no entanto, eles acabam sendo presos. John escolhe se castigar estando longe de tudo e de todos, vivendo num farol velho. Porém, interessados na história do Selvagem, repórteres vão atrás dele, e como uma forma de alcançar a plena liberdade, ele se enforca.

2. INTRODUÇÃO

Henry Ford, que instaurou o Fordismo, revolucionando a indústria automobilística e automatizando o trabalho nas fábricas, transformando “os trabalhadores em algo inferior a autômatos, robôs que repetiam, ao longo da jornada de trabalho, um único gesto” (RAMONET,2015.), talvez seja considerado o “Deus” em “Admirável Mundo Novo” pois é o pilar da construção de uma sociedade altamente controlada e regularizada, baseada no consumismo desenfreado e nos relacionamentos artificiais. Claramente, por ser o criador de todas as coisas que deram origem a esse sistema, é considerado uma divindade, sendo adorado. Huxley, em sua obra, privilegia a mecanização em cada setor daquela sociedade, e assim como o sistema fordista de produção, tudo funciona de maneira precisa.

É importante relacionar a divulgação do livro (1932) com seu contexto histórico, já que na época o mundo havia passado pela Primeira Guerra Mundial, ocasionando em uma crise social, e posteriormente na instauração da crise de 1929 nos EUA, momento em que houve um colapso econômico sobretudo ás sociedades ocidentais, gerando desemprego e falência de grandes indústrias. Houve também um exagerado número de casos de suicídios. Em prefácio do livro “Regresso ao Mundo Novo” de Aldous Huxley, ele estabelece uma relação entre a sociedade da época em que vivia e da sociedade distópica que retratou, contrapondo a problemática sociedade da década de 1930, com a extrema estabilidade vivida pelos habitantes de Londres d.F (depois de Ford): “[...]éramos os habitantes de um universo na realidade horrível; porém, o pesadelo daqueles anos de depressão era totalmente diferente do pesadelo do futuro, descrito no Admirável Mundo Novo. O nosso era um pesadelo de absoluta falta de ordem; o deles, no século VII d. F., de ordem em excesso. ” (HUXLEY, 1958, p.6)

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