Anedota

Proceda como habitualmente: leia as instruções, estude o modelo, execute o exercício individualmente; apresente o resultado ao grupo, reelabore o trabalho com os colegas e entregue ao professor. Após a correção, passe a limpo no caderno, eliminando as falhas apontadas.

Instruções

1.a) A anedota é a narração resumida de algum acontecimento. Em geral, tal fato apresenta aspectos jocosos; por isso, a anedota acabou confundindo-se com a piada, a pilhéria, a facécia, o chiste, a chalaça, o gracejo, a galhofa, a picuinha, a zombaria, o motejo.

2.a) A anedota responde de modo brevíssimo a algumas questões:

Quem?

Quando?

Onde?

O quê?

Como?

Por quê?

3.a) O elemento mais importante da anedota é o desfecho imprevisto, contrário à expectativa criada na situação apresentada pelo entrecho.

4.a) A rapidez é essencial; sendo assim, é preferível trabalhar com tipos conhecidos, cujas características sejam universais.

5.a) A melhor anedota é aquela que faz uso da ironia, ou seja, da crítica velada, sutil, que exige do leitor algum raciocínio para perceber a intenção cômica da ação.

6.a) As situações grotescas, violentas, irreverentes, imorais são muito comuns em certos ambientes. Tais ditos podem ser demasiadamente grosseiros e chocantes quando transcritos, pois perdem a cor local, a ambiência, a fugacidade do momento e a graça do contador; devem ser sempre evitados. A pilhéria escrita deve ter elegância, leveza, graça e correção moral; deve provocar o riso sadio, a alegria sem malícia, sem maldade.

7.a) Se você for bom desenhista, alie as figuras ao diálogo. A linguagem do desenho é mais direta e evita a apresentação do local e das personagens, tomando a piada ainda mais rápida. Não pense, porém, que seja fácil: é preciso ter pendor e talento especiais para o desenho humorístico.

Assunto:

O velho médico revela ao filho recém-formado que nem todas as doenças devem ser curadas, para que o tratamento possa continuar rendendo.

Entrecho:

O pai e o filho conversam sobre os sucessos do filho e este revela que curou certa senhora rica que sofria de gastrite. O pai responde que ela era sua cliente há muito tempo.

Desfecho:

O filho espera ser elogiado pelo sucesso do tratamento por ter sido mais eficiente que o pai, mas este revela sua esperteza ao demorar a cura.

A graça:

O leitor é levado a rir da ingenuidade do filho.

Desenvolvimento:

DEVER DE GRATIDÃO

Um médico idoso, deixando de fazer clínica, entregou a sua clientela a um filho que justamente acabara de se formar.

Dias mais tarde, todo orgulhoso, o jovem médico comunica-lhe que já curou a condessa, cliente idosa e muito rica, da sua gastrite crônica.

— Fez bem — aprova o pai —, era um dever de gratidão da sua parte... Foi essa gastrite que pagou os seus estudos.

(In: Coquetel. Fácil. Rio de Janeiro, Tecnoprint, [s. d.], n.o 48, p. 28.)

Exercícios

Após contar as cinco melhores anedotas que você conhece, analise o assunto, o entrecho, o desfecho e a graça das anedotas abaixo,