AULA 5 - Atividade 1 - FLI Comparando os poemas Pink Dog e Two Dogs
Por: Iza Priscila • 23/8/2021 • Ensaio • 1.106 Palavras (5 Páginas) • 177 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
INSTITUTO UFC VIRTUAL
CURSO DE LETRAS – INGLÊS
Fundamentos da Literatura em Língua Inglesa
Iza Priscila Carneiro da Silva
Polo Fortaleza-Imparh
Comparando os poemas Pink Dog e Two Dogs
O referente trabalho objetiva-se realizar uma análise crítica de dois obras poéticas proposta na aula, cujo tem por título Pink Dog. de Elizabeth Bishop e Two Dogs de autoria de Charles Simic relatando e debatendo informações apresentadas em ambas as obras. Inicialmente, os esforços se deram na leitura das abras, acompanhado de informações a serem aqui apresentadas. Desta forma, nota-se que o poema Pink Dog, de Elizabeth Bishop, foi uma das últimas obras da autora e relata sobre uma cadela de cor rosa “PINK DOG” que estaria passeando no Rio de Janeiro durante o carnaval, nota-se claramente essa informação no seguinte trecho da obra: “solution is to wear a fantasía. Tonightyou simply can’t afford to be an eyesore... But no one will ever see a dog inmáscara this time of year”. Deve destacar que a obra apresenta características exclusiva da cidade do Rio de Janeiro, seja o ardente sol ou os desfiles na avenida “he sunis blazing and the sky is blue. Umbrellas clothe the beach in every hue. Naked, you trot across the avenue.”
Outro fato marcante citado na obra de Elizabeth é os maus tratos e o problema social das vidas dos mendigos na cidade, relatando indagações a fim de questionar soluções a sanar essa triste realidade, onde está exposto no seguinte trecho: “Didn't you know? It's been in all the papers, to solve this problem,how they deal with beggars? They take and throw them in the tidal”
Outro aspecto abordado e não menos importante, é a situação da posição da figura feminina na sociedade, cuja, sofria grandes preconceitos. Fica claramente notório o desejo da autora de expressar sua indignação de como a figura feminina era tratada com desrespeito pela sociedade. Essa imagem vem sendo construída em toda a obra, relacionando a figura feminina com a imagem da cadela, pink dog. A analogia entre um cachorro sarnento e uma cidade doente –aludindo, assim, às feridas sociais, políticas, econômicas do Rio de Janeiro na década de 60- fica bem clara no primeiro fragmento, a través da metáfora que é aí explicitada. Lê-se: the city is a depilated dog/ a cidade é um cão sem pelo. Esta figura de linguagem, que é um ícone de primariedade em termos peirceanos e que não sobreviverá até a versão final de Pink Dog, guarda a imagem geradora do poema e irradia toda a carga de crítica social da autora. (Valente, 1999). Sendo assim, como podemos constatar, Bishop vem relatando possíveis formas de solucionar o problema apresentado, seja uma solução que, mesmo sendo poético, seja solucionado. Desta maneira, a construção poético divulgada pela autora denuncia vozes e narrativas consideradas dissonantes pelo poder social vigente. Aponta situações traumáticas de uma história pessoal, que é também coletiva. E através do seu texto poético, espaço privilegiado do enunciado e onde se articula toda uma rede de significados culturais, que a autora fala de invisibilidade.
A segunda obra, cuja tem por título Two dogs de Charles Simic, ilustra com clareza as características do ser humano. Simic faz referência a figura de dois cachorros: um cachorro já velho, companheiro fiel e guia de uma mulher quase cega, na 1ª estrofe, e um cachorro alado, na 2 ª estrofe, para nos lembrar da violência inflexível dos tempos de guerra: A visão de um velho cachorro abandonado em uma cidadezinha ao suldos Estados Unidos recupera a memória do poeta, que apresenta, então, uma imagem surreal, na qual o medo e a agressividade predominam, confirmando “a inata inclinação humana para a ‘ruindade’, a agressividade e também para a crueldade” (FREUD, 1997, p.79). O medo é o sentimento predominante nas duas estrofes. Na 1ª estrofe, ele é representado pelo cachorro atormentado por sua própria sombra – que pode representar o próprio poeta, sempre inquieto por suas lembranças de guerras - e pelas imagens sutis que saem das florestas quando o sol se põe. Na 2ª estrofe, este sentimento é intensificado por conta do registro histórico-temporal: o ano de 1944 e as reticências que deixam a linha 15 (quinze) em aberto. O poema em estudo é composto basicamente de apenas duas estrofes expõe a frágil linha que divide o passado e o presente do autor. As memórias de Guerra ainda são claras e as recordações da terra natal de Simic estão sempre marcadas de traços que fazem com que sua memória interior funcione como um imenso arquivo desse jogo de vida e morte: “[Arquivo] morto porque é de morte que se trata; vivo porque a vida é esse desvio prolongado antes do retorno a um estado que a ultrapassa, dentro de um processo continuado para além da existência de um só indivíduo”. (NASCIMENTO, 1999, p. 173).
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